As igrejas do interior
Clotilde Tavares | 31 de março de 2009Quando viajo por aí, sempre gosto de fotografar as igrejas das pequenas cidades do interior. Algumas são verdadeiras jóias, mostrando uma arquitetura suave, singela, de um barroco modificado, mas ainda guardando alguns elementos que lembram os majestosos templos das grandes capitais. Outras, coitadinhas, foram tão modificadas em nome de “reformas” e “melhorias” que parecem monstrengos. Tenho muitas fotos dessas igrejas, e hoje aqui publico algumas. Todas as fotos são minhas. Não sou fotógrafa. O único valor dessas fotos é o registro.

Afogados da Ingazeira - PE

Bonito - PE

Cabaceiras - PB

Itambé - PE

Monteiro - PB

Patos - PB

Pesqueira - PE

São João do Cariri - PB

Soledade - PB

Timbaúba - PE

tonéis de lixo, tudo misturado.
Digo isso porque faz uns dias elogiei pelos jornais o restaurante Terraço Brasil, do qual gosto muito, e nessa semana que passou, mais precisamente na quarta-feira dia 25, fui lá com uma amiga para o jantar. Meu objeto de desejo era um prato que consta do cardápio,uma delícia: carne-de-sol com purê de macaxeira e jerimum. O prato é servido com uma porção de carne-de-sol desfiada e deliciosamente crocante, ladeada pelo purê de jerimum tornado irresistível por um toque de canela e outras especiarias, e o purê de macaxeira tradicional. Pelo menos foi assim que degustei esse prato no mês de janeiro.

Lá vou eu de novo, meu caro leitor, na minha eterna e incessante luta contra o barulho urbano, praga maldita que inferniza a vida dos habitantes das cidades.
É uma invenção genial. Parece uma caixa de som de 15cm x 8 cm. Você liga na tomada e pendura do lado de fora da janela, na direção dos latidos do cão. Quando os latidos superam um determinado nível, o aparelho inicia uma emissão ultrassônica por 10 a 15 segundos, que causa somente um pequeno desconforto no animal mas nada que o prejudique ou afete a sua saúde. O animal para imediatamente de latir. E o melhor: seu vizinho nem precisa saber. Essa maravilha custa apenas R$ 169,00 mais frete, em até três vezes no cartão; se você for ao exterior pode comprar por cerca de 60 dólares.
Lá estava eu no centro da cidade, sol a pino, calor abrasador, voltando de um reunião do Instituto de Genealogia. Um mulher emparelhou comigo. “Cuidado na bolsa”, disse ela. “Vinha dois caras ali atrás, colados com a senhora. Acho que eram ladrões.” Bem, eu ando agarrada com a minha bolsa, atracada, e não largo dela um instante. Agradeci e como já estava pertinho do estacionamento, entrei no carro e segui para o supermercado, onde ia fazer as compritchas da semana. Chegando lá, ao entrar no banheiro para me arrumar um pouco, qual não foi a minha surpresa quando dei por falta da volta que levava ao pescoço. Nada de mais, uma coisinha baratinha, que deve ter custado ai uns 40 reais, mas que parecia coisa boa, de ouro. Aí fiquei pensando: será que o ladrão tirou a volta do meu pescoço e eu nem vi? Provavelmente foi, porque o fecho estava em perfeito estado, a corrente era grossa e eu não senti nenhum empurrão ou qualquer tipo de contato.
Hoje é o Dia Mundial do Teatro. Então, deixem-me falar um pouco sobre essa arte em que milito há anos, e onde já fiz de quase tudo, principalmente como dramaturga, atriz, crítica, professora, diretora eventual, e principalmente, praticante apaixonada.
Sempre defendi, como pessoa de teatro, aquilo que chamo de preparação espiritual do ator. Essa tal preparação “espiritual” não tem nada a ver com religião, mas com a elevação do espírito, do intelecto, das idéias, dessa parte imponderável do ser humano que extrapola as habilidades corporais desenvolvidas pelos exercícios, que hoje em dia são muitas vezes colocadas como os principais requisitos para o trabalho teatral. Essas técnicas são importantes mas ficam vazias e mecânicas se o ator não tiver esse desenvolvimento interno, do “espírito”, da sua essência enquanto ser humano.
Há muito tempo que prometo um blog aos meus leitores. Não são muitos leitores, mas são fiéis e queridos, e acompanham há anos as peripécias e aventuras da “professora Clotilde” nestes mares virtuais.






