Flores do meu Cariri
Clotilde Tavares | 10 de dezembro de 2009No mês de fevereiro deste ano, Inês Tavares e Cristina Evelise (minha irmã e minha cunhada) fizeram uma viagem ao Cariri paraibano. Ficaram hospedadas numa fazenda, na região de Sumé; mas andaram, viraram, mexeram, fizeram uma ruma de fotos que, quando voltaram, descarregaram no meu computador. São fotos de gente, de natureza, de plantas e de bichos. Fotos que eu não sei, das duas, quem fez, se uma ou a outra.
Portanto, com crédito duplo, eu trouxe para vocês essas flores do meu Cariri, floreszinhas bestas, sem nome, sem a sofisticação ou a majestade das orquídeas ou rosas mas tão caprichosas na minúcia e na beleza que parecem jóias coloridas brotando daquele chão seco e áspero, assim que dá a primeira chuva.
[…] This post was mentioned on Twitter by Clotilde Tavares: Olha @coresenomes aqui no meu blog tem flores do Cariri, todas lindas: http://bit.ly/efq9ow […]
Olá, Clotilde!
Sobre este artigo me alinho aos demais leitores, dizendo que foi uma feliz idéia expor as fotos de sua irmã e da sua cunhada. E falar ainda, num tom de misticismo, que as suas colaboradoras foram imersas na Força da Natureza do Cariri Paraibano. Essa nossa região que nos surpreende por suas floradas, ao ponto de se dizer que tem várias primaveras anuais. É normal então que sejamos atraídos a imergirmos nela. E até recitar os versos de um poema – Quem me dera – de Malcyr Negreiros, jovem poetisa de Boqueirão-PB, apresentados na última reunião di IHGC:”…sentir o vento em meu rosto e perceber a pureza do aroma das flores silvestres do meu Cariri’.
A título de contribuição, sobre as flores deste artigo, na ordem de cima para baixo, identifico as seguintes plantas: 1) Camapu ou Maracujá-de-Estalo – trata-se de um maracujá silvestre (tem aplicações na medicina popular) da mesma família (Passifloraceae) e gênero (Passiflora) do maracujá que consumimos (sucos, musse,etc): 2) Já ouvi sendo chamada de Rabo-de-Raposa – no momento não me ocorre a família e nome cientifico; 3) Cumbeba (Opuntia inamoena), família Cactaceae; 4) trata-se de uma planta da família Verbenaceae; 5) Kallstroemia tribuloides,família Zygophillaceae; 6) Mussambê (Cleome spinosa); 7) Pinhão Bravo (Jatropha molissima) cujas as flores, fechadas, parecem pequenas tulipas holandesas e, mais tarde, a uma pequena rosa amarelo claro; 8) Centratherum punctatum, da família Asteraceae; 9) Planta aquática que desconheço a família botânica e demais dados de identificação (desculpe!).
Um grande abraço!
Egberto Araújo
Tide, querida!
Assim como estas flores brotam em terra seca ou entre espinhos, lindas, suaves, com magestosa humildade, pelos cantos da estrada, seja de barro ou pedregulhos, você, de inteligência admirável; intuição aguçada; talento nota 10 para tudo que há de bom na arte, seja na música, na poesia, no teatro, na literatura, e em outras tantas coisas, como também na medicina (no sentido puro e abrangente); charmosa, divertida, perspicaz, e, muito, muito iluminada, brotou neste Nordeste, numa Campina que não podia deixar de ser Grande para recebê-la e vê-la crescer (se nem tanto em estatura física, mas muito como pessoa).
Nesta data, de 14 de dezembro, ao meu ver, não é so você que merece parabéns, não senhora! Todos que temos, ou tivemos, a felicidade de conviver com você, estamos de parabéns pelo privilégio que nos foi concedido de podermos ouvir você, ler seus livros (excelentes trabalhos), estarmos ao seu lado, aprendendo sempre, ampliando horizontes, revendo o passado, brindando o presente, e o presente que é você!
FELIZ ANIVERSÁRIO! FELIZ VIDA!
Um abraço apertado da sua primafã,
Fatima
Oh Clotilde, como chamar essas florzinhas de bestas?São lindas e singelas. Plantei uns beijinhos (que minha mãe chamava de boa-noite, acho) na calçada de minha casa. Aqueles que usávamos quando crianças pra fazer unha-de-ponta, lembra? Quando cresceram e ficaram lindas, vieram uns vândalos, arrancaram pela raiz e jogaram no canteirinho. Fiquei possessa, até porque eu mesma, inábil em quase todas as fronteiras, havia plantado. Se tivessem levado o buquezinho, tudo bem, mas arrancar de maldade e jogar atestando a safadeza! Foi de doer. Aí plantei um facheiro (que um aluno trouxe do nordeste pra professora saudosa) e esse cresceu e se desenvolveu e ninguém arrancou. Bj de feliz aniversário, Clotilde
a flor brotando do cacto(terceira foto de cima pra baixo) me emocionou!