Umas & Outras

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Calendário

Clotilde Tavares | 12 de julho de 2009

calendario1Nessa nossa vida agitada, vivemos estritamente regidos pelo relógio, pela agenda, pelo calendário. O tempo é medido, fracionado e domesticado através desses três instrumentos e fica difícil para muitos de nós, quando queremos nos livrar do estresse, entregar o tempo à sua natural fluidez, à sua eterna repetição de um dia depois do outro e uma noite no meio. É quase impossível se livrar do relógio mesmo em férias, mesmo numa praia deserta, mesmo num lugar onde não precisamos dele.

Mas nem sempre foi assim. Houve um tempo em que a maioria da população media o tempo pela época em que as flores se abriam, ou chegavam as tempestades, ou a neve derretia, ou os rios corria mais cheios. Houve um tempo – parece mentira – onde não existiam o domingo nem os outros dias da semana e onde as “quatro festas do ano” eram determinadas pelo ângulo que os raios do sol faziam com um marco qualquer, revelando os solstícios e equinócios.

Similaridades-0012joaoloboEm algum momento, porém, foi preciso que houvesse uma medição exata do tempo para disciplinar a vida comercial e social de comunidades e países que cada vez estavam mais civilizadas. Como, por exemplo, calcular juros sobre um empréstimo sem um calendário unificado? Como disciplinar entradas e saídas de navios de um porto? Como fazer a cristandade comemorar no mesmo dia a Páscoa e o Natal?

calendario2Todas essas perguntas estão respondidas no livro “Calendário: a epopéia da Humanidade para determinar um ano verdadeiro e exato”, de David Ewing Duncan (Ediouro, 1999). É um livro espetacular, pois o autor, começando a sua história desde a aurora da Humanidade, quando o homem pré-histórico entalhou num osso a passagem dos dias e as fases da Lua, vai até a espetacular epopéia que foi a criação do calendário gregoriano, esse que hoje em dia ainda nos rege. O livro dá detalhes de como foi formado o “grupo de trabalho” de cientistas e sábios, e de todos os estudos precursores dessa forma de medir o tempo que nos parece tão natural e lógica.

houses_of_parliament_city_of_london_englandEstamos tão acostumados com o tempo disciplinado e sendo o mesmo para todos os países do mundo que sequer podemos imaginar que apenas cinco séculos atrás isso não existia e que cada país, ou nação, usava a forma que lhe fosse mais confortável de medir o tempo. Mesmo o calendário gregoriano criado sob o aval do Papa não foi aceito imediatamente por todos os países. A própria Inglaterra só veio adotá-lo no século XIX, da mesma forma que ainda adota o sistema métrico baseado em libras, polegadas e jardas.

calendario3É o autor quem fala: “Afinal fomos nós os humanos que inventamos esta coisa que tanto é uma ferramenta milagrosa quanto uma gaiola de momentos finitos que nos mantém para sempre correndo por aí, tentando tirar o máximo do tempo curto que nos foi destinado.” A leitura deste livro é uma agradável aventura, que, afinal, vai fazer o nosso tempo passar mais rápido e preencher aquelas “horas vagas”, que ficam por ali nos espiando, insistindo sempre para serem preenchidas. Boa leitura.

O calendário bonitinho ao lado achei aqui.

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Rocky, um lutador

Clotilde Tavares | 4 de julho de 2009

O meu caro leitor já deve conhecer aquela história do homem que ia todo dia à Igreja rezar, de frente à imagem de São José, pedindo para acertar na mega-sena. Diariamente, chovesse ou fizesse sol, lá estava a criatura, de mãos postas, infernizando o santo com o insistente pedido. Um dia, São José perdeu a paciência e falou: “Tudo bem, meu filho. Seu pedido está concedido. Mas, pelo menos, jogue…”

Rocky-flag-FP1731-lÉ isso. A maioria de nós quer que as coisas caiam do céu sem que precisemos fazer o menor esforço, como o homem da nossa história, que não jogava mas almejava ganhar na loteria. Todas as histórias de sucesso mostram que é preciso correr atrás, é preciso batalhar, ter força de vontade, ser insistente e, principalmente, ter um sonho e acreditar nele.

Uma história emblemática dessa situação é a do filme “Rocky, um lutador”, estrelado por Silvester Stallone, e que conta a história do boxeador Rocky Balboa, um boxeador medíocre, que tem a grande chance de sua vida quando lhe oferecem uma luta pelo título mundial contra o grande campeão americano.

A história deste filme começou com uma idéia, um “insight”. Stallone estava vendo uma luta de box na TV quando teve a idéia de usar a figura do boxeador como o modelo do trabalhador americano, que luta e peleja pelo seu sonho. Aí trancou-se em um quarto de hotel e em três dias escreveu o roteiro. Nessa época ele estava desempregado e tinha apenas 108 dólares na conta bancária.

Levou o projeto aos estúdios, mas queria dirigir o filme para que não fosse deturpada a sua idéia original. Ofereceram-lhe 20 mil dólares, depois 80 mil , 200 mil chegando até 320 mil dólares para não o incluir como diretor do filme. Ele não abriu mão e, finalmente, um dos estúdios concordou em deixá-lo dirigir, pagando-lhe apenas 340 dólares por semana e somente 20 mil pelo roteiro que, depois de impostos e taxas, rendeu-lhe líquido apenas 8 mil dólares. Além disso fizeram-lhe assinar um termo onde ele se comprometia a gastar apenas um milhão de dólares na produção, o que é uma quantia irrisória para Hollywood em produções desse porte.

RockyBalboa-GO resto da história todos já sabem. O filme fez sucesso no mundo inteiro, teve quatro continuações e rendeu 225 milhões de dólares aos estúdios, além de ter ganho o Oscar de melhor filme e direção, com indicações para melhor ator e roteiro.

Se Stallone houvesse vendido o roteiro pelos 20 mil iniciais – o que talvez fosse um bom negócio, já que ele estava desempregado e com pouco dinheiro, o estúdio teria fatalmente modificado o roteiro e transformado a história em outra coisa. No entanto, ele acreditou na força da sua idéia original e concordou em trabalhar por uma remuneração ínfima somente para mantê-la. No fundo, no fundo, obedecendo à profunda orientação da sua intuição, ele sabia que estava no caminho certo, e deve ter ouvido muitas críticas de familiares e amigos quando não vendeu o roteiro pelo preço inicialmente oferecido pelo estúdio.

Foi sorte? Não parece. Foi força de vontade, persistência e crença profunda nas magníficas forças do sonho e da intuição, que costumamos desprezar nessa nossa vidinha materialista e focada no lucro fácil e imediato. Fica aqui a história e a dica para ir até a locadora e rever este maravilhoso filme, que a maioria já viu, mas que vai ver agora com olhos diferentes.

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A rainha do crime

Clotilde Tavares | 13 de junho de 2009

agatha01Todo mundo já ouviu falar de Agatha Christie, a mais famosa autora de livros policiais de todos os tempos. Inglesa, nascida em 1890, foi cognominada a “Rainha do Crime” e publicou cerca de 300 obras, entre romances de mistério, poesia, peças para rádio e teatro, contos, documentários, uma autobiografia e seis romances que não são romances policiais e que foram publicados sob o pseudônimo de Mary Westmacott.

Seus livros venderam mais de dois bilhões de exemplares, tornando-a a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, somente ultrapassada pela Bíblia e por Shakespeare. agathapoirotTraduzida em mais de cem idiomas, morreu em 12 de janeiro de 1976 e criou tipos célebres como o detetive belga Hercule Poirot, cheio de maneirismos; e a idosa Miss Marple que, a pretexto de observar passarinhos com seu binóculo termina vendo mais do que deve e assim soluciona os  crimes.

Agatha Christie é autora da peça A ratoeira (The Mousetrap), que estreou em Londres em 1952 e continua em cartaz, ininterruptamente, até hoje, constando do Guiness como a peça em cartaz há mais tempo em toda a história.

agatha02Leitora voraz de livros policiais, leio seus livros desde adolescente, e eles ainda me dão muito prazer pois sou daquele tipo de gente que depois de um certo tempo esquece quem foi o assassino, podendo ler o livro novamente sem sequer desconfiar de quem cometeu o crime… Tenho uma pilha deles, que me acompanham desde muito tempo e que me fornecem diversão segura e garantida quando tudo o mais falha.

No entanto, o melhor livro de Agatha Christie, para mim, é sua Autobiografia, que ela terminou de escrever em 1965, aos 75 anos. É possível, lendo este livro, conhecer a vida de uma jovem na Inglaterra vitoriana, e a escritora nos leva, através do seu relato, a compartilhar da sua infância em Torquay, e depois da sua adolescência, a primeira viagem a Paris, a paixão pela música e pelo piano, o desejo de tornar-se uma cantora lírica, os namoros, o gosto pelas caminhadas, pela natação, e pelo surf, que praticava com o marido Archibald Christie nas praias da África do Sul e depois no Havaí, na sua primeira grande viagem de volta ao mundo. É divertido imaginá-la, alta e magra, de pé nas imensas pranchas havaianas, vestida com aqueles maiôs vitorianos cheios de folhos e babados que iam até os pés.

Agatha e Max

Agatha e Max

O seu segundo marido foi o arqueólogo Sir Max Mallowan, 14 anos mais jovem que a escritora, com quem se casou em 1930 (ela com 40 e ele com 26 anos). As viagens juntos contribuíram com material para vários de seus romances situados no Oriente Médio.  Em tom divertido ela dizia que uma das vantagens de ser casada com um arqueólogo é que quanto mais velha se fica, mais o interesse dele aumenta.

Na Auto-biografia, Agatha Christie compartilha com o leitor o seu processo de criação e o desgosto por não ter feito sucesso como escritora de romances não-policiais. Na verdade, era difícil e estranho para ela se assumir “escritora”, já que não considerava os livros policiais como verdadeira literatura. Mas foi com eles que alcançou o sucesso e até hoje deleita o mundo com suas histórias de crimes e mistérios.

agatha03Um fato curioso é que talvez o maior mistério de sua vida tenha ocorrido em 1928 na vida real quando, depois da morte da mãe e separação do primeiro marido, triste e deprimida, ela sumiu por 12 dias. Depois de uma mobilização intensa da polícia à sua procura, e quando as autoridades já estavam pensando que teria sido assassinada, Agatha Christie apareceu, jamais tendo revelado o que aconteceu nos dias em que esteve sumida.

A internet está cheia de sites dedicados a ela. Entre esses, selecionei para  você A Casa Torta.

Dos livros policiais dela, o que mais gosto é O Assassinato de Roger Ackroyd. Leia, e descubra porque.

A Rainha do Crime

Todo mundo já ouviu falar de Agatha Christie, a mais famosa autora de livros policiais de todos os tempos. Inglesa, nascida em 1890, foi cognominada a “Rainha do Crime” e publicou cerca de 300 obras, entre romances de mistério, poesia, peças para rádio e teatro, contos, documentários, uma autobiografia e seis romances que não são romances policiais e que foram publicados sob o pseudônimo de Mary Westmacott. Seus livros venderam mais de dois bilhões de exemplares, tornando-a a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, somente ultrapassada pela Bíblia e por Shakespeare.

Traduzida em mais de cem línguas, morreu em 12 de Janeiro de 1976 e criou tipos célebres como o detetive belga Hercule Poirot, cheio de maneirismos e a idosa Miss Marple que, a pretexto de observar passarinhos com seu binóculo termina vendo mais do que devia e solucionando crimes. Agatha Christie é autora da peça “A ratoeira”, que estreou em Londres em 1952 e continua em cartaz, ininterruptamente, até hoje, constando do Guiness como a peça em cartaz há mais tempo em toda a história.

Leitora voraz de livros policiais, leio seus livros desde adolescente, e eles ainda me dão muito prazer pois sou daquele tipo de gente que depois de um certo tempo esquece quem foi o assassino, podendo ler o livro novamente sem sequer desconfiar de quem cometeu o crime… Tenho uma pilha deles, que me acompanha desde muito tempo e que me fornecem diversão segura e garantida quando tudo o mais falha.

No entanto, o melhor livro de Agatha Christie, para mim, é sua “Autobiografia”, que ela terminou de escrever em 1965, aos 75 anos. É possível, lendo este livro, conhecer a vida de uma jovem na Inglaterra vitoriana, e a escritora nos leva, através do seu relato, a compartilhar da sua infância em Torquay, e depois da sua adolescência, sua primeira viagem a Paris, a paixão pela música e pelo piano, os namoros, o gosto pelas caminhadas, pela natação, e pelo surf, que praticava com o marido Archibald Christie nas praias da África do Sul e depois no Havaí, na sua primeira grande viagem de volta ao mundo. É divertido imaginá-la, alta e magra, de pé nas imensas pranchas havaianas, vestida com aqueles maiôs vitorianos cheios de folhos e babados que iam até os pés.

Agatha Christie compartilha com o leitor o seu processo de criação e o desgosto por não ter feito sucesso como escritora de romances não-policiais. Na verdade, era difícil e estranho para ela se assumir “escritora”, já que não considerava os livros policiais como verdadeira literatura. Mas foi com eles que alcançou o sucesso e até hoje deleita o mundo com suas histórias de crimes e mistérios.

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Gerundiando

Clotilde Tavares | 10 de junho de 2009

… COMENDO tão pouquinho…
… BEBENDO cocazero.
… DORMINDO profundamente.
… DESCOBRINDO que um Eskibon pesa 48 gramas, tem 150 calorias e toneladas de culpa.
… INVESTIGANDO de onde vem uma praga de microbesouros que invadiu meu apê.
… PLANEJANDO ir a Natal na próxima semana.
… ESPERANDO encontrar todos os meus amigos em Natal.
… DESEJANDO  que apareçam um de cada vez para longas conversas
… ESCREVENDO furiosamente.
… LENDO Beira mar, de Pedro Nava, 4º volume das memórias.
… BLOGANDO  todo dia.

Escola publica em Afogados da Ingazeira-PE. Todas as paredes do pátio interno têm poemas dos poetas locais. O segredo da educação: arte, responsabilidade e consciência social fomentada entre os alunos.

Escola pública em Afogados da Ingazeira-PE. Todas as paredes do pátio interno têm poemas dos poetas locais. O segredo da educação: arte, responsabilidade e consciência social fomentada entre os alunos.

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Dois meses no ar!

Clotilde Tavares | 26 de maio de 2009

Há dois meses comecei mais essa experiência, com o meu já conhecido Umas & Outras, desta vez em forma de blog. Hoje, sessenta dias depois, o blog está com pouco mais de 6.300 visitas, o que dá cerca de 100 visitas por dia. Eu considero um privilégio e uma honra que cerca de cem pessoas deixam de fazer outras coisas para aprecerem por aqui para leitura ou para uma zapeada rápida.

aniversario3Só para esclarecer aos novos leitores, e como bem expliquei no primeiro post do blog, o Umas & Outras é um projeto de comunicação. Começou em novembro de 1999, com um boletim que eu fazia inicialmente em formato Word e que enviava por email toda semana para uma lista de uns 200 assinantes, pela Internet.

Depois, foi mudando de cara: virou boletim em HTML, site na Internet com diversos colunistas durante um ano e com atualização diária, boletim outra vez, blog sediado no Uol, boletim em HTML de novo… E sempre, sempre com as temáticas básicas concentradas em quatro pilares: Arte, Cultura, informação e Humor.

aniversarioEntão este blog é a nova cara do Umas & Outras, que está dando muito prazer a esta escriba que vos tecla. No início eu tinha dúvidas se não seria muito complicado manter a periodicidade diária; mas até agora não foi. Tenho escrito todo dia, muito embora os recursos do blog me permitam escrever, por exemplo, dez posts, e agendá-los para irem sendo “soltos” dia após dia. Quase nunca tenho usado essse recurso, porque o barato mesmo é escrever todo dia, sobre o tema que está em minha cabeça naquele dia.

aniversario5Tenho tentado diversificar os assuntos. Tem dia em que falo sério; tem dia que é só bobagem. Há posts em que discorro sobre um tema, defendendo uma opinião; em outros, apenas comento assuntos que estão em voga. Como sei que tem gente que tem preguiça de ler, ou não tem tempo de ler posts muito grandes, alterno os escritos com os posts de figuras, como as igrejas do interior, e outros posts de fotografia, artes plásticas ou retratos. E tem aqueles da série Gerundiando, onde abro um pouco minha vida pessoal para os voyeurs (alguém me socorra e me dê o plural correto desta palavra), como o jornalista Sebastião Vicente, que diz ser a seção que ele mais gosta. Aí do seu lado direito, na coluna categorias, os posts estão agrupados por temas.

42-15660713Algumas pessoas sugeriram que eu tocasse em temas de interesse diário da cidade em que vivo – a capital da Paraíba – denunciando abusos, apontando soluções para problemas urbanos, como já fiz em outros formatos do Umas & Outras. Eu agradeço a sugestão, mas prefiro me manter num nível mais geral, mais abrangente, sem descer ao nível local. Os problemas da cidade, do estado, da política, da nação estão aí, escancarados, para todo mundo ver, e todo mundo sabe quais são. Eu prefiro falar de outras coisas que vão além do cano estourado na esquina da rua Antonio Gama, que é a rua onde moro nesta deliciosa capital. Este não é um blog engajado, nem defende nenhuma causa. Existem muitos blogs assim na Internet, e eu frequento alguns diariamente porque acredito na seriedade deles. Vez por outra os cito aqui. São muito bons. Mas, repito, este não é um deles.

aniversario4Ontem recebi um email de um leitor que diz que eu escrevo demais. Escrevo mesmo. Sou escritora. É isso que eu faço. Fica difícil me pedir para escrever menos; é a mesma coisa que pedir a um músico que faça músicas mais curtas, ou ao pintor que pinte quadros menores. Recomendei ao leitor que esquecesse o blog e me acompanhasse pelo Twitter, onde só se pode escrever 140 caracteres. E já basta as duas colunas que escrevo toda semana para o Correio da Paraíba e para a União, onde tenho espaço limitado, tipo 32 linhas em Times 12, e não posso escrever nem 31 nem 33, tem que ser 32. Pelo menos aqui no blog o espaço é teoricamente ilimitado.  Ao leitor impaciente recomendo: olhe só os posts de figuras ou siga-me no Twitter, onde também mantenho uma postagem por dia.

aniversario7Aliás, e falando-se em leitores, eu respondo pessoalmente a todos os comentários que são postados aqui. Só respondo no blog quando o esclarecimento pedido interessa aos outros que também comentaram.

Uma coisa que faz a felicidade do blogueiro são os comentários. Então, se vocês gostam de mim e querem me agradar, o que não custa nada, comentem, que me faz feliz e dá status ao blog.

Então é isso, minha gente. Continuem vindo por aqui que eu estarei como escoteiro, sempre alerta, todo santo dia, sem respeitar domingo ou feriado, enquanto puder teclar, porque o meu projeto literário deste ano de 2009 chama-se: Umas & Outras: todo dia um post novo. Durante um ano.

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Um milagre no Corcovado

Clotilde Tavares | 20 de maio de 2009

Uma amiga me contou um dia desses uma história espantosa e, mais do que espantosa: verdadeira. Foi assim: um espanhol veio muito jovem para o Brasil, no início da década de 1930, para tentar uma vida nova. Aos vinte anos, chegado a este país, radicou-se no Rio Grande do Sul. Digamos que se chamasse Juan Rodriguez, nome que aportuguesou logo para João Rodrigues, para facilitar sua vida e se adaptar melhor ao novo país.

Sentia saudades dos pais, e dos irmãos que havia deixado pequeninos, mas era jovem, e logo se envolveu na vida do trabalho, arrumou namorada, casou e perdeu o contato com a família que havia ficado na distante terra espanhola.

corcovadoAí, um belo dia, depois de uns vinte anos no Brasil, já com dinheiro sobrando para viajar e fazer turismo, empreendeu a realização de um velho sonho, que era conhecer o Rio de Janeiro, cidade que ele achava a mais bela do mundo. Viajou com a família, hospedou-se na casa de um compadre e num dia em que a mulher foi fazer compras e as filhas foram ao cinema, ele resolveu ir ver de perto o Cristo Redentor. Lá em cima, deslumbrou-se com a paisagem espetacular, tomou um sorvete e veio voltando, descendo a escadaria. Cansado, sentou-se em um banco no meio da descida, onde duas jovens senhoras também estavam tomando um fôlego antes de continuar a subida. E começaram a conversar.

Elas disseram que eram turistas espanholas que ali estavam, e ele imediatamente começou a gabar as belezas do Rio e a indicar-lhe locais turísticos para visitar. Elas disseram que não, que não iram demorar no Rio, porque estavam de viagem para Porto Alegre. Ele ficou espantado. Fazer o quê em Porto Alegre, quando poderiam demorar no Rio, uma cidade tão mais bela? Ele mesmo morava em Porto Alegre e sabia do que estava falando: não havia melhor lugar do que o Rio de Janeiro para passear e ver coisas bonitas. Nós vamos procurar uma pessoa, disse uma delas. Um irmão nosso, que deixou a Espanha há tempos, e que se chamava Juan Rodríguez. Só temos o nome dele mas temos fé em Nossa Senhora que vamos encontrá-lo. Nossa mãe, que já é velhinha, nunca deixou de ter esperanças de vê-lo outra vez.

stairway-to-heavenO resto, meu caro leitor, você já adivinhou. Nossa Senhora, para poupar trabalho e dar prazer a todos, reuniu a família depois de vinte anos a meio caminho do lugar onde seu santo filho toma conta do Rio. Ali, sob os braços abertos do Cristo, as doces menininhas que havia ficado na Espanha há vinte anos, agora adultas, abraçaram o irmão mais velho, reconhecendo no homem vivido, de meia-idade, o jovem que havia deixado a casa paterna há tanto tempo.

Uma história bonita, pra gente ficar feliz e não perder a fé nos milagres.

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A eternidade do minuto

Clotilde Tavares | 14 de maio de 2009

forever youngO escritor Paulo Coelho defende interessante tese em um de seus artigos, desses que são publicados em jornais de todo o país. Diz ele que o desejo de imortalidade é na verdade uma armadilha, e que o camarada que obtivesse tal dom possivelmente seria muito infeliz porque a maioria de nós, seres humanos, somos fortemente resistente às mudanças. Na verdade, diz o escritor, o que gostaríamos era de ser imortais desde que o mundo que esta à nossa volta, como o conhecemos, também ficasse imortal”, ou seja, não se modificasse.

entrevista-com-vampiro05Paulo Coelho dá como exemplo o mito do vampiro, que é aquele cara cujo corpo “não vai seguir o curso normal da natureza; será jovem para sempre, pode viver o tempo que quiser, sem ter de lidar com os problemas relacionados à idade. Seu  único regime é um pouco de sangue todos os dias, e seu único cuidado com a pele é evitar a luz do sol – mas afinal isso é um preço muito pequeno que se paga diante de todas as possibilidades de uma vida eterna”, conclui, bem humorado, o escritor.

manual_vampirismoO mito do vampiro apaixonou gerações, até que, com o advento da Aids, o sangue tornou-se um líquido mais suspeito do que a água do esgoto. O próprio Paulo Coelho, no início de sua carreira, escreveu um livro sobre o tema, o Manual Prático do Vampirismo, livro esse que o próprio escritor fez por onde recolher do mercado tão logo ficou famoso pregando verdades mais amenas e mais voltadas para a “luz”. Eu, como boa bibliófila, tenho meu exemplarzinho bem guardado e não vendo por dinheiro nenhum.

Mas voltando a esse desejo de eternidade, é isso que nos faz ter filhos, escrever livros e plantar árvores, como se diz na sabedoria popular. Com esse objetivo, de eternizar nossa passagem pelo planeta, queremos deixar atrás de nós o maior número possível de marcas, de referências, de lembranças.

nightstar03É natural do homem querer a eternidade, e as religiões apregoam a vida eterna como uma das suas mais sedutoras possibilidades. Vida eterna sim, mas em outro mundo, no tal “país ignorado do qual ninguém jamais voltou”, nas palavras inspiradas de Shakespeare.  Nesse mundo aqui, a vida eterna se tornaria uma complicação porque todos os nossos amigos envelheceriam e morreriam; o homem amado, ao nosso lado, ficaria decrépito e depois também se finaria, e correríamos o perigo, sempre renovado, de não conseguirmos acompanhar a velocidade do avanço tecnológico, tornando-nos analfabetos eletrônicos em poucos anos.

Eternidade? Só a do minuto, deste minuto agora, enquanto você me lê, o único minuto do qual você e eu temos certeza de que é nosso, de que nos pertence e que é, certamente, o nosso minuto mais importante.

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Ludwig II, da Baviera.

Clotilde Tavares | 11 de maio de 2009
Ludwig II da Baviera

Ludwig II da Baviera

Há muito estava pautado neste blog um post sobre o rei Ludwig da Baviera, de quem sou fã, e que construiu aquele espetacular castelo de contos de fadas no qual se inspirou Walt Disney para criar o castelo da Cinderela.

Aí, de repente não mais que de repente, vem o meu amigo José Roberto Whitaker Penteado e escreve sobre o mesmo tema, tão bem e tão bonito, muito melhor do que eu poderia fazer.

Sendo assim, segue o texto dele, que saiu publicado na revista Marketing, da Editora Referência. Enfeitei com umas fotinhas, mas o texto é do Zé Roberto e vai aí abaixo, integral, com epígrafe e tudo, do jeito que saiu na revista.

°°°°°°°°°°

LUDWIG DA BAVIERA, por José Roberto Whitaker Penteado.

Nas montanhas, lá, onde livre te sentes.
Leio muito à noite, e viajo para o sul durante o inverno.
– T. S. Eliot, Terra Desolada (The Wasteland)

Castelo de Neuschwanstein

Desde que assumi a última página desta revista (em abril de 1979; sim, meus jovens, são 30 anos) – com carta branca do Armando Ferrentini para escrever sobre o assunto que quisesse, nunca imaginei que escreveria – um dia – sobre o rei da Baviera Ludwig Friedrich Wilhelm, ou, mais simplesmente, Ludwig II.

Mas vocês vão ver que tem muito a ver, com uma porção de coisas. A primeira delas é que não se deve dizer ou escrever Bavaria para nomear este importante estado alemão. Em português é Baviera – e quem criou a cerveja Bavaria, no Brasil, ou não sabia disso ou preferiu a denominação em inglês. Em alemão, Baviera é Bayern. As iniciais BMW, por exemplo, significam Bayerische Motoren Werke, em português: Fábrica de Motores da Baviera – e não da “Bavaria”.

Segundo, nós, brasileiros, entendemos pouco de nobreza européia – além da rainha Elisabeth II, D. João VI ou Napoleão. São tantos os reis, imperadores, príncipes, duques e arquiduques, que não temos reserva mental para todos. Assim, este Ludwig entrou na minha vida por dois caminhos: o primeiro foi o lindo castelo de

Ludwig, com Wagner

Ludwig, com Wagner

Neuschwanstein, encarapitado numa montanha, perto da Floresta Negra, que Walt Disney usou como modelo para o castelo de Cinderela, no desenho, e que acabou, de fato, reconstruindo, na primeira Disneylândia. O segundo foi quando descobri Wagner e sua música, e soube que viveu anos à custa do rei, tendo dele obtido, também, verbas para construir seu teatro e sua casa, em Bayreuth. Dizem os especialistas que a tetralogia das óperas que compoem O Anel do Nibelungo simplesmente não existiria, se não fosse pelo mecenato de Ludwig.

Mimetizando Luís XIV, que ele admirava.

Mimetizando Luís XIV, que ele admirava.

Aprendi também que Ludwig tem, até hoje, péssima reputação entre certas pessoas por ter-se dedicado a erigir castelos (construiu 4, reformou 2 e deixou planos para outros), apoiar as artes e os artistas e (recentemente, quando se começou a falar abertamente dessas coisas) porque era homossexual.

Foi assim que aluguei o DVD de um catatau de 4 horas de duração, dirigido por Lucchino Visconti, chamado – adivinharam – Ludwig. Pode parecer incrível, mas valeu a pena. LC conseguiu reconstituir quase fotograficamente o que deve ter sido a história deste peculiar soberano.

Ludwig, o filme

Ludwig, o filme

Caso V. seja um cinéfilo, vá e alugue o DVD para tirar as próprias conclusões. Mas a minha impressão é a de que, além de construir os castelos (que, hoje, são atrações turísticas extremamente lucrativas para o governo alemão) e de assegurar à posteridade as extraordinárias óperas que constituem o Anel, Ludwig foi um cara legal, politicamente hábil, pacifista e bom caráter, pois não quis empatar a vida da prima com um casamento de fachada, já que gostava de homens. Também acabou sendo morto através de uma conspiração e a falsa acusação de que era louco e se drogava. Pode?

Em matéria de rei, sou mais Ludwig da Baviera do que tantos tiranetes que adquiriram sua imerecida fama através de invasões, guerras e violência.

°°°°°°°°°°

Veja sobre o autor aqui.

Veja mais sobre Ludwig aqui e aqui.

Neusch no inverno, uma visão de sonho.

O Castelo de Neuschwanstein no inverno, uma visão de sonho.
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Solto, com a corda arrastando…

Clotilde Tavares | 10 de maio de 2009

Estava no supermercado na fila dos idosos, esperando passar minhas comprinhas no caixa. Sentadas ao meu lado, naquele banquinho que fica do lado do caixa, duas “meninas” bem mais entradas nos anos do que eu. Começamos então a conversar, e o tema era morar sozinha ou com os filhos. Ficamos felizes em constatar que todas as três moravam sozinhas e que nos dávamos muito bem assim.

A liberdade, o sossego, a ausência de estresse com problemas de filhos e outros parentes, a possibilidade de passar o dia limpando ou de deixar a pia suja durante dois dias se der na telha, cozinhar ou ir comer fora, à nossa escolha, tudo isso justifica e faz feliz a vida das mulheres de terceira-idade que optam pela vida independente.

Rimos muito e, na saída eu me despedi delas.

– Boa sorte para vocês, meninas, vivendo sozinhas!

E a mais velha respondeu:

– Solta, e com a corda arrastando!

E é esta expressão que abre o post de hoje e que dá conta deste blog, “solto, e com a corda arrastando”, diretamente do maior shopping da cidade, onde vim blogar hoje. A frase significa exatamente a sensação de liberdade que tem o bicho que vive preso, quando se solta, e sai por aí, livre e satisfeito, muito embora leve “a corda arrastando”.

Os circunstantes estão aqui comigo, nesta mesa da esquina do cafezinho do primeiro andar, e são: o poeta Marcos di Aurelio, sua esposa Roseli Ferreira, o escritor pajeuzeiro Carlos Araújo – que é o autor do espetacular romance  Cachoeira do Timóteo. Esses três, mais esta que vos fala, estamos fixos neste encontro de todo domingo de tarde, nesta mesma bat-hora e neste mesmo bat-lugar.

Os adventícios, que chegam e saem sem dia certo, são o advogado João Batista, sua divertidíssima esposa Alba Carvalho, o médico Manoel Jaime, que está em viagem de turismo cultural na Itália e por isso não veio hoje.

Marco di Aurelio, Roseli Ferreira, Francisco de Assis,

Marco di Aurelio, Roseli Ferreira, Francisco de Assis,Alba Carvalho, João Batista, Carlos Araújo e esta blogueira sua amiga, Clotilde Tavares, a bordo do essencial notebook.

POLÍTICOS E CULTURA

Discute-se agora nesta mesa que, nesta província da Parahyba, só se respira política. Não há espaço nas conversas, nos papos, para outro assunto. Um dos circunstantes defende que se deixarmos a vida política de lado, se deixarmos de falar neles, os políticos se sentiriam talvez esquecidos e fariam um pouco mais pela cultura. Eu duvido. Não confio no interesse dos políticos pelas Artes e pala Cultura, a não ser quando há alguma possibilidade bem concreta de ganharem votos, ou aparecerem na mídia. Aliás, eu não acho que político tem que “fazer nada por nós”. Penso sinceramente que quando a sociedade se organizar a contento saberá e deverá cobrar e exigir políticas sérias dirigidas a esse setor. Enquanto isso é o que se vê: pires na mão e troca de favores. Eu estou fora.

°°°°°°°°°°

PRECE INFANTIL

Prece infantil entreouvida pela mãe:

“Ó Senhor, neste ano, por favor, envie roupas para todas aquelas moças pobres no computador do papai…”

°°°°°°°°°°

homemcamisetaPROCURANDO O MARIDO

Em um supermercado, duas mulheres se esbarram com seus carrinhos:
– Desculpe, mas eu estava distraída. Estou procurando o meu marido, não sei onde ele está.
– Que coincidência! Também estou procurando o meu.
– Mesmo? E como ele é?
– Bom, ele é moreno-claro, 1,88, olhos verdes, bronzeado, coxas grossas, ombros largos e está usando um jeans surrado e camiseta. E o seu?
– O meu que se foda! Vamos procurar o seu!

°°°°°°°°°°

VOLVERINE

Ainda não vi. Mas dessa semana não passa.

volverine

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As igrejas do interior – Parte II

Clotilde Tavares | 26 de abril de 2009

Este é o segundo post da série “As igrejas do interior”. O primeiro você pode ver clicando aqui. Quando as fotos não trouxerem o crédito, é porque são minhas mesmo. Nas outras, consta o nome do fotógrafo.

Janduís-RN (Foto de Alexandro Gurgel)

Janduís-RN (Foto de Alexandro Gurgel)

Campo Grande - RN (Foto de Karl Leite)

Campo Grande - RN (Foto de Karl Leite)

Taperoá-PB (Foto de Marcos Soares)

Taperoá-PB (Foto de Marcos Soares)

Sertania-PE

Sertania-PE

Sçao Gonçalo do Amarante-RN (Foto de Alexandro Gurgel)

São Gonçalo do Amarante-RN (Foto de Alexandro Gurgel)

São José dos Ramos-PB

São José dos Ramos-PB

Serra Branca-PB (Foto de Inês Tavares)

Serra Branca-PB (Foto de Inês Tavares)

Martins-RN (Foto de Karl Leite)

Martins-RN (Foto de Karl Leite)

Teixeira-PB

Teixeira-PB

Coxixola-PB (Foto de Inês Tavares). Nesta igreja batizou-se a minha mãe e muitos dos mues familiares mais antigos, dos quais Coxixola, "A pequena notável", é o berço amado.

Coxixola-PB (Foto de Inês Tavares). Nesta igreja batizou-se a minha mãe e muitos dos meus familiares de gerações anteriores à minha, dos quais Coxixola, "A pequena notável", é o berço amado.

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