Antigos carnavais
Clotilde Tavares | 14 de fevereiro de 2010Neste domingo de Carnaval a minha vida virtual está por um fio. Falo assim porque o adaptador do meu notebook – aquele acabo que conecta a máquina à tomada de energia – está com mau contato, com péssimo contato, em vias de pifar. Está na garantia, mas onde danado eu vou achar assistência técnica autorizada num domingo de Carnaval? Pois é.
Enquanto escrevo, fico com um olho na tela e outro no pequeno led verde, que indica que o contato está feito. Se o led apaga, e apaga do nada, eu fico sem a máquina…
Então, nas carreiras, “ligêro como quem róba”, como se diz lá no mato, vou postar aqui umas imagens de antigos carnavais e lhe pedir encarecidademnte que não me abandone enquanto eu não normalizar essa situação e ficar sem atualizar o blog todo dia. Entre os meus grandes terrores está o de perder o contato com você, meu caro leitor, em homenagem de quem me sento todo dia aqui para escrever.

1949 foi o meu primeiro Carnaval. Eu tinha somente um ano e dois meses, usei um pierrô de seda colorida e, de lança-perfume em punho, já anunciava um futuro nada ortodoxo...

Em 1952 usei essa fantasia de presidiário em seda listada de vermelho e branco. As fantasias eram idealizadas por Papai e confeccionadas por Mamãe. A cidade ao fundo é Campina Grande-PB e eu tinha 4 anos de idade.

1953. Eu e meu irmão Braulio fantasiados de "turcos". Braulio de calça de seda azul, blusa branca e bolero preto bordado de lantejoulas, Na cabeça um chapeu feito de cartolina com areia prateada; eu uso saia de várias cores de seda, e na cabeça um turbante (ai, meu Deus! esse turbante nunca ficava no lugar) de seda violeta - que Mamãe chamava de "ciclámen". Nos pés, tênis e meias brancas para "pular" o frevo sem machucar os pés... Cada um com sua lança-perfume e o saquinho de confetes.
Há também uma foto maravilhosa do Carnaval de 1950, onde eu estou de havaiana vermelha; mas essa foto – com sua descrição – você vai ver lá no blog Memoria Viva.