Todos no lugar!
Clotilde Tavares | 16 de janeiro de 2011Finalmente terminei de colocar todos os livros no lugar. Para o meu caro leitor que não é muito afeito à leitura, ou acha que livro é pra ler e passar adiante, fica difícil transmitir o meu sentimento de afeição e companheirismo com esses amigos de papel.
Há livros que me acompanham desde a infância, o que quer dizer que estão há bem uns 60 anos comigo; muitos deles têm dedicatórias, ou me lembram épocas e períodos da minha vida, ou neles eu anotei coisas – sim, porque eu escrevo nos livros. Então, são meus, ninguém tasca, e quando eu morrer vão ser fonte de grande aperrreio para quem ficar com a função de dar destino à papelada. Mas isso é só quando eu morrer e, francamente, depois que eu me for, podem fazer o que quiserem com o que ficou atrás que eu não estou nem aí – aqui, vale uma reflexão: se existe Inferno deve ser esse da pessoa morrer e ficar se preocupando, sem poder interferir, com tudo aquilo que os vivos estão fazendo com as coisas que ela deixou…
Voltemos aos livros.
Eu tinha quatro estantes de metal, de seis prateleiras, onde os livros estavam empilhados, sem sobrar nenhum espaço livre. O empilhamento economiza muito espaço e há quem diga que essa é a melhor maneira de guardar os volumes, porque quando estão de pé um ao lado do outro costumam “empenar”. Mas já pensou você querer consultar um livro e ele estar lá, embaixo de todos os outros, na tal “pilha”?
Com as estantes novas, estão agora todos enfileirados, empezinhos, lado-a-lado, distribuídos por assunto, e eu ainda conservei duas estantes das antigas em outros lugares do apartamento para que todos ficassem bem acomodados.
Desde ontem que terminei, e não me canso de namorar com eles.
Falta contá-los, o que farei mais tarde. Na última contagem, em julho de 2009, havia 1.789 volumes – sem contar revistas, plaquetes e gibis.
UPDATE (18/01): Contei os livros. São exatamente 1.814 volumes, sem contar revistas, plaquetes e folhetos.
[…] é o aconchegante cantinho de leitura lá da Clotilde Tavares […]
Que inveja desta casa!
Alguns dos meus também ficam empilhados, porque o lugar da TV, que é alto e sem prateleiras, deu espaço pra eles. Mas devo ter apenas 10% do que você tem, alguns são da infância do meu pai – como “Justino, o Retirante”, que até tem uma história particular, eu emprestei o bichinho e o recuperei meses depois em uma banca-sebo perto de casa.
Talvez por esta última história, eu não empreste mais os meus livros.
Quer minha escova de dentes? Meu namorado? Na boa, pode levar. Só não peça meus livros emprestados, a amizade acaba.
Aqui dá pra ver o que tenho: http://www.youtube.com/watch?v=Dkx6A9kN45E Mas me sinto pobre, pobre perto de ti!
Beijos!
PS: Adorei o blog! 🙂
Minha boa Clotilde; não nos conhecemos, más quiz o destino que eu visse tua obra e teu nome. Li e me emocionei, porque estou agora com 71 anos de idade; más com 18/20 anos, na flor da juventude, fui da marinha de guerra, e guardo ainda, na minha retina, as muitas chegadas do meu ¨Barroso¨, ao porto do Recife. E os passeios pelo Pina, a sorveteria Guemba, e que junto com o sorvete, sempre vinha um copo de água; a Igreja e o Pateo de São Pedro, e as compras no Mercado de São José; e as músicas e as danças no Chantecler e no Moulan Rouge. Por favor, mande teu e-mail, antecipadamente te agradeço. Também estou no orkut. Francisco
Que inveja da tua biblioteca particular, Clotilde. Parabéns! As instantes ficaram magníficas.
Nunca postei no seu blog, mas agora vou começar a ser frequente aqui. hehehe
Bjos,
Lucas
Paulinho Procópio! É vc? Que bom lhe encontrar por aqui! Beijo grande.
Ficou mesmo uma beleza, Clotilde. Gostei!