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Lula, e a doença da Humanidade

Clotilde Tavares | 29 de outubro de 2011

Sempre me espanto com o grau de veneno dos meus semelhantes, quando alguma pessoa da área política adoece, como acontece agora com o ex-presidente Lula.

O twitter está cheio de gente desejando que ele morra logo, que o câncer o consuma de uma vez, e outras aberrações semelhantes.

Eu não morro de amores por Lula como homem público. Não quero aqui entrar em análises políticas e econômicas porque não vem ao caso. Tenho uma certa antipatia por Lula por causa de características pessoais que ele tem, e que são certamente as mesmas que despertam o afeto e simpatia em quem gosta dele. Repito: não é por causa de política, porque gosto e admiro a presidente Dilma, do mesmo partido que ele.

O que digo aqui é que, se Lula está doente, com câncer, o único sentimento que eu tenho por ele neste momento é a compaixão, e o desejo de que ele melhore e volte a se sentir bem, porque nessa hora somos todos iguais. Na hora da Doença, da Dor, da Morte, o ex-presidente Lula, eu e você que está lendo isto agora, somos todos iguais na nossa humanidade.

Todos somos iguais e pertencemos a um mesmo corpo, a uma mesma alma. Se um de nós está com fome, com frio, ou com medo da morte, todos estamos. Se existem pessoas que não entendem isso, e se alegram com a desgraça alheia, então, “cumpanheiros”, a Humanidade é quem está doente, muito, muito doente.

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Voltei!

Clotilde Tavares | 24 de outubro de 2011

Depois de “um longo e tenebroso inverno”, expressão que Mamãe usava para se referir a um longo período de inatividade em qualquer setor de sua vida, eu estou de volta. Pelo menos, penso que estou, porque após um bom período de preguiça, inatividade, ocupação em outras tarefas, realização de diversos projetos e o mais que você possa imaginar, hoje eu amanheci com aquela coceira na ponta dos dedos e aquela agonia na cabeça que sempre sinto quando vem a vontade de escrever, de me comunicar de forma mais extensa do que os 140 caracteres do Twitter, que tem sido ultimamente minha plataforma de comunicação

Nesses dias em que andei ausente fiz coisa que só.

Acrescentei um novo livro à minha produção. É O Verso e o Briefing: a Publicidade na Literatura de Cordel, editado pelos Jovens Escribas, uma editora jovem, inteligente e antenada aqui de Natal.

Trabalhei que só um bicho, em coisas que fazem parte da vida do escritor: palestras em escolas para divulgar os livros, jurada de concursos literários diversos, artigos para essa ou aquela publicação.

Li pra caramba e vi muitos filmes e séries na TV. Mergulhei no mundo maravilhoso e alucinante das Crônicas de Gelo e Fogo/Game of Thrones, de George R. R. Martin, do qual já li os três primeiros livros e vi a 1ª temporada da série que passou no HBO.

Aos poucos, estou conseguindo decifrar os segredos da leitura musical e acostumar meus dedinhos toscos a reproduzirem no piano as deslumbrantes melodias que estão aí, adormecidas nas partituras, à espera de que a gente descubra o seu encanto. Meu professor, Leandro Rocha (veja o blog dele, Em volta da arte) com quem estudo desde 28 de março, é um santo em figura de gente, paciente e todo musical.

Essa coisa da música também me levou ao canto coral, e faço parte agora do Coral Harmus, sob a regência de Leninha Campos, onde acrescentei minha voz grave ao naipe dos baixos. É isso mesmo, é lá onde eu canto, com os homens, na clave de fá.

Para “fechar o firo”, realizei o meu projeto para este ano de 2011 que era perder 10 kg até 31 de dezembro. Consegui isso no final de setembro, graças à reeducação alimentar e muita disciplina.

Enfim, é isso.

Voltei.

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cordel, Cronicas de Gelo e Fogo, Leandro Rocha, Leninha Campos, literatura de cordel, O Verso e o Briefing
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Avental todo sujo de ovo

Clotilde Tavares | 8 de maio de 2011

Hoje é um dia em que as pessoas estão homenageando as suas mães. É almoço, é presente, é café da manhã com rosa vermelha na bandeja. Também é o dia daquelas ofertas surpreendentes do tipo: “Mãe, hoje você não pisa na cozinha. Eu mesmo vou fazer o almoço.” E a pobre mãe se resigna a entregar a cozinha ao filho ou à filha, mestre-cuca por um dia, mesmo sabendo que depois vai dar duro para limpar a bagunça que o cozinheiro improvisado certamente vai deixar atrás de si.

Aqui em casa a gente não liga muito para isso, principalmente depois que meus dois filhos casaram e vêm comemorando esse dia na casa das respectivas sogras, mais empenhadas do que eu no quesito “maternidade” e mais afeitas a esse tipo de comemoração.

Confesso que não me reconheço uma mãe exemplar. Sempre tive que trabalhar para criar meus dois rebentos, sem a ajuda de ninguém. Apaixonada pelo trabalho como sempre fui, muitas vezes me ausentei e não fui tão presente o quanto deveria. Também, com essa minha mania de ser artista, nunca assumi o modelo tradicional da santa que desdobra fibra por fibra o coração. Não sou rainha do lar, não sou nem nunca fui santa e jamais, jamais entrei na sala com o chinelo na mão e o avental todo sujo de ovo.

Meus dois filhos, Rômulo e Ana Morena, são adultos perfeitamente ajustados, produtivos, independentes financeiramente e muito saudáveis. Não se drogam, nem nunca se drogaram, nunca precisei mandar nenhum dos dois trabalhar ou estudar e, afora pequenas crises tão previsíveis quanto passageiras, nos damos muito bem e somos felizes juntos.

Não sei se eles são assim por sorte minha ou por causa de alguma coisa que eu fiz, sem saber direito o que estava fazendo, acertando por puro acaso como acho que sempre acaba acontecendo nessas coisas do coração.

Não sei o que fiz, mas sei o que não fiz: nunca transformei meus filhos em reféns do meu amor. Nunca exigi que eles renunciassem às suas vidas por minha causa e nunca renunciei à minha por causa deles, para no futuro não cobrar deles esse preço. Nunca menti aos meus meninos, nunca fui desonesta com eles, e sempre compartilhei todos os problemas que tive, qualquer que fosse a natureza dessas dificuldades. Criei-os sozinha, mas nunca aleguei isso em meu benefício nem nunca culpei ou responsabilizei o pai de um ou de outra por nada. Meus filhos sempre souberam que foram escolha minha, responsabilidade minha, para o que desse e viesse, incondicionalmente. E sempre tiveram a liberdade de conversar comigo sobre qualquer assunto. Então, sei que fui omissa no quesito do sacrifício, da devoção, da santidade. Mas procurei transformar a nossa vida em algo rico, criativo, ensinando-lhes a suprema qualidade do bom-humor, e a rir da vida e de si mesmos como requisitos para resolver qualquer problema.

Fico feliz de tê-los criado tão sem culpa que podem me deixar sozinha nesse dia sem sofrerem e sem pensar que eu sofro; e parabenizo a mim mesma por, neste Dia das Mães, que para muitos é dia de obrigações, de cobrança e de chantagem emocional, estar perfeitamente à vontade para almoçar sozinha em casa ou em algum outro lugar, e depois ir ao cinema sem me lamentar e sem desdobrar fibra por fibra nem o meu coração, nem o deles.

Esta crônica foi escrita em maio de 2005 e publicada na Tribuna do Norte, jornal em que escrevi todos os domingos de 1998 a 2007 – quase dez anos. Mesmo tendo sido escrito há seis anos, o texto retrata exatamente o que sinto e penso ainda hoje. Rômulo e Ana: tenho certeza de que eles me amam todos os dias do ano.

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Vai um torresmo?

Clotilde Tavares | 22 de abril de 2011

Nas Minas Gerais, o torresmo está presente em tudo. Iguaria politica e nutricionalmente incorreta, gordura pura, colesterol em estado de exagero, mantive-me à distância; e muito embora o que excite minha gula são mesmo os doces, não posso negar o apelo irresistível do torresmo, crocante e saboroso, parede ideal para a cerveja como reza a foto.

A manhã hoje foi passada no Mercado Central de Belo Horizonte, vadiando por entre os boxes repletos de todo o tipo de coisa.

Depois, um bacalhau no tradicional Restaurante do Porto, na Espírito Santo com Aimorés, a uma quadra de onde estou hospedada.

Agora é jiboiar um pouco e arrumar as malas para voltar amanhã ao Rio Grande do Norte, para Natal, a Noiva do Sol, minha cidade querida (como gostava de dizer o mestre Câmara Cascudo).

Estou troncha de saudade.

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Adoro os homens

Clotilde Tavares | 17 de janeiro de 2011

Hoje à tarde, enquanto fazia as unhas, eu estava comentando com umas amigas sobre as coisas que as mulheres são capazes de fazer, ingerir, usar, aplicar, ou outras ações, sobre coxas, bundas, barrigas e outras partes da antomia para eliminar ou diminuir a celulite.

A ciência fala melhor do que eu sobre a celulite, e você pode ler algo bem interessante aqui no blog Salada Médica, da médica Meire Gomes, minha amiga, a quem chamo carinhosamente de Meire G.

Da celulite descambamos para outros assuntos e, em torno dessas amenidades comentamos entre risadas que a maioria dos homens não nota mesmo se mulher tem celulite ou não, como também não repara em detalhes de moda, de maquilage, de acessórios ou de griffe. Há uma cena curiosa no filme Legalmente Loira onde a personagem descobre que o “bofe” não era bofe coisa nenhuma pois sabia identificar precisamente se um sapato Prada era da coleção inverno ou outono.

Aí, uma das moças contou uma história engraçada.

Disse ela que uma das amigas usa sempre um perfume de marca, francês, que custa cerca de 180 dinheiros o vidrinho de 30 ml. O marido, como a maioria dos homens, não comenta, não entende, e a beija e ama sem atentar para esses detalhes.

Um belo dia aparece uma grande praga de mosquitos. Ela abre mão da essência francesa e, depois do banho, se lambuza de repelente para enfrentar a brisa da noite na varanda. Ao passar pelo marido, ele levanta o rosto, encantado, em direção a ela, e comenta:

– Hummmm… Mas você está muito cheirosa!
…
Assim são os homens – e eu adoro eles. Talvez, quem sabe, por isso.

Ilustrando este post, o ator Simon Baker, que não tem nada a ver com o que escrevi aí em cima afora o fato de ser um homem muito bonito.

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celulite, comportamento masculino, Legalmente Loira, Moda, repelente, sapato Prada
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Todos no lugar!

Clotilde Tavares | 16 de janeiro de 2011

Finalmente terminei de colocar todos os livros no lugar. Para o meu caro leitor que não é muito afeito à leitura, ou acha que livro é pra ler e passar adiante, fica difícil transmitir o meu sentimento de afeição e companheirismo com esses amigos de papel.

Há livros que me acompanham desde a infância, o que quer dizer que estão há bem uns 60 anos comigo; muitos deles têm dedicatórias, ou me lembram épocas e períodos da minha vida, ou neles eu anotei coisas – sim, porque eu escrevo nos livros. Então, são meus, ninguém tasca, e quando eu morrer vão ser fonte de grande aperrreio para quem ficar com a função de dar destino à papelada. Mas isso é só quando eu morrer e, francamente, depois que eu me for, podem fazer o que quiserem com o que ficou atrás que eu não estou nem aí – aqui, vale uma reflexão: se existe Inferno deve ser esse da pessoa morrer e ficar se preocupando, sem poder interferir, com tudo aquilo que os vivos estão fazendo com as coisas que ela deixou…

Voltemos aos livros.

Eu tinha quatro estantes de metal, de seis prateleiras, onde os livros estavam empilhados, sem sobrar nenhum espaço livre. O empilhamento economiza muito espaço e há quem diga que essa é a melhor maneira de guardar os volumes, porque quando estão de pé um ao lado do outro costumam “empenar”. Mas já pensou você querer consultar um livro e ele estar lá, embaixo de todos os outros, na tal “pilha”?

Com as estantes novas, estão agora todos enfileirados, empezinhos, lado-a-lado, distribuídos por assunto, e eu ainda conservei duas estantes das antigas em outros lugares do apartamento para que todos ficassem bem acomodados.

Desde ontem que terminei, e não me canso de namorar com eles.

Falta contá-los, o que farei mais tarde. Na última contagem, em julho de 2009, havia 1.789 volumes – sem contar revistas, plaquetes e gibis.

UPDATE (18/01): Contei os livros. São exatamente 1.814 volumes, sem contar revistas, plaquetes e folhetos.

Não ficou lindinho?

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arrumação de livros, estantes, livros
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Arrumando as estantes

Clotilde Tavares | 13 de janeiro de 2011

Mais uma vez estou aqui imersa em pilhas de livros. É que depois de décadas usando velhas estantes de aço, pintadas de preto, resolvi comprar novas estantes de madeira, que vieram de MeuMoveldeMadeira, foram montadas por Batista – o tal faz -tudo que quebra os galhos aqui de casa – e hoje estão ali, bonitinhas e vazias, à minha espera.

Olha, isso quando terminar de arrumar vai ficar muito bonito. E a coisa de que eu gosto mais é de arrumar meus livros. Folheando devagar, revendo volumes que há tempos não via, acariciando suas velhas capas como quem toca o rosto de um amigo antigo, que está sempre ali, fiel e dedicado. Vai seu um fim-de-semana muito bom!

Estantes novas, prontas para a arrumação. Livros empilhados pela sala inteira. Devem ser uns... 1.700 a 2.000.

Olha a sala como está: livros por toda parte!

E comecei a arrumação por ele, o imortal e genial William Shakespeare, que ocupa duas prateleiras.

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arrumar estantes, estantes, livros
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Inventando histórias

Clotilde Tavares | 6 de janeiro de 2011

Só para informar ao meu caro leitor: estou uma semana afastada da minha base em Natal, para inventar uma história.

“Minha base” é o meu apartamento em Natal, onde há múltiplos elementos captadores da minha atenção: montes de livros e revistas, TV fechada com muitos canais, conexão Internet de alta velocidade e as solicitações daquilo que chamo de “mundo exterior”: família, amigos e outros compromissos.

Aqui, onde estou, num chalé na Praia da Pipa, tenho apenas dez livros que trouxe de Natal; e para me conectar à Internet com velocidade tenho que sair do chalé e ir até a área comum da pousada, onde tem wireless. No chalé, meu modem 3G da Claro só tem meio G e eu não consigo me conectar com velocidade suficiente pra ficar de conversê no twitter, no MSN e no Facebook.

Então, fica mais fácil de cumprir o meu propósito aqui que é “escrever um livro”, denominação vaga para uma tarefa que inclui inventar e encadear histórias para acomodar os personagens que criei e que se movimentam a esmo na região do Cariri Paraibano – lugar onde vai se passar a narrativa.

Construo minhas histórias como uma aventura de RPG: invento um Universo, onde vai se passar a ação; depois invento os personagens. Aí, fica faltando a história, o enredo, os acontecimentos, que terminam sendo criados pelas relações que esses seres imaginários estabelecem uns com os outros, muitas vezes surpreendendo até mesmo a mim porque, quando a gente começa a escrever, a história começa a correr um pouquinho à nossa frente, e nos leva a lugares ou situações não previstos antes.

-o-o-o-o-o-o-o-o-o-

O lugar onde estou é um conjunto de chalés em meio a uma vegetação característica da Mata Atlântica embora sem grandes árvores. São chalés adoráveis, cercados por árvores pequenas e arbustos, com tudo que uma pessoa pode querer para ficar confortável e se sentir bem e segura.

Muita gente quer saber “com quem eu vim”: pois não vim com ninguém. Vim sozinha. Já deixei de fazer muita coisa na minha vida porque não tinha companhia. Agora, faço sozinha mesmo. Gosto de ficar só, de fazer meus próprios horários e, finalmente, com a Internet e todas as suas ferramentas de comunicação, só fica sozinho quem quer, não é, minha gente? Agora mesmo não estamos eu e você juntos, através deste texto? Pois é.

Finalmente, se rolar solidão, é só caminhar 15 minutos a pé para chegar até a rua principal da Pipa, e lá eu garanto que acontece de um tudo…

E veja só a cama em que estou dormindo. Ahhhhhhh…

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chalés em Pipa, escrever, escritor, Pipa, Praia da Pipa
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Eles não deixam

Clotilde Tavares | 4 de janeiro de 2011

Falta sossego pra escrever.

Falta sossego para sentar em frente ao teclado, focar o juízo e desenvolver uma ideia ou um raciocínio, defender um ponto de vista, inventar uma crônica sobre o nada e sobre coisa nenhuma.

Isso acontece quando há dentro de mim uma história querendo sair, um livro novo se gestando, com os personagens andando aleatoriamente por dentro da minha cabeça ou criando vida e me aparecendo pelos cantos mais inusitados da casa, mas ainda sem se entenderem uns com os outros ou saberem o que vão fazer.

Uma multidão de gente diferente, cada um com sua história, sua cara e seus objetivos, alguns sem objetivo algum, mas todos eles barulhentos, incomodativos, reclamadores de atenção, que é assim que são os personagens quando são inventados, antes que a gente – a gente que escreve – submeta eles à constrição e à disciplina do texto.

Por isso fica difícil escrever sobre outra coisa.

Eles não deixam.

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Ainda falta muito

Clotilde Tavares | 1 de janeiro de 2011

Marcela Temer tem 27 anos e é 42 anos mais jovem do que o marido, o vice-presidente Michel Temer, que tem 69 anos. O casal tem um filhinho de dois anos e são casados há sete anos.

Quando a jovem apareceu ao lado do marido, na cerimônia de posse, roubou a cena. Linda, alta, elegante, vestida com classe e distinção, penteada com longa trança – está na última moda! – o twitter pipocou em mensagens, levando o seu nome para os TTs.

Fiquei me perguntando: – E se fosse o contrário?

Se a presidente Dilma, que é divorciada, tivesse se casado há alguns anos com um rapaz, não digo nem 42 anos mais jovem, mas, digamos assim, de 40 anos de idade? Mais novo do que ela 23 anos? Sendo ele também alto, bem-feito de corpo, louro e lindo?

Eu nem tento responder.

Mas afirmo: neste nosso país, uma mulher pode sim chegar à Presidência da República. O que ainda não pode, pelo menos impunemente, é fazer como o fez o Vice-Presidente Temer: escolher como companheiro e consorte alguém bem mais jovem do que ela.

Ainda falta muito para os chamados direitos iguais entre os sexos.

UPDATE: Se o seu comentário é ofensivo às pessoas citadas acima, nem se dê ao trabalho de enviá-lo. É política do blog não publicar ofensas a quem quer que seja, pois a blogueira, dando espaço para tal, torna-se co-responsável.
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Dilma Roussef, direitos da mulher, esposa de Temer, igualdade entre os sexos, Marcela Temer
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