Ser feliz todo santo dia
Clotilde Tavares | 24 de novembro de 2009“Eu seria hipócrita e mentirosa se dissesse que não gosto do dinheiro nem das coisas que o dinheiro compra. Essas coisas absolutamente não ‘impedem’ a felicidade mas às vezes a pessoa mistura os canais, e passa a pensar que, tendo tais coisas, será feliz. As coisas que trazem felicidade não têm nada a ver com aquelas que o dinheiro compra. As pessoas podem ter ambas, e somente a capacidade de discernir umas das outras já seria um primeiro passo muito bem dado no caminho da felicidade. Eu adoro uma roupinha de griffe, uma bolsa chique, bons restaurantes, CDs e livros. Mas felicidade mesmo são os bracinhos do meu neto em torno do meu pescoço, é ver minha linda filha Ana Morena cantando no palco, e olhar para este céu azul da Paraíba e saber que nasci neste chão, que sou filha desta terra. Isso é felicidade e dinheiro nenhum no mundo pode comprar”.
Esse é o trecho de uma entrevista que dei em janeiro de 2006 a uma moça muito simpática, a Carolina Arêas, que tem um blog sobre terapia floral.
A entrevista era sobre uma ideia que defendo, e que diz que a felicidade não cai do céu no nosso colo, mas é alcançada através da prática diária e de uma firme disposição de ser feliz, não num futuro distante, quando o filho se formar, ou terminar de pagar a casa, ou fizer a tão sonhada viagem à Europa, mas ser feliz, hoje, aqui, agora, enquanto estou teclando este post no notebook.
Vivo por aí defendendo esta ideia em palestras que faço e textos que escrevo. Escrevi um livro inteirinho sobre isso: “A magia do cotidiano: como melhorar sua qualidade de vida”. Fico agoniada quando vejo gente reclamando da vida, culpando a tudo e a todos pelos seus problemas, desperdiçando esse mundo tão bonito de se viver.
Eu acho o mundo bonito e bom de verdade, meu caro leitor, e se às vezes ele se desorganiza em enchentes, terremotos e furacões nós não estamos aqui, com força e coragem, para começar tudo de novo? Se há roubo, corrupção, patifaria, nós não estamos aqui para fazer a nossa parte, divulgando, denunciando, cobrando? Ah, eu não tenho jeito mesmo. Sou uma otimista incurável!
E com essa injeção de alegria, com o desejo de ver “o mundo todo belo e pintado de amarelo” como disse um dia desses a minha amiga Denize “La Reina Madre” Barros, é que eu lhe deixo hoje, pronto para encarar mais um dia, o primeiro do resto de nossas vidas, por que não?
Clique aqui para ver o resto da entrevista que dei para a Carolina Arêas e aproveite para zapear um pouco no blog dela, que é muito agradável.