As 10 coisas que mais gostei na viagem de navio
Clotilde Tavares | 9 de janeiro de 2010Se você está chegando a esse blog hoje pela primeira vez, clique aqui para ver que viagem foi essa.
1 – A comida
Fiquei feliz de desfrutar de uma gastronomia elaborada como a que era servida no restaurante à la carte, com refeições de seis pratos. Não aumentei nem meio quilo porque esse tipo de comida, com suas pequenas porções, realmente engorda menos do que se você se servir no self-service onde sempre, sempre, os olhos são maiores do que a fome.
2 – Ver a esteira de espuma que o navio deixa na água
Eu ficava horas na amurada, ou na popa, vendo o caminho que a grande embarcação deixava nas águas e a rapidez com que ele se desfazia. Um momento ímpar para refletir sobre a rapidez com que as coisas passam…
3 – Tomar café da manhã na cabine
Odeio ver a humanidade antes de ingerir pelo menos meio litro de café e tomar um banho. O café na cabine, servido gratuitamente, na hora marcada por mim na véspera, com croissants deliciosos e outras gostosuras, foi realmente um luxo.
4 – A pontualidade
Se anunciarem um show às 21h15, começa às 21h15; se disserem que a piscina está aberta às 8h55, abrem às 8h55. Vivendo e me irritando sempre num mundo impontual como o nosso, eu desfrutei de uma semana maravilhosa, podendo me programar, sem perder meu tempo esperando que as coisas começassem.
5 – A possibilidade de fazer amizade
Você vai caminhando pelo deck, senta numa daquelas poltronas com um livro. Ao seu lado, na poltrona próxima, senta alguém: homem, mulher, adolescente, não importa. Aí você sorri e diz: “Oi, eu sou Clotilde, e moro em Natal, e você, de onde é?” É o suficiente para conhecer gente e fazer boas amizades. Num cruzeiro, as pessoas estão mais abertas a isso e eu adoro conhecer gente nova.
6 – Praticar meu inglês terrível com o inglês mais terrível ainda de stewards e garçons
Foi divertido conversar em inglês com gente da Malásia, Indonésia, Coréia e Madagascar. Conversar é o modo de dizer, porque na maior parte das vezes um não entendia direito o outro. Mas como eu via que o inglês deles era tão ruim quanto o meu, a auto-censura diminuía e eu conseguia conversar razoavelmente bem com aquelas criaturas.
7 – Ir ao clube sozinha
Sentar, ficar horas ouvindo a banda tocando música romântica dos anos 1960, tomando refrigerante light… Você não precisa de companhia para freqüentar nada, uma coisa que nem sempre é bem aceita em terra firme. Pelo menos aqui em Natal eu não me atrevo a entrar num bar da moda e concorrido sozinha, para ocupar uma mesa, ver o show, comer, passar o tempo. Já tentei fazer isso, mas quando era mais nova os garçons me constrangiam me tomando por prostituta; agora, na terceira-idade, possivelmente vão pensar que eu sou doida.
8 – Provar a mim mesma que posso passar sete dias completos sem Internet
Sem e-mails, sem twitter, sem MSN, sem blog. E sem ler as milhares de coisas que leio todo dia na rede: jornais, revistas, blogs. Passei muito bem sem tudo isso. No segundo-dia de viagem, eunem me lembrava que existia Internet.
9 – Comprar a preço maravilhoso
Uma das boas coisas do navio são as lojas Duty Free, onde você compra em dólar, sem pagar imposto. O perfume que uso, que custa R$ 270,00, foi comprado a 68 dólares.
10 – O balanço suave da embarcação
Já disse aqui e repito: parecia que eu era menina de novo, embalada na rede da infância por mãos maternas. Mas eram as ondas do Atlântico, ou os suspiros de Iemanjá, a Rainha do Mar, embalando meu sono por sete deliciosas noites. Tenho saudades.
Oi Clotilde Obrigada por me responder no fly. Lendo o que voce escreveu me senti mais segura.bj
Nossa… fiz uma viagem esse ano e concordo totalmente com essas 10 coisas… também adorei na mesma medida e pretendo voltar novamente.
Ao ler as suas viagens e a palavra que utiliza para exprimir os seus sentimentos ao relatar as sua viagens é a palavra inveja neste caso “inveja boa”
junto envio o site de uma casa que se chama Casa da Inveja e vai perceber a razão, viaje um pouco no site e de certeza que vai gostar, uma aldeia que é feita de uma península e com a igrejinha no meio da mesma.
http://www.casadainveja.com é uma unidade familiar de Turismo Rural
sempre quis saber como era dentro de um navio,obrigado por descrever tão bem como e estar la
Clotilde,
Seja bem-vinda de volta! E curada!
Tenho a maior vontade de fazer um cruzeiro e um dia eu vou!
Vou anotar as suas dicas que me serão úteis quando esse dia chegar.
Abraços!
Ai Clô…
Que delicia deve ter sido sua viagem!
Tbm adoro viajar, e sigo, acompanhada ou não, firme e forte, para onde a querência ( e as posses, claro) me mandar!
Uma viagem de navio é algo que ainda está por ser ticada da minha listinha de coisas por fazer nesta vida.
Quem sabe um dia….
Xro…
Ri pra me acabar com seu relato! Prncipalmente a frase “Odeio ver a humanidade antes de ingerir pelo menos meio litro de café e tomar um banho.” Caí da cadeira de gargalhar!
Haverá próxima viagem sim e terei o maior prazer em levar Isabela – para quem não sabe, é minha neta, que fará 15 anos no final do mês!
Tião, o enjôo de viagem não é problema de estômago, chama-se cinetose e é uma condição do ouvido interno, pelo mesmo mecanismo que causa labirintite. No blog especial que estou preparando explico em detalhe. Tem gente que enjoa, tem gente que não. Eu nunca nunca nunca enjoei em barco – dizem que “quem é do mar não enjoa…”
Ok, Mãe. Muito boa a sua síntese e aguardo o blog especial. Até porque eu e Valentina nos animamos a ir numa viagem dessas e queremos saber os datalhes e dicas vindos de uma pessoa sensata e rigorosa como você. Isabela também poderia ir com você na próxima viagem, se houver, obviamente patrocinada por mim. Bjs. Rominho.
Mas que menina sapeca é você, hem?
Porém, já que você não me levou, eu fiquei muito curioso e qualquer dias desses arrumo as malas, pego a minha numerosa prole e vou viajar de navio também.
Será que vou enjoar?
bjs
Eu achava 1) que ia me sentir confinada; 2) que ia me dar vontade de voltar no meio do caminho – descer numa escala e pegar um avião de volta; 3) que ia engordar 10 quilos; 4) que não ia conseguir ficar sem internet; 5) que ia me sentir deslocada, outsider, sem companhia; 6) que ia ficar o tempo todo num canto com um livro – não li nem 30 páginas; 7) que ia odiar a diversão – que é meio brega mas eu adorei; oito) que ia comprar muito – comprei pouco porque não tinha gadgets eletronicos á venda; 9) que ia achar lindos marnheiros – a maioria são sem graça… e 10) que não ia querer viajar de novo. Todos essas expectativas negativas e pre-concebidas foram por água abaixo. E essa resposta me deu tema para novo post… Aguardem.
nunca pensei que um dia eu ainda seria simpático à idéia de fazer um cruzeiro, coisa da qual sempre corri léguas, considerando como uma forma de anti-viagem por excelência; agora, com suas notas, de repente repenso minhas certezas. deve ser a idade…rsrs
Sua viagem foi excelente em todos os aspectos. Parabens Clotilde. Sensacional seu relato. QQ dia vou com minha fofinha!!!
Parabens Clotilde. Sensacional seu relato. QQ dia vou com minha fofinha!!!