Vai um torresmo?
Clotilde Tavares | 22 de abril de 2011Nas Minas Gerais, o torresmo está presente em tudo. Iguaria politica e nutricionalmente incorreta, gordura pura, colesterol em estado de exagero, mantive-me à distância; e muito embora o que excite minha gula são mesmo os doces, não posso negar o apelo irresistível do torresmo, crocante e saboroso, parede ideal para a cerveja como reza a foto.
A manhã hoje foi passada no Mercado Central de Belo Horizonte, vadiando por entre os boxes repletos de todo o tipo de coisa.
Depois, um bacalhau no tradicional Restaurante do Porto, na Espírito Santo com Aimorés, a uma quadra de onde estou hospedada.
Agora é jiboiar um pouco e arrumar as malas para voltar amanhã ao Rio Grande do Norte, para Natal, a Noiva do Sol, minha cidade querida (como gostava de dizer o mestre Câmara Cascudo).
Estou troncha de saudade.
Até que enfim, de volta Clotilde…
Vc faz falta…
Uma coisa que você não sabe. Ou sabe.
Gilberto Avelino, muito amigo de Câmara Cascudo. dizia: “- Assim como Natal é a noiva do sol para Cascudo, Macau é a quenga do sal para mim.” E dava belas gargalhadas. Etilizado, é claro.
Menina, cuidade-te! Torreiro ou torresmo, causa um rói rói danado na barriga.
Eu não consigo resistir ao torresmo e morro de saudade, pois moro numa cidade onde não o torresminho torradinho humm, não faz parte da cultura dos comes e bebes! Não sei se festejo ou lamento, e nesse momento em que escrevo a boca cheia d”água já denuncia que não daria certo rsrsrs