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Os blogs de Margareth Duval

Clotilde Tavares | 2 de outubro de 2009

Nesta sexta-feira quero lhe dar um presente: a visita aos blogs de Margareth Duval, profissional da área de Comunicação, onde faz quase de tudo.

Na sua apresentação, ela diz que tem “… paixão pelas artes. Vintage, retrô e afins, (…) livros – principalmente os ligados à história e biografias. Imagens, quaisquer, de revistas em quadradinhos (se preferirem, em quadrinhos) a fotografias e pinturas de grandes mestres, assim como a arte Naïf, desde que transpirem a vida capturada e não aprisionada… amo as que permanecem nas retinas.”

Os blogs de Margareth Duval e a sua revista eletrônica merecem visita demorada e leitura minuciosa. Eu ainda estou perdida neles, com os olhos transbordantes de imagens e o juízo aos pinotes com algumas coisas que vi lá.

E você? Espera o quê? Clique nos links e viaje!

Mol-TaGGe – Arte, cultura e vintage.

Spiritus Litterae

Nos Blogs

E o outro blog dela você vai ter que descobrir sozinho porque eu gostei tanto que vou guardar o endereço só pra mim!

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Patrick Swayze

Clotilde Tavares | 15 de setembro de 2009

Hoje é dia de celebrar a Vida. Aliás, todos os dias são para celebrar a Vida mas muitas vezes a gente se esquece disso, e passa pelas horas na maior correria, na pressa, sem refletir e sem desfrutar sobre essa coisa maravilhosa que é estar vivo: respirar, ler, blogar, ir ali na geladeira e tomar um copo de água, levantar do computador e passar um tempinho ali na varanda vendo o céu, o perfil sensual das dunas e os carros em disparada pela avenida.

Patrick Swayze

Patrick Swayze

Tudo isso é para dizer que a primeira notícia deste dia de hoje foi a morte do ator Patrick Swayze, que me veio assim que abri o Twitter. Ao falar em Morte sempre me lembro da Vida porque para mim ambas fazem parte de um par indissolúvel, estão tão entrelaçadas que é difícil falar de uma sem falar da outra.

Patrick Swayze é um ator de quem eu gosto muito, e sempre paro o que estou fazendo para ver de novo, novamente e outra vez Dirty Dancing ou Para Wong Foo, Obrigada por Tudo!, filme em que ele faz o papel de uma drag-queen.

Os puristas do cinema dizem que ele era canastrão, mas isso pouco me importa. Eu sempre gostei de Jack Palance e de Victor Mature, por que não gostaria do belo Patrick Swayze? Seu maior sucesso, Ghost, é moralista e piegas demais para o meu gosto, e só me interessa pelo desempenho de Whoopy Goldberg. Mas há uma filme dele, Steel Dawn (Lance Hool, 1987) onde ele faz o papel de um espadachim do futuro num mundo pós apocalíptico, um filme de ficção científica que eu gosto muito.

Bem, mas o belo e sarado Patrick travou mesmo sua maior batalha contra o câncer de pâncreas que o destruiu em poucos anos, levando-o aos 57 anos de idade. Morreu em sua casa, sem a tortura dos tubos e das ressuscitações nas UTIs tecnológicas, que só fazem prolongar a agonia.

Para ele, aqui, esta declaração de amor de uma fã, e o consolo de que, nas imagens gravadas que ficaram de seus filmes, ele terá alcançado a imortalidade.

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Arte
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cinema, Ghost, Patrick Swayze, Steel Dawn
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A Casa Rosa

Clotilde Tavares | 12 de setembro de 2009
A Casa Rosa

A Casa Rosa

Acabo de assistir a um documentário muito bom. “Pretérito perfeito” (Brasil, 2008 – 71 minutos – Original Video), com direção e roteiro de Gustavo Pizzi, fala sobre a Casa Rosa, prostíbulo de luxo que teve sua época áurea no década de 1940 e que funcionava no bairro das Laranjeiras, na rua Alice 550, no Rio de Janeiro.

Como não conhecia nada dessa história fui à Internet, onde encontrei no site da Casa Rosa toda a história do edifício. O cabaré foi “…ponto vital na historia do Bairro das Laranjeiras e nas estórias de muitos que tiveram sua iniciação nos famosos quartos da Casa Rosa.” No documentário, vemos o cantor Lobão contando como foi isso, e mostrando o quarto onde ele pela primeira vez conheceu – do ponto de vista bíblico – uma mulher.

Cartaz de "Pretérito Perfeito"

Cartaz de "Pretérito Perfeito"

A Casa Rosa é um belo exemplo de arquitetura do início do século XX, tendo sido construído “… com o objetivo de agradar aos prazeres da alta sociedade, mantendo assim um padrão de qualidade em sua arquitetura e detalhes como azulejos portugueses e pinturas em azulejo ainda em exposição na casa.” A clientela era gente rica: comerciantes, políticos, magistrados e coronéis que por ali passavam.

Depois do seu declínio como bordel, no início dos anos 80, passou um tempo fechado e no fim dos anos 90 começaram a se realizar eventos de Forró e samba, como o Xote Coladinho e o Pessoas do Século Passado. Isso redundou na fundação de um Centro Cultural, que oficializou suas atividades em 2004.

Ivanilda

Ivanilda

Voltando ao documentário, ele é uma maravilha. Mostra depoimentos de antigos frequentadores e de funcionários; e pontuando toda a narração temos os depoimentos sábios e divertidos de Ivanilda Santos de Lima, que ali trabalhou como prostituta. É dificil imaginar que a respeitável senhora de meia-idade, bem acima do peso, de óculos de grau e vestida com simplicidade, seja a personagem das histórias que ela conta, de maneira divertida, ao entrevistador.

Além de tudo, o “Pretérito perfeito” (e viva o diretor, Gustavo Pizzi!) é técnicamente muito bem feito, fotografia linda, recursos narrativos excelentes e uma sensibilidade muito grande na abordagem de um tema como esse.

Recomendo.

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bordel brasileiro, Casa Rosa, documentário, Gustavo Pizzi, Ivanilda Santos de Lima, Pretérito Perfeito
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Teatro versus cinema

Clotilde Tavares | 10 de julho de 2009

godotTeatro e cinema: duas artes distintas, tão parecidas e tão diferentes. Quando o cinema surgiu, nos finais do século XIX, dizia-se que seria o fim do teatro; mas a luz elétrica, que deu suporte ao nascimento do cinema, também tornou possível ao teatro entrar numa nova fase estética, onde a iluminação passou a constituir um elemento importante da cenografia, sendo usada para desenhar espaços, suscitar climas, criar atmosferas. O cinema não acabou com o teatro e e ambos continuaram crescendo juntos, usando os mesmos elementos mas com diferenças que parecem pequenas mas são muito, muito grandes.

O primeiro desses elementos comuns ao cinema e ao teatro é a interpretação, em que uma pessoa (o ator) se transforma em outra (o personagem); o primeiro empresta seu corpo, sua voz, sua energia viva para esse que é um dos mais espetaculares fenômenos que é dado a alguém presenciar: a metamorfose.  Do nada, usando apenas as palavras do texto e seu corpo, o ator cria um ser humano completamente diferente dele. Existe algo mais mágico, mais genial? Eu não conheço. Mas a interpretação é diferente para o cinema e para o teatro, e é por isso que grandes atores de teatro muitas vezes não se saem bem em frente às câmeras, e vice-versa.

clitemn_cassO texto teatral também é diferente do roteiro cinematográfico em tudo, uma vez que neste último é preciso ter uma série de indicações técnicas que vão servir de guia para a filmagem, para a operação das câmeras propriamente ditas. Eu mesma sei escrever peças de teatro, já escrevi muitas, a maioria delas encenadas por aí, mas não sei nem para onde vai a técnica de escrever roteiros para cinema e muitas vezes fica difícil explicar para alguém, que quer porque quer que eu escreva um roteiro. “Mas eu não sei”, digo eu. “E você não escreve peças?” diz o outro. Escrevo, mas é muito diferente.

stabanadaE quanto à maquilage, figurino, cenografia, a direção de arte como um todo, elementos também comuns às duas artes, é tudo muito muito diferente para o palco ou para a câmera. Só para tomar um elemento, o “close” do cinema é completamente impossível no teatro, onde nenhum espectador, pelo menos na maioria dos espetáculos, vê o ator da distância em que a câmera pega o ator de cinema. Também no cinema é permitido dar um leve suspiro, coisa que seria impossível no teatro. Os microfones sensibilíssimos do cinema captam qualquer tipo de ruído enquanto que no teatro, o ator pode até cochichar em cena mas tem de cochichar de forma a ser audível pelo menos até a fila “P”… (Aí ao lado uma foto histórica: Maria de Lia, Marcos Bulhões e esta que vos tecla, em 1991, na peça de Guto Greco “Papai Pirou nas Ondas do Rádio”. Ô saudade!)

barrymoreMuitas vezes não nos tocamos das especificidades dessas duas artes porque não paramos para pensar no making-off de cada uma delas. Para mim, teatro e cinema, quando se misturam, são sempre fonte de excitação e prazer estético. Há alguns filmes sobre teatro que eu acho fundamentais para quem quiser experimentar esse prazer e, de quebra, conhecer o fazer teatral um pouco mais a fundo. A televisão também faz isso. Nesta semana a Rede Globo estreou uma série em que pretende retratar os bastidores de uma montagem teatral. Não gostei das últimas séries apresentadas pela emissora (“A Pedra do Reino”, “Capitu”, “Queridos Amigos” e “Maysa”) e como pensei que provavelmente não iria gostar dessa, me abstive de assistir, baseada também nos traillers que vi esses dias e na desvairada paixão que sinto pela obra de Shakespeare, que nos trailers me pareceu apenas servir de pano de fundo para mais uma bobagem global. Além disso, com essas minhas viagens entre Natal e João Pessoa nesta semana foi mesmo impossível.

tirosnabroadwayVoltando ao assunto, sugiro com ênfase dois filmes. O primeiro deles é um filme de Woody Allen “Tiros na Broadway” (Bullets Over Broadway, 1994). Um diretor de teatro resolve montar uma peça de sua autoria; recebe o patrocínio de um gangster, e em troca tem que aceitar a namorada loura e burra do bandido no elenco. Além disso, o guarda-costas da loura, que vai toda noite ao teatro para os ensaios, parece entender mais de teatro do que o autor. É muito engraçado e um dos filmes menos conhecidos de Woody Allen.

noisesoffO outro é um dos filmes de teatro que mais gosto: “Impróprio para Menores” (Noises off…,1992) dirigido por Peter Bogdanovich como o maravilhoso Michael Caine no papel principal. A expressão “noises off” significa algo como “sem barulho”, o que seria mais ou menos o desejo de todo diretor de teatro em relação à platéia. Mas o que você vai ver neste filme é exatamente o contrário. O diretor Lloyd Fellowes (Michael Caine) precisa estrear a peça no dia seguinte e os atores erram as falas a todo instante, saem para beber escondido, brigam nos bastidores, esquecem dos objetos de cena, tropeçam no cenário… Além disso, cada um desses atores vem de uma escola teatral diferente – um é stanislavskiano, outro vem da comédia – e isso atrasa e complica o ensaio, que vira uma loucura. O curioso é que o espectador – do filme, não da peça – tem o privilégio de vê-la duas vezes: uma do ponto de vista da platéia e outra depois, por trás, do ponto de vista dos bastidores.

Sempre levei esse filme para meus alunos de teatro assistirem. Era muito legal.

Então, aproveite.

NOTA – Relendo este post, que escrevi em 2009, vi que de lá pra cá aprendi a escrever também roteiros de filmes. Me solicitaram tanto que eu acabei correndo atrás, praticando e aprendendo. Nunca é tarde para novas aventuras.

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cinema, Improprio para menores, linguagem teatral, Michael caine, Noises Off, Peter Bogdanovich, Som e Fúria, teatro, texto teatral, Tiros na Broadway, Woody Allen
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O que é bonito…

Clotilde Tavares | 1 de julho de 2009

… é o que persegue o infinito.*

Hoje, imagens que me inspiram.

1. A atriz Sarah Bernhardt

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2. Uma cidade com planta em forma de estrela.

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3. Página de manuscrito medieval.

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4. Salão que antecede o teatro do castelo da cidade medieval de Cesky-Krumlov, na república Theca, todo adornado com pinturas ilusionistas, no estilo barroco, sobre temas da commedia dell’arte.

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5. Tela do artista plástico paraibano Sérgio Lucena.

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6. As peças de William Shakespeare.

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7. Igrejas barrocas brasileiras. Essa é a Capela da Jaqueira, em Recife-PE.

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*A frase “O que é bonito é o que persegue o infinito” é de Braulio Tavares.

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Capela da Jaqueira, Cesky-Krumlov, Livro de horas, Sarah Bernhardt, Sérgio Lucena, Shakespeare, star-shaped cities, teatro
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Michael Jackson: Too bad too bad about it!

Clotilde Tavares | 26 de junho de 2009

Michael Jackson não foi um dos meus ídolos. É claro que eu o conhecia, desde a época do Jackson Five, e acompanhei mais ou menos a sua trajetória na música, sem prestar muito mais atenção a ele do que prestava a outros cantores americanos de que eu gostava mais.

Na década de 1970, meu filho mais velho tinha um grupo de dança de rua, tipo “break” e eu comecei a prestar mais atenção naquele artista cuja performance no palco era tão precisa, tao enérgica, tão elétrica, tão sensual. Quando em seguida a minha filha um pouco mais nova tornou-se pré-adolescente, também virou fã do cantor e vivia a me pedir uma roupa cheia de zíperes, de couro preto, igualzinha à dele. Comecei a prestar mais atenção no artista e cada vez gostava mais.

Era o dia todo rodando o vinil Bad, naqueles tempos pré-CD. Too bad! Too bad! Too bad! E quando o clip aparecia na TV, eu largava tudo e ia olhar. E depois foi a vez de Thriller.

Nunca me interessei pela vida particular do artista. Sei que casou com a filha do Elvis, que teve filhos com outras mulheres, que se envolveu em escândalos com crianças, que tinha uma doença na pele que terminou deformando seu rosto e que aparecia com máscara e óculos escuros em frente às câmeras de TV para evitar os paparazzi e para não expor sua privacidade, sua e de seus filhos.  Nunca fiz julgamentos morais de artistas. Acho bobagem.

Para mim, a doação da música, da dança, da energia vibrante e alegre sobre o palco foi suficiente, e eu a aceitei carinhosamente, como um presente que o artista quis me dar, a mim e a seus milhões de fãs, e é isso que agora importa, nessa hora em que registro com tristeza a morte dele, ocorrida hoje à tarde.

É isso que quero agradecer aqui. O mais, é coisa da Vida, tão misturada com a Morte que às vezes a gente pensa que é tudo uma coisa só. Too bad!

UPDATE – O leitor avisa que eu inverti as datas, que Thriller veio antes e Bad depois. Eu me lembro de tudo junto, e o tempo da recordação é assim mesmo, misturado. Fica feita a observação.

MIchael

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Bad, Michael Jackson, Thriller
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O sonho de Poliphilo

Clotilde Tavares | 22 de junho de 2009

polifilo02Há algum tempo a editora Planeta publicou o romance O Enigma do Quatro, de Ian Caldwell e Dustin Thomason, cujo enredo versa sobre a busca do significado de outro livro, o clássico Hypnerotomachia Poliphili, impresso no finalzinho do século XV. Apaixonada que sou por temas medievais e por livros, corri a adquirir o tal romance. A ação se passa no campus de uma universidade americana, mas o enredo é mal construído, confuso e, antes da metade eu me perdi irremediavelmente nas imperfeições do estilo e terminei por passá-lo adiante, sem terminar de ler.

poliphiloMas o livro teve a virtude de me apresentar esta espetacular obra, a Hypnerotomachia Poliphili, cujo título quer dizer “O Combate de Amor de Polifilo num Sonho” e que conta a indecifrável e obscura história de Polifilo à procura de sua amada, Polia. A linguagem utilizada é o italiano arcaico, com intervenções gregas e latinas e enriquecido por 171 xilogravuras da escola de Andrea Mantegna.

polifilo01Considerado um dos mais belos livros que existem, Hypnerotomachia Poliphili foi impresso em 1499 pelo veneziano Aldo Manuzio, e representa uma revolução na arte editorial, em termos tipográficos, em relação às ilustrações e à diagramação. Sua autoria é incerta, talvez de Francesco Colonna (1433-1527), talvez de Leon Battista Alberti (1404-1472) e somente agora, depois de quase 500 anos, foi realizada a sua tradução integral.

Parte narrativa imaginária e parte tratado erudito, este livro intriga há séculos historiadores e arquitetos pelas representações de edifícios e estruturas físicas ali ilustradas; contém ainda um inflamado discurso da heroína, Polia, defendendo os direitos das mulheres expressarem a própria sexualidade, e isso escrito quinhentos anos atrás.

polifilo03É um livro raro. Dele, existem menos exemplares do que da Bíblia de Gutemberg, supondo-se que haja apenas uns 200 no mundo inteiro. O único que existe no Brasil pertence ao bibliófilo José Midlin, que não revela quanto pagou pelo volume mas diz que o livro se paga cada vez que é folheado. Aliás, José Midlin doou sua magnífica biblioteca à USP em 2006; e os livros estão passando por um processo de digitalição, e vão fazer parte do projeto Brasiliana-USP, sendo que alguns já estão disponíveis na Internet. Mas isso é assunto para outro post.

poliphilo2Meu assunto de hoje é a Hypnerotomachia Poliphili. A raridade e o preço não nos impedem de conhecer essa obra primorosa. Antes que o projeto Brasiliana-USP coloque no ar sua edição fac-similiar, ela já é há tempos disponível aqui neste link.  Mesmo que para nós seja indecifrável o italiano antigo, as belíssimas ilustrações estão lá, à disposição de qualquer criatura, para deleite dos olhos e reconhecimento da cultura renascentista que, ainda hoje, encontra eco nos nossos espíritos e na nossa memória. Vale a pena a visita.

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Gerúndios

Clotilde Tavares | 21 de junho de 2009

… LENDO Memórias de Eloy de Souza
… ESCREVENDO minhas recordações, enquanto estou lembrada.
… COMENDO nestes dias camarão com Karl Leite, ratatouille com Estêvão Lúcio e pizza com Carlinhos e Ilana.
… DORMINDO marromeno…
… MATANDO as saudades de parte dos meus livros que estão em Natal.
… ASSISTINDO Marcas da Violência com Viggo Mortensen.
… ABRAÇANDO filhos e netos em Natal-RN por esses dias.
… ACARICIANDO meus gatos Teobaldo e Irlanda, que se deitam no meu colo sem serem chamados.
… ENCONTRANDO amigos queridos.
… PESQUISANDO preços.
… PLANEJANDO umas coisas.
… REVISITANDO esta cidade impossível.

Tela de Vicente Vitoriano, artista plástico do Rio Grande do Norte.

Tela de Vicente Vitoriano, artista plástico do Rio Grande do Norte.

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Imagens da cultura popular

Clotilde Tavares | 15 de junho de 2009

1.

O cordelista e xilogravurista José Costa Leite e um dos seus trabalhos.

O cordelista e xilogravurista José Costa Leite e um dos seus trabalhos.

2.

"É o Homem da Meia-Noite que vem, vestindo fraque e colete, gigantes pernas de pau, sorrindo na multidão, com riso de manequim..." Boneco gigante do Carnaval de Olinda.

"É o Homem da Meia-Noite que vem, vestindo fraque e colete, gigantes pernas de pau, sorrindo na multidão, com riso de manequim..." Boneco gigante do Carnaval de Olinda.

3.

Nau Catarineta de Cabedelo-PB. Há muitos grupos mas este é formado só por mulheres da terceira-idade.

Nau Catarineta de Cabedelo-PB. Há muitos grupos mas este é formado só por mulheres da terceira-idade.

4.

"Vassoura", personagem cômico tradicional da Nau Catarineta.

"Vassoura", personagem cômico tradicional da Nau Catarineta.

5.

Santana Mestra, arte popular de Goiás.

Santana Mestra em terracota, arte popular de Goiás.

6.

Pastoras do cordão Azul em Pastoril na praia de Tambaú, na capital paraibana.

Pastoras do cordão Azul em Pastoril na praia de Tambaú, na capital paraibana.

7.

Os estranhos animais de argila de Fulano, Paraíba.

Os estranhos animais de argila de Abimael, Paraíba.

8.

O cordelista e xilogravurista Abraão Batista.

O cordelista e xilogravurista Abraão Batista.

9.

Bonecos

Artesanato paraibano. Bonecos à imagem e semelhança de Genival Lacerda, Sivuca, Jackson do Pandeiro e Biliu de Campina.

10.

E pra fechar o firo, cozido de corredor com pirão mexido com frinha de mandioca e tutato comido de colherinha, pra deixar os neurônios azeitados e tinindo que só a mulesta dos cachorros!

E pra fechar o firo, cozido de corredor com pirão mexido com farinha de mandioca e tutano comido de colherinha, pra deixar os neurônios azeitados e tinindo que só a mulesta dos cachorros!

Todas as fotos são minhas. Comi o pirão na casa da minha sobrinha Júlia Quirino.

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Abraão Batista, arte popular, artesanato, Cabedelo, carnaval de Olinda, cozido, José Costa Leite, Nau Catarineta, O Homem da Meia-Noite, Santana Mestra, Tambaú
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Filme bom e filme ruim

Clotilde Tavares | 29 de maio de 2009

filmes01Fui cineclubista por muito tempo na minha vida, principalmente quando era mais jovem. Em Campina Grande, no final da década de 1960, era uma das atividades mais interessantes da cidade. Reuniões, discussões, cursos e, é claro, sessões e mais sessões de cinema, numa época em que não havia computador, nem vídeo, nem DVD.

Rômulo Araújo, prevendo o futuro, dizia para o porteiro do Cine Capitólio, em Campina: “Um dia ainda levaremos o filme para assistir em casa!” E o porteiro sorria e respondia: “Vocês são uns visionários…” Então, tenho alguma experiência. Para mim, um cineclube é filmes03um espaço para discutir e compartilhar conhecimento sobre cinema. E penso também que é preciso atrair as pessoas para lá, mas como atrair gente nova apenas com projeção de filmes? Sobretudo filmes sobre os quais ninguém tem informação, a não ser as pessoas da área, as que entendem de cinema?

Essa reflexão me veio através de uma lista de discussão que assimo, onde os organizadores de um cineclube se queixavam do pouco interesse de jovens pelas suas atividades e da dificuldade de levar gente nova para o cineclube.

filmes05Penso que discutir cinema é discutir todo tipo de filme. Querem atrair gente nova para o cinema? Discutam os filmes que gente nova gosta! Discutam Batman, Homem Aranha, Juno, Volverine, e outros. Discutam os filmes do Oscar. Por que esses filmes foram indicados? Discutam Tropa de Elite (bem, acho que já passou o tempo de discutir Tropa de Elite, mas o exemplo serve para entender o que estou dizendo: discutam o que está rolando nas telas).

Afastei-me do cineclubismo porque terminou virando uma masturbação mental, de poucos “iniciados” discutindo filmes04horas intermináveis sobre Glauber, ou Bergmann. Nada contra esses cineastas ou seus filmes, dos quais gosto muito, mas tudo tem limite. E penso que não se deve discutir somente filme bom não. É preciso discutir os filmes “ruins”, para ver porque são “ruins”.

Funciona muito também ter uns cursos de vez em quando para atrair gente, ou ciclos de palestras sobre, por exemplo, “A jornada do herói no Senhor dos Anéis: comparações com Guerra nas Estrelas”, ou “A escatologia no cinema brasileiro: análise de O Cheiro do Ralo e Amarelo Manga.” ou “Zé do Caixão e seus filmes”, ou ” A obra de Michael Moore”, ou “A evolução dos efeitos especiais no filme de aventuras”, ou “Filme pornô também é cultura” (eita! esse foi de lascar!) ou o que seja.

Eu poderia sugerir aqui uma lista interminável de títulos de palestras. E terminar dizendo que o cineclubismo é uma das atividades mais interessantes para se participar, pois abre para o mundo e para as idéias, através da instigante arte do cinema.

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