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GERÚNDIOS, a série

Clotilde Tavares | 8 de setembro de 2012

ESTOU…

… BEBENDO suco sem açúcar, chá e Yakult.
… CONTANDO calorias.
… COMENDO menos do que a fome pede e mais do que preciso para perder peso.
… ESCREVENDO obsessivamente.
… CAMINHANDO e cantando e seguindo a canção.
… LENDO os 6 volumes das Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell – de novo.
… OUVINDO Tulipa Ruiz e Roberta Sá.
… COMPRANDO novos lençóis, pratos, copos, toalhas.
… AJEITANDO a casa.
… PREPARANDO livro novo para ir à gráfica até final do mês.
… SENTINDO frio em Setembro, pode? Aqui em Natal?
… ADIVINHANDO chuva.
… DORMINDO profundamente.
… SONHANDO sonhos calientes.
… ESQUECENDO de tudo minutos depois.
… ACOMPANHANDO o ponteiro dos segundos, que nunca se detém.
… OLHANDO o mundo por olhos que já vão ficando turvos, afogados nas cataratas da idade.
… ACENDENDO velas para Santa Zoraide na tela do meu iPhone.
… ACREDITANDO em milagres, sempre.

"Saudades de Noronha", tela de Flávio Freitas.

 

 

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Arte, Comportamento, Cultura, Humor
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Bernard Cornwell, Cronicas Saxonicas, Flávio Freitas, Roberta Sá, Tulipa Ruiz, Yakult
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Novidades

Clotilde Tavares | 5 de setembro de 2012

Queridos amigos, companheiros, parentes, assinantes de listas, gente que me segue no Twitter ou Facebook!

Chego até você cheia de novidades, mais uma vez exercendo a duvidosa e exótica função de assessora de imprensa de mim mesma, função essa que desempenho com algum tédio e enfado uma vez que não me pagam e nem me assinam a carteira.

Nesse mundo midiático, de comunicação instantânea e velocíssima, se a criatura passa mais de uma semana fora das redes sociais pensam logo que ela morreu ou mudou-se, esquecem nome, endereço e param de convidar pras festas. É por isso que lhe submeto a essa ladainha de atualização, para provar a você, ao mundo e sobretudo a mim mesma que continuo “viva e bulindo”, como dizem lá no meu interior; ou “aprontando de montão” no dialeto litorâneo.

Isto posto, informo que:

— Passei o mês de agosto entre João Pessoa e Natal. Foram 15 dias na capital parahybana, a chamada “Cidade das Acácias”. Tudo isso indo e voltando, divididos em três viagens. Passei ainda seis dias de cama, com essa gripe famigerada que está por aí; então para Natal sobrou menos de dez dias, sem contar que as conexões de Internet nos hotéis em que fiquei hospedada na Parahyba – Village e Caiçara – estavam erráticas e inconstantes.

A cidade vista ao longe, da praia do Cabo Branco.

— Em João Pessoa cantei parabéns para minha amiga querida poeta e shakespeariana Vitória Lima (03/08), minha sobrinha Luanda Tavares (05/08) e para a maravilhosa Sophia Loureiro (18/08), no esplendor dos seus quinze anos.

— Ainda na capital da Parahyba, durante o evento Augusto das Letras promovido pela FUNJOPE falei sobre o soneto Versos Íntimos, de Augusto dos Anjos. O evento foi muito bacana – de parabéns Lúcio Vilar e Carlos Aranha. Encontrei pessoas queridas na platéia da Academia Paraibana de Letras que recebeu minhas às vezes irreverentes e desataviadas palavras, além de matar as saudades dos terríveis, mal-comportados, talentosos e queridíssimos Astier Basílio e Alex de Souza.

— Até junho de 2013 estou na presidência do Rotary Club de Natal, o mais antigo do Rio Grande do Norte. Para quem não sabe, sou rotariana há doze anos, seguindo a tradição do meu pai Nilo Tavares. Isso significa que toda quinta-feira, no almoço, estou lá à frente da reunião, além de ter que dedicar tempo à administração do clube. O rotarismo é uma coisa do bem, da amizade, do companheirismo, da cordialidade, do dar-de-si-sem-pensar-em-si. Eu acho que parece comigo.

— Como se tudo isso não fosse suficiente, estou com um recital em cartaz, “TRAMAS: recital de música e poesia”, na companhia dos competentes Heliana Pinheiro, com sua voz de cristal, e Joca Costa, um dos maiores guitarristas que já vi tocar. Clique aqui para ver um trecho e fique atento para as datas das apresentações, que irei divulgando por aqui. Essas datas ainda são espaçadas, mas confio na Fama e na Fortuna, que provavelmente estão nos esperando em alguma esquina da nossa trajetória.

Só falta dizer duas coisas: a primeira é que estou bem de saúde, totalmente recuperada da cirurgia da coluna que fiz em março, cuidando da alimentação e sendo rigorosa e constante no treinamento físico que faço três vezes por semana; e a segunda coisa é que eu queria muito saber a quem emprestei os CDs com a 6ª. temporada da série The Sopranos. Emprestei, e esqueci a quem. Então, se foi a você, entre em contato.

 

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Alex de Souza, Astier Basilio, Augusto dos Anjos, Carlos Aranha, João Pessoa, Paraíba, viagens, Vitoria Lima
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As esquinas da Avenida Brasil

Clotilde Tavares | 3 de setembro de 2012

Eu estava sábado no shopping quando um jovem aproximou-se de mim, identificou-se, e perguntou onde encontrar uma crônica que eu havia publicado há tempos no jornal. Escrevi na Tribuna do Norte/Natal-RN durante quase dez anos, de 1998 a 2007, todo domingo, e fiz uma grande legião de leitores. A prova disse é que mesmo depois de cinco anos afastada da colaboração semanal os leitores ainda se lembram de mim.

Para aqueles que não conhecem Natal, a Avenida Engenheiro Roberto Freire referida no texto é a que liga a cidade à Praia de Ponta Negra, destino turístico conhecido no Brasil inteiro. À margem dos seus poucos quilômetros situam-se bares, restaurantes, shoppings e todo tipo de empreendimento, com grande circulação de pessoas.

O título “Avenida Brasil” nada tem a ver com a novela de sucesso que a TV transmite toda noite uma vez que a tal crônica foi escrita em agosto de 2001, há exatos nove anos.

Se calou tão fundo na mente do leitor que me encontrou, por certo o tema continua interessante. Então, compartilho aqui.


 

Avenida Engenheiro Roberto Freire. Ao fundo, o Morro do Careca, cartão postal da cidade de Natal-RN

AS ESQUINAS DA AVENIDA BRASIL

(Publicada na Tribuna do Norte, em agosto de 2001).

Na criação dos filhos, uma das coisas mais interessantes são as perguntas que as crianças fazem. “Por que o céu é azul?” ou “Por que eu sou eu e não outra pessoa?” são questões que tive que responder quando meus filhos eram pequenos. Como ainda não se auto-censuram, perguntam exatamente o que querem saber, nos colocando muitas vezes em sérias dificuldades na hora das respostas.

A propósito disso é que um amigo me contou que, quando passa de carro com os filhos pela Avenida Engenheiro Roberto Freire fica sem saber o que dizer quando as crianças querem saber sobre os travestis, que são quase a marca registrada da Avenida e proliferam em cada esquina, exercendo o seu sofrido e controverso ofício. Lembrei-me então de uma matéria que saiu um dia desses nos jornais, onde algumas pessoas pediam a retirada dos travestis, por sua presença ser “ofensiva às famílias”.

Não tenho mais filhos pequenos, mas já tenho netos. E se eles viessem me perguntar o que são e o que fazem aquelas pessoas na esquina da Avenida, porque se vestem daquela maneira, descobrindo partes do corpo que habitualmente ficam ocultas, eu responderia simplesmente que são pessoas que usam o corpo como instrumento de trabalho.

Muitas pessoas trabalham com o corpo. O trabalho braçal, nas diversas atividades que exigem força física; os atores, que emprestam o corpo, o olhar, a voz e a energia para dar vida aos personagens que encarnam; os bailarinos e atletas, que domesticam sua musculatura para alcançar performances invejáveis; e também os chamados “trabalhadores do sexo”. Eu explicaria aos meus netos que estes últimos alugam temporariamente os seus corpos a outras pessoas, de comum acordo entre as partes, para que elas possam satisfazer desejos e fantasias, numa atividade que não me cabe julgar se é certa ou errada pois não sou dona da verdade.

Explicaria aos meus netos que aquelas pessoas que estão nas esquinas da Avenida só estão ali exercendo aquela atividade difícil e perigosa porque existe quem pague por isso, e que muitas vezes esses que pagam são os mesmos que, em outro momento, se dizem ofendidos com o ofício ali exercido. Quanto às roupas que usam, os trejeitos que fazem e a exibição de partes do corpo não iria precisar explicar nada pois meus netos já devem estar fartos de ver coisa igual ou pior todo dia na TV. Aliás, as coisas na televisão são tão bizarras que às vezes fazem os rapazes das esquinas da Avenida parecerem anjinhos de procissão.

Diria ainda aos meus netos que aqueles rapazes da esquina da Avenida são, antes de qualquer coisa, seres humanos com sonhos, emoções, planos e desejos como qualquer um de nós, e que se estão ali é porque não tiveram as mesmas oportunidades que eles, os meus netos, estão tendo.

Explicaria finalmente que o verdadeiro crime não é vender ou alugar o corpo, mas vender a alma, a consciência e a vergonha na cara.

E digo mais, caro leitor, a você, aos meus netos e a quem interessar possa: não troco um só dos rapazes da esquina da Avenida por uma centena desses figurões venais, corruptos e desonestos que empesteiam e denigrem não só a família mas a totalidade da nação brasileira.

Esses sim é que, a bem da moral e da decência, deveriam ser retirados das esquinas da grande Avenida chamada Brasil.

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Avenida Brasil, Avenida Engenheiro Roberto Freire, moralismo, Ponta Negra, preconceito, prostituição
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