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A guerra.

Clotilde Tavares | 17 de abril de 2018

sol na cama

O amor não abre portas
e das janelas
só deixa frestas
que desenham espadas
no lençol.
Uma guerra.

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poema, poesia
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Um duro ofício

Clotilde Tavares | 30 de janeiro de 2018

Balzac

Aqui escrevendo, rasgando, corrigindo, deletando, copiando, colando, me irritando, me aborrecendo, querendo desistir, jurando que vou fazer outra coisa. Aí vejo os originais do grande Honoré de Balzac – diz a lenda que ele corrigia as provas impressas até por 20 vezes e enlouquecia os editores. Relaxo, tomo um café e volto ao duro e delicioso ofício de inventar do nada personagens e situações, porque a história já está dentro da minha cabeça e se não sair termina me fazendo adoecer. #AVidaÉBoa #VidaDeEscritor#NóisSofreMaisNóisGoza

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Arte, Cultura, Pop-filosofia
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atividade de escritor, balzac, copy & paste, correção, escrever, escritor, revisão, trabalho de escritor
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Amor, paixão, essa-coisa.

Clotilde Tavares | 1 de agosto de 2017

namorados

Hoje o assunto é o amor.

Ô assunto complicado. Uns chamam de amor, outros chamam de paixão, outros de afinidade, outros de escrito-nas-estrelas. É essa coisa misteriosa, essa força centrífuga que lhe arranca de onde você está e lhe joga em cima de outra criatura, muitas vezes exatamente o oposto daquele ser ideal que você sonhava para a sua vida. Ai, amor, a quanto obrigas! Ai, surpresas do amor.

A criatura está assim distraída, à toa na vida, sentada no shopping ou no restaurante, quando aparece aquela pessoa que, assim que você põe o olho em cima, seu corpo se liquefaz, se derrete, que nem uma lava de vulcão, escorre pelo chão ficando na cadeira somente o vestido inútil, a bolsa esquecida, o relógio, o colar. Você não existe mais, derreteu-se, liquefez-se, desmanchou-se, apaixonou-se, incendiou-se.

Enquanto o amor-paixão-essacoisa consome a mata atlântica da sua vida com suas chamas incontroláveis, você descobre que a vida é boa, que você pode até morrer mas nem liga, que é preciso comprar novas taças, novos lençóis, novos óleos e incensos perfumados.

Tem coisas das quais você não abre mão – você continua sendo #ForaTemer – mas no resto, ah, no resto, o que é o amor senão dar razão a quem não tem? Se você quer ter razão, não serve pra amar, vá procurar outra coisa pra fazer.

Mas o bom é que tudo isso um dia passa. A ficha cai, a razão volta, o fogo recua e se solidifica outra vez, dando novamente uso ao vestido, à bolsa, ao relógio, ao colar. E você está pronta para outra, e você se lembra de Guimarães Rosa, quando disse que “o amor é um pássaro que põe ovos de ferro”.

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Arte, Comportamento, Pop-filosofia
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amor, apaixonar-se, armadilhas do amor, Guimarães Rosa, paixão
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Decifro e devoro

Clotilde Tavares | 17 de janeiro de 2015

Você fala e eu decifro. O que você não quer dizer, e não diz com palavras, diz com o gesto, com o olhar que foge do meu, com os dedos que pegam e soltam os objetos, com a ponta do pé que desenha círculos no ar. Você fala e pausa, e hesita, e omite – mas eu sei. A sua sobrancelha que se ergue um milímetro me diz o que quero saber, e quando você entreabre a boca e toca o lábio superior com a ponta da língua é como se escrevesse uma carta, um bilhete, demonstrando suas intenções. Falou sem respirar? Ou respirou antes de falar? A respiração foi longa ou curta? Onde estava o olhar, enquanto respirava? Qual a parte do corpo que você me mostra sem querer enquanto fala? Apalpa a nuca me mostrando o cotovelo? Ou abre os braços me mostrando a palma da mão? Adianta o ombro direito ao falar? Ah, esfinge, eu te decifro inteira e depois, saciada, também te devoro.

 

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Pop-filosofia
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édipo, esfinge, linguagem corporal, o corpo fala, popfilosofia
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Selfie

Clotilde Tavares | 8 de janeiro de 2015

Quem sou eu? A desorientada que acorda de manhã, sem saber em que planeta ou encarnação se encontra? A energética do meio-dia, andando de lá para cá, começando mais tarefas do que consegue terminar? A sempre-repleta do pós-almoço, dividida entre a gulodice e a disfunção hiatal? A que quer estar na rua quando está em casa e, na rua, não vê a hora de voltar pra casa? A feliz e cheia de paz no final da tarde, que lê na varanda, enquanto o mundo fica banhado na luz rósea do pôr-do-sol? A mal-humorada e impaciente quando precisa conviver contra a vontade? A seriemaníaca e noveleira noites em claro em frente à TV? O fantasma trôpego que acorda na madrugada para ir ao banheiro? A que se recusa a pendurar as sapatilhas? Ou aquela absolutamente feliz no momento em que a caneta desliza sobre o papel?

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Comportamento, Pop-filosofia
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autoretrato, selfie
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