Voltando devagar
Clotilde Tavares | 29 de maio de 2010Sei que abandonei este blog à própria sorte, sem alimentá-lo diariamente como é meu dever de blogueira. Mas eu tenho um bom motivo. Pra começo de conversa, fui acometida por uma estranha dor no braço, que pensei que era da coluna, depois pensei que era a tal da L.E.R. (lesão por esforço repetitivo) e que agora suspeito de que tenha sido uma crise de herpes zoster, o popular “cobreiro”.
O caso é que fiquei fora de combate por muitos dias, sofrendo horrores e comendo (com muita manteiga) o pão que o diabo amassou, sem poder escrever direito e irritada com a dor. Dor – quem já sentiu sabe – é um troço que tira você do sério.
Aí, junto com esse transtorno todo, ainda tive que preparar oficina e palestra que ministrei no Fenart – Fertival Nacional de Arte – fuzuê cultural que se realiza na capital da Parahyba, este ano na sua décima terceira edição.
A oficina foi de 26 a 28, a palestra foi dia 26 e hoje, dia 29, estou eu aqui melhorando do braço, com a cabeça mais leve, sentada de frente pro mar de Tambaú, e lhe enviando essas mal tecladas linhas, meu caro leitor, para que não me abandone e a quem prometo voltar com postagens diárias – quase diárias! – muito, muito em breve.
Como não consigo ficar quieta, parto às 11 da manhã para o Recife onde me esperam doses iguais de trabalho e lazer.
A vida é boa, visse? A gente é que não sabe aproveitar direito…
Estamos aqui, certos da sua volta. Quase todo dia a gente dá uma batidinha e espera pra ver se você voltou. É que nem ir à casa de um amigo que a gente sabe que está meio enrolado com algum problema e por isso nem sempre se pode ter certeza de que estará em casa. Mesmo assim, a gente sempre dá uma passada lá. E os contratempos, todos temos, com chavão e tudo. Nós mesmos, eu e rejane, estamos aqui tentando, de pouquinho, sair de um turbilhão de mudanças assim. Desemprego eventual, venda de imóvel, realinhamento de finanças (tá bem, realinhamento de finanças é meio tucanês, mas que seja). às vezes eu lembro daquela sua tese sobre o que temos a aprender com uma pia repleta de pratos por lavar. o fato é que aos poucos está passando. Mas foi preciso (e ainda está sendo) muita paciência. Haja exercício de respiração. Com você não será diferente. Menos dor e mais alegria pra sua vida.