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Barulho é caso de polícia

Clotilde Tavares | 5 de outubro de 2009

Ontem à noite eu estava esperando um amigo para bater um papo. Esse amigo é Chico Guedes, que tem um blog maravilhoso sobre a Hungria, uma vez que ele é tradutor da língua magiar e apaixonado por aquele país. Mas não é sobre isso que quero falar, pois de húngaro não entendo nada e se você quiser saber mais vai ter que ir lá no blog do rapaz, que é muito interessante pois tem textos inteligentes, especialmente um sobre as planícies da Hungria, e fotos muito bonitas. Eu estava planejando que ficaríamos na varanda do apartamento, para desfrutar da prisa perfumada de Natal e da magnífica Lua Cheia que já se elevava no céu, parecendo uma figura de Goya, pálida, envolta em nuvens, como uma dama escondida atrás de sua mantilha de renda negra.

Essa poesia toda foi para o beleléu quando começou a maior barulhada na vizinhança. Algumas pessoas estacionaram um carro a uns cem metros de onde eu moro, na calçada de um prédio comercial, ligaram o som do veículo em toda altura e se empenharam em poluir a noite com o ruído aterrador dos seus sub-woofers. A música era de baixo nível, mas isso não vem ao caso pois não sou patrulha estética de ninguém; e naquele volume até canto gregoriano seria terrível.

Felizmente, meu caro leitor, aqui em Natal, onde voltei a morar depois de quatro anos na Paraíba, barulho não é caso de meio-ambiente: é caso de polícia. Liguei para o 190 – Rádio Patrulha e em coisa de 20 minutos a farra dos barulhentos terminou. Quando o meu amigo chegou, a paz já havia sido restaurada, a noite havia voltado a ser calma e suave e a Lua Cheia podia ser contemplada com deleite.

Tenho tolerância zero com barulho urbano, principalmente esse causado por equipamentos de som instalados em carros ou aquele oriundo de bares e botequins, que infernizam a vida de qualquer vizinhança. Em João Pessoa, onde morei durante quatro anos, havia um órgão que pretendia disciplinar isso mas não disciplinava coisa nenhuma porque não tinha viatura para atender aos chamados. E queixa de barulho tem que ser atendida na hora, e não no dia seguinte. Quando voltei para Natal, fiquei feliz de ver como a questão do barulho é tratada aqui; e nesses quase dois meses de moradia na Cidade do Sol, chamei a Rádio Patrulha duas vezes, com sucesso.

Nenhuma pessoa é obrigada a aturar barulho provocado por terceiros. O barulho é uma contravenção penal, prevista em lei, e inclui gritaria, algazarra, exercício de profissão incômoda ou ruidosa, uso abusivo de instrumentos sonoros ou sinais acústicos e barulho de animais, como cães, por exemplo. Prevê prisão ou multa, e quanto mais nós, incomodados, exercermos o direito que temos de reclamar, mais os barulhentos vão se educando e entendendo que não têm o direito de perturbar a paz alheia.

Eu faço parte de um grupo de discussão na Internet, o Barulho-Br. Lá são mostradas muitas situações de barulho, e as soluções que podem ser encontradas. Além disso, o setor de links do grupo tem muitos textos e legislação que podem orientar a pessoa que vem sofrendo com esse tipo de incômodo.

Veja também os posts:

O cachorro do vizinho

O barulho vem de jegue

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barulho, barulho urbano, carro equipado com som, Chico Guedes, Hungria, poluição sonora
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