Abobrinhas
Clotilde Tavares | 3 de junho de 2009HAGIOLÓGIO
Hoje, 3 de junho, é dia de Santa Clotilde. Bela, virtuosa, cristã, rainha de França, conseguiu converter o rei Clóvis – seu marido – e toda a França ao catolicismo.
Em tudo diferente dela, cheia de defeitos e pecados, nunca consegui converter ninguém a coisa nenhuma.
Nem por isso deixo de me mirar no doce exemplo da compassiva rainha e aspirar à santidade… pelo menos por um breve instante. Depois, retorno à normalidade.
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Bem melhor da gripe, com a tosse quase amainada, estou bem mais feliz e sossegada. Porque aqui pra nós, essa gripe é uma barra tão pesada que nos últimos dias eu andava assim: comendo sabão em pó pra cuspir espuma nos outros…
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Estou aflita com a temporada nova de algumas das minhas séries preferidas que começam neste mês de junho. Aflita porque eles mudaram os horários, e seriados importantes estarão coincidindo, como Desperate Housewives com E.R. Para completar o furdunço, os filmes do canal Warner agora vão ser dublados. Eu odeio.
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E essa chuva, hein? Que não para? E que a cada ano é mais intensa? Só espero que quando o Dilúvio Uiversal Parte II chegar eu não esteja mais neste planeta, porque nunca tive vocação para Arca de Noé.
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Que coisa terrível esse acidente com o avião da Air France! Por causa disso, dei um basta nos meus planos de viagem. Tou morrendo de medo de subir num avião. Mas sei que isso é por enquanto. Depois a gente esquece e volta a voar outra vez. Life goes on.
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Fui criada me comportando bem dentro de casa, porque “costume de casa vai à praça”. Deixando sempre um pouquinho de comida no prato para não parecer esfomeada. Chamando as pessoas de Sr. e Sra. até receber autorização para o Você. Levantando e cedendo lugar aos mais velhos: no ônibus, na sala de espera… (Agora eu sou ” a mais velha”, mas ainda levanto para alguém mais velho do que eu ). Mastigando com a boca fechada. Ficando em silêncio no cinema. Não penteando o cabelo nem colocando baton em público. Esperando a minha vez para falar, sem interromper os outros no meio da frase.
E cada vez mais sem achar canto no mundo de hoje.
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Nunca mais fui ao cinema. Desde Volverine, que prometi, prometi e não assisti. E depois veio a gripe, com a tosse. Agora quem sabe? A tosse passa e eu volto à sala escura. Estou fazendo duas coleções de filmes ótimas: a coleção da VEJA, semanal, que são 52 filmes; e a da Folha de São Paulo, também semanal, com 20 filmes. As coleções são diferentes umas das outras. Toda noite em sessão privê aqui em casa. Privê porque sou somente eu. Os últimos que vi foram Out of Africa, com Meryl Streep e Grande Hotel, com Greta Garbo.
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E até amanhã!
Mentira que os filmes da warner vão ser dublados?!?!?! A PELOAMORDEDEUS! As pessoas que tem acesso a tv paga sabem ler, gente, vamos deixar as legendas nos filmes… :S
E o mais estranho e’ o jeito que as pessoas te olham quando voce cede o lugar para outro mais velho,ou faz outra delicadeza qualquer, chegam a me deixar sem graca, dando a impressao que eu estou fazendo algo de errado!
beijos
Criatura!
Tenho aqui poemas escritos em caligrafias as vezes embreagadas, as vezes lúcidas, mas todos em papeis já amarelados. Mãos de Olinto, Kyria-anjos do universo- Divas, Anchellas, Estevãos, Clotildes…outros!
Penso em organizar isso tudo, para colocar na boca do mundo, enquanto espero passar o medo da viagem já programada pra fazer curso de lingua em Paris e vagabundear por Barcelona e Madri. Meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeedo!!!
Vou a João Pessoa por esses dias. Quer jantar comigo na Adega do Alfredo?
beijos