Umas & Outras

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Ecobags, ecochatos e baratas.

Clotilde Tavares | 9 de abril de 2009

825042Outro dia andei falando aqui sobre a questão da separação do lixo para reciclagem. É um problema sério, e os cidadãos e os governos ainda se debatem na busca de soluções sem conseguir encontrar a saída adequada para problema tão grave. Como componente desse lixo, há um item sobre o qual quero falar hoje com mais detalhe: é a sacola plástica.

Sim, ela mesma, essa sacolinha inocente que você recebe de todo comerciante, em qualquer lugar que comprar algo. Se você vai à farmácia e compra um envelope de qualquer comprimido, que tem aí uns 7 cm x 4 cm, 0 vendedor o coloca numa sacola plástica onde caberiam uns vinte iguais aquele. E por aí vai. lixo_cuiabahOntem fui à padaria da esquina. Comprei queijo fatiado, um “pastel-de-belém”, uma fatia de bolo e quatro pães. Cada um desses itens veio numa sacolinha de plástico individual, que por sua vez foram acomodadas, as quatro, numa maior. Cinco sacolas por uma comprinha boba. E isso é a regra geral no dia-a-dia das nossas cidades, sem falar nos supermercados onde, dependendo do tamanho da compra, são gastas dezenas de sacolas por consumidor.

A sacola plástica é fabricada com um derivado do petróleo, o polietileno. O Brasil produz cerca de 18 bilhões de sacolas por ano (esse dado é de 2007) e mais de 1 bilhão de sacolas são distribuídas todo mês pelos supermercados. Oitenta por cento delas – ou seja, 800 milhões – viram sacos de lixo doméstico e vão parar em aterros sanitários onde levarão cerca de 500 anos para se decompor.

earthPara produzir uma tonelada do material com que é feita a sacolinha, são necessários 1.140 kw/hora (esta energia daria para manter aproximadamente 7600 residências iluminadas com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os dejetos resultantes. Dez por cento do lixo é composto de sacolas plásticas, dos quais menos de 1% é reciclado, porque é mais caro reciclar um saco do que produzir um novo.

A solução? Ora, os estudos sobre um plástico biodegradável, apesar de defendidos por alguns, não convenceu a maioria da comunidade científica, que questiona se esse plástico se degrada mesmo ou apenas se subdivide em fragmentos minúsculos, que se disseminam com mais facilidade, poluindo ainda mais. No mundo inteiro, os governos já estão tomando medidas para evitar o desastre. Nos links que lhe apresento no final deste texto você vai ver muitas informações a respeito.

ecobags2 ecobag4 ecobag6

Mas ainda penso que a forma mais eficiente de resolver o problema parece ser conscientizar a população para o uso de sacolas de pano retornáveis – as “ecobags” – ao fazerem suas compras – como era antigamente. Lembro de Mamãe saindo de casa para o açougue ou a feirinha com sua velha sacola de lona listrada de vermelho e branco. Eu mesma tenho as minhas, e sempre as levo quando vou fazer supermercado. Tenho duas de lonasacola2 branca, com um belo desenho preto, brinde da Trama Virtual; e mais duas que comprei no Pão de Açúcar, a R$ 3,80 cada, com bichos da Mata Atlântica. Tenho ainda uma quinta sacola, de um material impermeável, comprada também no Pão de Açúcar, com uma linda estampa de maracujá, que uso para carregar as compras “molhadas” – carne, congelados, etc.

Acho muito chique, meu caro leitor. Tenho orgulho de sair do supermercado sem uma só sacolinha plástica. Quanto àquela minha ida à padaria, da qual falei no ínício, eu não contei o resto. Distraída, olhando o jornal em cima do balcão, não tinha visto o balconista arrumando minhas compras. Quando vi todo aquele exagero de plástico, pedi a ele uma sacola de papel – toda padaria tem – e rearrumei as coisas dentro dela.

Não é preciso fazer sermão, nem dizer “Estou salvando o planeta!” ou coisa parecida. Se fizer isso, você corre o risco de se tornar um “eco-chato” e dilui a força da única tecnologia ao alcance de todos nós que pode mudar o mundo: o exemplo.

Veja mais sobre o assunto, principalmente a nível mundial, aqui.

E em Belo Horizonte aqui.

Em João Pessoa aqui e aqui.

E mais aqui.

barata

E falou em lixo, aparece barata! Xô, barata! Xô! Alguém mate essa barata, pelamordedeus!

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barata, ecobags, lixo, meio ambiente, poluição, sacolas plásticas
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Cabelos brancos

Clotilde Tavares | 8 de abril de 2009

antonio_fagundesQuando vejo na TV atores como Antonio Fagundes (60 anos, no próximo dia 18/04) ostentando os seus cabelos brancos e arrancando suspiros da mulherada de 8 a 80 anos, não posso deixar de pensar na atriz Regina Duarte (62 anos completados em 05/02) e que, possivelmente, deve ter tantos cabelos brancos quanto ele. A diferença é que ela precisa pintar o cabelo para conseguir os papéis na TV.

O homem com cabelos brancos é visto como um homem maduro, experiente, charmoso, encantador. As mulheres ficam atraídas por ele, vêem nele a figura do regina_duarte_cznpai, do protetor, do guardião, daquele que dá segurança, que traz experiência, que representa status, que se encarrega de tudo. Já a mulher com cabelos brancos, além de não passar nem a homens nem a mulheres essas mesmas sensações, termina por ser interpretada de forma completamente diversa. Deixa de ser mulher. Se andar muito arrumada, alinhada, de salto alto, é chamada de “senhora”. Se se vestir à vontade, sem muito apuro, vira “velha”. Quando muito, sendo simpática, recebe o nome de “velhinha”. Mas mulher, nunca mais!

Tenho uma amiga, de seus 50 anos de idade, poucas rugas, rosto expressivo e bonito, cabelinho todo branco. Usa porque gosta. E me contou que quando está em um lugar público, fila de banco, de self-service ou loja, sempre aparece alguém – geralmente mulher – que se aproxima e dispara: tem alegia a tinta? Ou é o marido que não deixa? Assim, sem mais nem menos, interferindo na privacidade da outra, em um assunto que não diz respeito senão a ela mesma, a portadora da alva cabelereira.

A nossa cultura, que prega que as mulheres devem ser sexys e sedutoras sem prazo para aposentadoria, é que fabrica esse tipo de coisa. Vá dizer que não quer mais casar, que não tem mais interesse em homem, que prefere viver sozinha do que namorar, para todo mundo achar que você está de miolo mole, ou deprimida, ou com algum problema.

Pois é, meu caro leitor. Num mundo onde as meninas de 7 anos usam maquilage pesada e já têm namorado, não se admite que damas da minha idade, finalmente satisfeitas depois de toda uma vida de “amei e fui amada, beijei a quem bem quis” finalmente sosseguem e possam se dedicar à leitura (e à atividade blogueira) ou a qualquer outro mister, em paz – e sem comichões sexuais.

Mundo doido, esse.

°°°°°°°°°°

Tela de Vicente Vitoriano. Veja mais em http://vvitoriano.multiply.com/

Tela de Vicente Vitoriano. Veja mais em http://vvitoriano.multiply.com/

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A máquina de lavar

F_113757_32uDASuCeRNKm4jWTPreSth8IFgUQsO casal está passeando no shopping e de repente a mulher pede que o marido lhe compre um lindo biquini exposto em uma vitrine.
– De jeito nenhum! – resmunga ele. – Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar!
Continuam o passeio. Logo depois a mulher pede que o marido lhe compre um vestido.
– Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar!
À noite, antes de deitar, o marido convida:
– E aí, benzinho? Vamos colocar esta máquina de lavar para funcionar?
E a mulher:
– Para lavar esse pedacinho de pano? Nem pensar! Se quiser, lave-o na mão!

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Comportamento, Humor
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Antonio Fagundes, cabelos brancos, idade, Regina Duarte
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Dando corda aos bestas

Clotilde Tavares | 7 de abril de 2009

bestaUm dia desses recebi um e-mail do meu amigo Cassiano Lamartine, também conhecido com “O orquilouco”. Nesse e-mail, a propósito não me lembro mais do quê, ele citava frase lapidar do seu pai, o grande escritor Oswaldo Lamartine: “Nada melhor do que dar ao besta a importância que ele acha que tem”.

O “besta” é o que chamamos aqui no Nordeste o tolo, o fátuo, o que “se acha”. Essa classe de gente encontramos em todo lugar, em toda esquina, em toda festa, em todo acontecimento social. É o cara que leu duas ou três orelhas de livros e se considera crítico literário; acompanhou um programa de TV sobre economia e já começa a ter idéias sobre como você deve investir seu dinheiro; assiste ao “Dr. Phil” e vira um terapeuta, analisando a tudo a todos. Como se isso não bastasse, vangloria-se do que não tem e faz propaganda do que não sabe.

Mamãe dizia: é só dar uma pequena quantidade de corda a um camarada desses, e depois assistir de camarote quando ele se enforca. Dar corda é um excelente estratégia para se livrar desses chatos abomináveis, que surgem no nosso caminho quando menos esperamos. E por falar em corda lembrei-me de um poema de José Laurentino, o grande poeta popular de Puxinanã, que vive em Campina Grande. No seu poema Eu, Nobelina e a cama ele fala de um casamento “que teve com a Nobelina”. Um belo dia, o casal vai a uma festa e ele nota que a esposa está muito atraída por um certo rapaz. Então, sabiamente, comenta:

Eu fiz que não tava vendo

Fui beber no botequim

Dei uma cordinha a ela

Porque mulher é assim

Quanto tá com a corda toda

Mostra se é boa ou ruim.

Boa estatégia, meu caro leitor. Com corda curta, todo mundo se comporta. E o tolo, o besta, com a corda toda, termina se sentindo solto, independente, e cometendo o erro que vai perdê-lo e revelar aos olhos do mundo a nulidade que ele é.

……….

Ladrão de galinha

Uma piada velha, para distrair.

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e levaram para a delegacia.
– Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai pra cadeia!
– Não era para mim não. Era para vender.
– Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!
– Mas eu vendia mais caro.
– Mais caro?
– Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.
– Mas eram as mesmas galinhas, safado.
– Os ovos das minhas eu pintava.
– Que grande pilantra! – comentou o delegado, já com um certo respeito. – Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega…
– Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Comprometi-me a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele, para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio.
– E o que você faz com o lucro do seu negócio?
– Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos, para programas de alimentação do governo, e superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:
– Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
– Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado, ilegalmente, no exterior.
– E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
– Às vezes. Sabe como é…
– Não sei não, excelência. Explique-me.
– É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. Do risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto, realmente, um ladrão, e isso é excitante. Como agora. Fui preso, finalmente. Vou para a cadeia. É uma experiência nova.
– O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
– Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
– Sim, mas primário, e com esses antecedentes…

(Isso é aquele tipo de piada que eu acho na Internet, muito mal escrita, cheia de erros de pontuação, sem autoria. Aí eu ajeito, reescrevo. corrijo o diálogo e transcrevo. Se o autor for um vocês, pode reivindicar o crédito.)

°°°°°°°°°°

Natal da minha saudade.

ig-rosario-e-potengi-m

Natal, RN. O rio Potengi e a ponte Newton Navarro, vistos a partir da Igreja do Rosário.

A tela é do artista plástico Flávio Freitas.

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Mundo blog

Clotilde Tavares | 6 de abril de 2009

O mundo blog  é um dos fenômenos mais interessantes da Internet. Eu “blogo” há muito tempo, desde que começou esse negócio. Blogo de forma eventual, anárquica, descontinuada. Isto é: blogava, porque com essa minha nova versão do Umas & Outras, a intenção é sustentar, durante pelo menos um ano, uma postagem diária. Para isso, abri mão de alguns projetos literários e vou me concentrar nessa atividade.

Então: eu blogo, mas também leio blogues, e assino feed de vários. Para quem não sabe, feed é esse símbolo-cor-de laranja quadradinho que você vê na extrema direita depois do endereço desta página na barra do seu navegador. É um recurso que faz com que você seja avisado das atualizações nos seus blogues preferidos, sem precisar visitá-los todo dia para ver se tem novidades. Como fazer? Primeiro, você vai num leitor de feeds – eu uso o Bloglines – e faz uma conta. Depois, é só ir clicando nos simbolozinhos laranja dos blogues que você gosta, e “assinando”. É fácil, auto-explicativo. Aí, você abre sua conta no Bloglines e lá estão listados todos os blogues da sua preferência, com suas respectivas atualizações.

Uma amiga disse: que coisa mais trabalhosa! Bem, eu acho trabalhoso ficar acessando os endereços de um em um, através dos favoritos. E bendito trabalho esse, que posso fazer onde estou agora, deitada na rede da varanda, com o notebook no colo, bafejada pela brisa do mar.

Então, na minha lista de feeds, escolhi alguns blogues para você.

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blog_lola1

Escreva Lola Escreva é o blog da jornalista Lola Aronovitch, que mora em Santa Catarina. Bem humorada, dona de uma análise aguda e inteligente sobre o cotidiano, Lola é ainda a minha crítica de cinema preferida. Explorando o blog você vai encontrar comentários da maioria dos filmes que você conhece.

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Acompanhe o dia-a-dia de Natal e do Rio Grande do Norte no blog de Canindé Soares, esse grande repórter fotográfico. Gente fina, boa praça, grande profissional, Canindé Soares foi meu parceiro no meu livro Natal, a noiva do Sol (São Paulo, Cortez, 2005).

O repórter fotográfico Canindé Soares.

O repórter fotográfico Canindé Soares.

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blogdesign_sponge

Design Sponge é um dos meus blogues preferidos de design, arquitetura e decoração.

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Efetividade.net é o blog mão-na-roda para assuntos de produtividade pessoal, organização, maneiras mais fáceis de fazer as coisas e por aí vai. Vale a pena tirar um dia para ler o blog inteirinho, ou pelo menos para navegar através das tags dos seus assuntos preferidos. Mantido por Augusto Campos, tem mais de 40 mil visitas por dia. E merece.

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blogchegadebagunca

Na mesma linha do Efetividade.net o Chega de Bagunça também é uma fundamental para quem quer sobreviver no mundo atarefado em que vivemos.

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blogrosana

A jornalista Rossana Hermann, num blog ágil e com muitas atualizações ao longo do dia, onde ela dialoga com o seu (dela) Querido Leitor.

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blogsandro1

Sandro Fortunato assina o blog Sempre Algo a Dizer, com matérias interessantíssimas. Além desse blog, Sandro Fortunato tem outros não-sei-quantos, cada um mais instigante do que o outro. Também é o criador e mantenedor do projeto Memória Viva.

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E finalmente esta foto espetacular direto do blog do fotógrafo Hugo Macedo, feita quando ele andou passeando entre os índios Tuiuka.


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Assédio no shopping

Clotilde Tavares | 5 de abril de 2009

shopping1Andando pelo Manaíra Shopping na tarde de ontem, provei daquilo que chamo de assédio ao consumidor.

Funciona mais ou menos assim: eu me aproximo de uma vitrine, na intenção de comprar um sapato de salto não muito alto, vermelho ou preto, baratinho, para usar com meus vestidinhos e saias do dia-a-dia. Nem bem encosto na vitrine, o vendedor encosta em mim. Boa tarde, tudo bem? Tenho vontade de dizer que não, que não está tudo bem, ando deprimida, chateada, não dormi bem, mas eu não conheço aquele camarada, como vou discutir minha vida com ele? Não posso, por outro lado, dizer que está tudo bem, porque não está. Dou então uma espécie de grunhido educado, na intenção de afastá-lo, que o inefável chato entende como um encorajamento para continuar o assédio. Aí eu vejo um sapatinho como o que eu quero, mas não é vermelho, é marrom. Começo a pensar:shopping2 será que dá certo com as minhas roupas? Dá certo com o vestido com estampa de oncinha, mas com a minha combinação de cores preferida – preto-e-branco – não dá. Com o preto-e-branco fica melhor o sapatinho vermelho. Ou então o preto, desde que eu use a bolsa vermelha, para alegrar um pouco, ou então… Aí o cara me interrompe de novo. Procurando um sapato social? Ou uma sandalinha? Pronto. Não sei mais o que eu estava pensando e me vejo de novo frente ao sapato marrom, sem me lembrar direito qual a linha de raciocínio que eu estava seguindo e nem o que era que eu queria antes. Olha moço, shopping3muito obrigada, eu estou somente olhando. Aí continuo: será que esse sapato marrom dá certo com as minhas roupas? Ah, sim fica melhor o vermelho. Mas… e esse preto aqui, com um friso vermelho bem fininho, que lindo. Será que o salto não é muito alto? Gostou desse, senhora? Qual o número? Posso pegar para a senhora? É de novo o vendedor. E eu me perco de novo sem conseguir raciocinar e decidir o que eu quero, e cansada de ter que começar tudo de novo. E olhem que isso tudo ocorre do lado de fora da loja. Desisto de entrar e é nessa parte eu vou embora sem conseguir sequer saber que tipo de sapato eu estou querendo.

Aí, entro numa loja de objetos de decoração para procurar um espelho pequeno bonitinho para completar uma composição que tenho na parede perto da porta de entrada. Fico olhando os objetos, vagueando aqui e ali, com a vendedora colada em mim. Posso sentir a ansiedade da garota tentando descobrir que tipo de artigo estou querendo, que tipo de cliente eu sou, se vou comprar ou olhar, se tenho grana ou se sou apenas mais uma pobretona desocupada passeando no shopping. Pego casualmente numa estatueta de uma coruja. Imediatamente, a jovem me explica: É uma coruja, como se eu fosse um ET que não conhece a fauna terráquea. Pego numa estatueta de coelhinho. É um coelhinho. Não me diga! Pensei que fosse um elefante…

E assim se segue a minha tarde de compras. Passo na praça de alimentação, e uma mocinha se atravessa no meu caminho: vamos comer um pizza-cone? Não, minha filha, você e eu não vamos comer nada juntas. Coma a pizza sozinha, e tenha um bom apetite. Para mim chega.

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De novo o corrimão

Corrimão dos cinemas do Midway Mall, em Natal.

Corrimão dos cinemas do Midway Mall, em Natal.

Venho há meses pedindo um corrimão nos cinemas do Manaíra Shopping. Já disse ao próprio Roberto Santiago, proprietário do shopping, que daqui a cinco anos eu não terei mais condições de descer toda aquela escadaria depois do filme, com degraus de diferentes larguras, e principalmente porque depois de duas horas sentada no ar condicionado na temperatura de geleira antártica que impera dentro dos cinemas, ao final do filme estou quase entrevada.

Vejam a foto do corrimão que há nos cinemas do Midway Mall em Natal, onde o corrimão é possível, é bem-vindo e não atrapalha a visão. Soube hoje que uma senhora de seus 75 anos caiu, e só não rolou escada abaixo porque foi amparada pela filha que estava com ela. Será que estão esperando que alguém caia de verdade e processe o shopping para que o corrimão seja instalado?

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Mundo cão

Saio pouco. O mundo tornou-se um lugar quente, barulhento e cheio de gente sem noção. Prefiro minha casa, e o mundo virtual que, graças a Deus, tem botão de desligar.

…………………..

Trecho de artigo

J. Roberto Witacker Penteado

J. Roberto Whitaker Penteado

“… Ouço, pela CBN, que – para entrar, pela internet, no site da prefeitura de S. Paulo o cidadão tem de comparecer pessoalmente à galeria Prestes Maia para entregar uma declaração sobre sua senha com firma reconhecida.

(…) e (precisamos) de deixar só de olhar com ódio e desânimo para a canalha que nos rouba e os inúteis que nos atrapalham, fingindo que nos governam. Precisamos acabar com eles.”

José Roberto Whitaker Penteado, o Zé Roberto da ESPM, tem uma visão lúcida e bem humorada deste país de loucos em que vivemos todos nós. Vale a pena ler seus artigos e outros textos aqui. Foi ele quem me convidou a ir ao campus da ESPM em São Paulo, em outubro de 2008, para falar sobre literatura de cordel e propaganda para os estudantes.

Daqui, como penhor da minha amizade, os confetes e serpentinas do Umas & Outras.

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Estou…

… OUVINDO John Legend.

… RELENDO Mulheres que correm com os lobos, para entender de novo umas coisas que havia esquecido.

… VENDO a 5a. temporada de The Sopranos, que baixei da Internet, em ato explícito de pirataria.

… BEBENDO cerveja Liber – sem álcool.

… COMENDO salada de alface com kani, champignon e molho de mostarda com mel.

… PENSANDO que eu queria mesmo era comer um pirão de corredor, com muito tutano.

… DORMINDO menos do que preciso.

… VIAJANDO quinta dia 10 para Bananeiras-PB.

… CRIANDO coragem para retomar a pesquisa genealógica.

… MANTENDO este bloguinho atualizado todo santíssimo dia.

E deixa eu ir pra minha aula de alongamento…

aerobica

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O triunfo do design

Clotilde Tavares | 4 de abril de 2009

discoveryfeature3001Se tem uma coisa de que eu gosto, é observar as coisas. Como são feitas, para que servem, e existe até um programa no Discovery Channel chamado “O Segredo das Coisas”, na frente do qual eu passo horas aprendendo os segredos da fabricação de lâmpadas, pregos, biscoitos, embalagens, e um monte de outros objetos simples e comuns, que a gente pega milhares de vezes e nunca imagina o tanto de tecnologia, design e soluções geniais está embutido ali.

Alguns desses objetos são tão simples que até parecem um milagre pelo muito de utilidade que têm na nossa vida. A simplicidade, no caso, representa um estágio avançado de sofisticação, do qual não nos apercebemos e que só notamos quando refletimos sobre isso.

clipe3

Johan Vaaler, inventor do clipe.

Há muitos objetos assim, mas o meu preferido é um, tão comum e banal, que passa várias vezes por nossas mãos sem que sequer notemos o milagre de tecnologia que está ali, representado apenas por um fio de aço dobrado sobre si mesmo. Refiro-me ao clip para prender papéis.

O clipe de papel é tão somente um simples fio de aço com uma dupla dobra em forma de “U”, cujo formato característico é a maneira mais funcional de prender uma folha de papel a outra sem amassá-la, marcá-la ou danificá-la. Foi inventado pelo norueguês Johan Vaaler em 1899, que clipe2patenteou o dispositivo na Alemanha pois a Noruega não tinha leis de patente na época. Até então, muitos tipos de formatos e materiais haviam sido tentados por inventores em vários países do mundo mas todos danificavam o papel, ou se quebravam com facilidade, ou sua produção era anti-econômica. Somente a invenção de Vaaler teve sucesso.

clipe_noruega1

Noruega, a terra dos fiordes... e do clipe.

Um fato curioso ocorreu na Noruega, terra natal do inventor, na Segunda Guerra Mundial. Ali era comum o hábito de usar bótons com as iniciais do rei, e quando houve a ocupação da Noruega pelos nazistas os noruegueses foram proibidos de usar os tais bótons. Em sinal de protesto, passaram a usar nas lapelas um clipe de papel, como forma de protestar contra a ocupação e reafirmar a identidade nacional.

Uma das maiores autoridades mundiais em design, o inglês Terence Conran, afirma que “o bom design é 98% funcionalidade e 2% um ingrediente estético abstrato e misterioso que nos faz querer levar a peça para a casa por achar que ela tornará nossa vida melhor”.

Quando vejo nas lojas esses aparelhos de som ultra-modernos, luzes coloridas e controles remotos de 45 teclas das quais só usamos três ou quatro, ou sites na Internet que quando abrimos tudo pisca e treme na nossa frente, lembro-me logo do clipe de papel, integrado invisivelmente ao dia-a-dia da vida moderna, paradigma da simplicidade e da sofisticação, triunfo supremo do design, equilíbrio perfeito entre forma e função. E se me fosse dado escolher entre ser a inventora do clipe ou de um aparelho complexo como, por exemplo, uma espaçonave, eu não teria dúvida: ficava com o clipe, sem pensar duas vezes.

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Estranhas bonitezas.

Clotilde Tavares | 3 de abril de 2009

moloko

Genial.

Vi isso aqui. A dica veio do site De(coeur)ação.

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As garotas do Vovô!

carburador

Achei aqui.

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Um apartamento espetacular.

apartamento_redondo

Veja aqui.

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O gênio

Clotilde Tavares | 2 de abril de 2009

campodegolfeUm casal estava jogando golfe num campo muito chique, rodeado por belíssimas mansões. A mulher deu uma tacada desastrada e quebrou uma das vidraças. Foram então até a casa para se desculpar e ver de quanto era o prejuízo.

Ao abrirem a porta viram um homem sentado no sofá.

– Vocês são os que quebraram a minha janela? – disse o homem.

– Sim – respondeu o marido. – Sentimos muito e queremos pagar o prejuízo.

– De jeito nenhum – falou novamente o homem. – Eu é que quero agradecer-lhes. Sou um gênio que estava preso nesta geniogarrafa há milhares de anos. Vocês me libertaram. Posso conceder três desejos. Eu dou um desejo a cada um e guardo o terceiro para mim.

– Tudo bem – disse o marido. – Quero um milhão de dólares por ano, pelo resto de minha vida.

– Sem problema. É o mínimo que eu posso fazer. E você, o que gostaria de pedir? – diz o gênio olhando para a esposa.

– Quero uma casa em cada país do mundo. – ela respondeu.

– Pode considerar seu desejo realizado. – diz o gênio.

– E qual é seu desejo, gênio? – perguntou o marido.

– Bem, desde que fiquei preso nesta garrafa há milhares de anos não tive mais oportunidade de fazer sexo. Meu desejo é ter sexo com sua mulher.

O marido olhou para sua esposa:

– Bem, querida, nós ganhamos um monte de dinheiro e todas essas casas. Acho que ele não está pedindo muito.

O gênio levou então a mulher para o quarto e passou duas horas com ela.  Depois de terminar, ao se vestirem, ele perguntou:

– Quantos anos tem seu marido?

– Trinta e cinco – ela respondeu.

– E ele ainda acredita em gênios?

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Uma visita real

Clotilde Tavares | 1 de abril de 2009

No dia 10 de fevereiro de 1910 um grupo de príncipes abissínios em viagem pela Inglaterra solicitou oficialmente uma visita ao gigantesco navio almirante “Dreadnought”, o mais novo e poderoso navio de guerra da Marinha Real Inglesa, ancorado na baía de Weymouth, em Dorset. Os príncipes estavam acompanhados por um alto funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros e por um intérprete.

Cercada do maior protocolo, a visita teve recepção ao som de gaita de foles e oficiais envergando farda de gala; mas aconteceram algumas gafes, cometidas pelos ingleses, que em lugar da bandeira do país dos visitantes hastearam a bandeira e executaram o hino nacional de Zanzibar, em vez da Abissínia. Os convidados foram muito corteses e evitaram qualquer comentário; e mostraram sua admiração a todos os pormenores técnicos que o almirante inglês, em pessoa, lhes forneceu sobre a embarcação. Ao final da visita, enquanto os convidados esperavam o trem para regressarem a Londres, a multidão apinhou-se na estação ferroviária para ver os príncipes, todos negros, usando altos turbantes e vestidos em seus trajes exóticos e coloridos.

E era tudo mentira, meu caro leitor. Esse fato ocorreu realmente, mas tudo foi uma peça pregada à Marinha Real Inglesa por Horace Cole, um rico e ocioso membro da alta sociedade londrina, ajudado pelo amigo Adrian Woolf, irmão da escritora Virginia Woolf. Para preparar a farsa, contratou Willy Clarckson, maquilador da atriz Sarah Bernardt, para fazer a caracterização do grupo que contava ainda com a própria Virginia, fazendo um dos príncipes; o jogador de críquete Anthony Buxton; Duncan Grant, um artista; Guy Ridley, filho de um juiz. Adrian Woolf fazia o papel de intérprete do grupo e o próprio Horace Cole, envergando fraque e cartola, se anunciava como sendo alto funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A audácia dos brincalhões foi espetacular. Na manhã da visita, Horace Cole dirigiu-se à estação de Paddington, em Londres, e pediu um comboio especial para levar os príncipes a Weymouth e um comitê para saudá-los na hora da partida. O chefe da estação reclamou do pedido feito à última hora mas a autoridade que emanava do “alto funcionário” ministerial era tamanha que organizou tudo a contento: reuniu os funcionários da estação para a saudação protocolar e mandou até colocar um tapete vermelho para que os príncipes subissem a bordo do trem.

Já havia sido enviado um telegrama falso em nome do Ministério  ao almirante da frota, ordenando-lhe que dispensasse todas as atenções aos ilustres visitantes. Durante a visita, os príncipes recusaram toda a alimentação que lhes foi oferecida, alegando motivos religiosos; o verdadeiro motivo, porém, era porque poderiam estragar a maquilagem, onde todos usavam uma tinta escura no rosto e barbas e bigodes postiços. Para completar a caracterização, Cole mandou imprimir cartões de visita em uma língua africana e deu instruções para que seus colegas improvisassem uma língua própria para fazer perguntas e se dirigirem aos oficiais do navio, enquanto Adrian Woolf, o “intérprete”, traduzia o que os “príncipes” diziam para o inglês.

No trem de volta para Londres, a brincadeira chegou ao seu auge quando Cole explicou aos criados do vagão-restaurante que, segundo os hábitos abissínios, os príncipes podiam ser servidos apenas por pessoas que usassem luvas cinzentas de pele de cabrito. Quando o trem parou em Reading, um empregado foi enviado a comprar as luvas, para que os visitantes reais pudessem jantar.

Para se ter uma idéia da audácia do embuste, um dos militares de alta patente a bordo do navio era William Fisher, primo de Virginia e Adrian Woolf, que os conhecia muito bem; mas em nenhum momento notou que os príncipes eram seus primos. No dia seguinte, Cole enviou à imprensa o relato da história, acompanhado de uma foto do grupo e toda a Inglaterra se divertiu às custas da marinha inglesa.

Os "príncipes abissínios" Virgina Wolf, Duncan Grant, Adrian Stephen, Anthony Buxton, Guy Ridley e Horace Cole.

Os "príncipes abissínios" Virginia Wolf, Duncan Grant, Adrian Woolf, Anthony Buxton, Guy Ridley e Horace Cole.

Você pode ver essa foto no blog Modern Books and Manuscripts e também há outras informações na Wikipedia. O episódio ficou conhecido como “The Dreadnought Hoax” e os embusteiros não sofreram qualquer dano porque, de acordo com as leis inglesas eles não teriam cometido nenhum crime.

Nada melhor do que uma história dessas para comeorar o primeiro de abril e também porque considero saudável uma boa brincadeira para alegrar o ambiente. A conclusão é que ninguém escapa de ser enganado ou levado ao ridículo, nem mesmo a poderosa Marinha Real Inglesa, que já dominou os sete mares. Num caso assim, só resta relaxar, sorrir e torcer para não ser enganado outra vez.

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