Feiras, piratas e outros.
Clotilde Tavares | 13 de maio de 2009
Fui hoje a uma feira dessas que acontecem nas cidades, que duram uma semana, e que vendem todo tipo de tranqueira, obviamente dentro do perfil a que a feira se propõe. Então tem feira de informática, feira de livros, feira de automóveis, feira de móveis, feira de artesanato e por aí vai. A que fui hoje era de “Moda e Estilo”, ou coisa parecida.
Fiquei impressionada com o desespero das pessoas para comprar todo tipo de artiguete barato que se oferece à sua frente, a maioria deles desnecessários, de mau-gosto, feitos com material de quinta e com confecção de qualidade duvidosa. Mas ninguém resiste ao apelo de “um é dois, mas três é cinco”. A tal feira me pareceu mesmo um imenso camelódromo.
Havia um stand imenso cheio de roupas com a moda “trazida diretamente da Índia” e, segundo o anúncio em volume altíssimo, “absolutamente idêntica àquela usada pelas atrizes da novela da Globo”. Preciso dizer que estava lotado de gente?
Zanzei por lá, não vi nada que me interessasse e voltei para casa sem ter feito nenhuma despesa, a não ser um brinco que custou cinco reais e que realmente parece algo muito, mas muito superior mesmo.
O motivo de estar postando aqui sobre isso é que vi dois stands vendendo cópias piratas de DVDs e CDs. Tinha filme e show pra todo tipo de gosto. Com a capinha, o DVD custava quatro reais; sem a capinha, apenas acondicionado em um saco plástico, era apenas três reias. Lá estavam todos os sucessos do cinema, para quem quisesse.
Sem querer tomar aqui neste post nenhuma posição contra ou a favor da pirataria, sempre vi o tal comércio restrito apenas aos camelôs, ao informal, beirando o ilegal. Nunca esperei encontrar um representante dos piratões numa feira, num stand, estabelecido como se fosse uma loja qualquer.
AINDA VOLVERINE
Vocês acreditam que ainda não vi o tal do Volverine? O jornalista Alex de Souza me aconselhou a desligar o lado racional da mente e me divertir com o filme; é isso que vou fazer. Aliás, ando desligando o lado racional da mente com muita freqüência ultimamente. É bom que só.
C.S.I.
Fã de séries que sou, acho que a série C.S.I. perdeu a graça depois da saída do personagem Gil Grisom, interpretado pelo ator William Petersen. Mesmo considerando a magnética presença de Lawrence Fishbourne, que entrou para reforçar o elenco, os episódios não têm conseguido me prender a atenção. Aí, fico vendo as temporadas antigas que passam no canal AXN todo dia, às 18 horas.
QUALIDADE DE VIDA
Pra vocês verem como uma bobagem pode fazer diferença na qualidade de vida de alguém. Na semana pasada, tomada por dor nas costas, na coluna, no pescoço e em tudo o que é de lugar da minha combalida anatomia, considerei que era hora de comprar uma cadeira específica para trabalhar, com braços, rodinhas e formato mais ergonômico. Foi o que fiz, e minha vida mudou deste então.
Agora, fico horas à mesa escrevendo e teclando, tendo retomado com redobrado vigor minhas pesquisas genealógicas sobre o Clã Santa Cruz. Se você se interessa pelo tema clique aqui e veja o que já descobri sobre a minha família.
A PRIMEIRA DAMA DA GENEALOGIA
Por falar em Genealogia, ontem, terça-feira, dia 12, recebi a visita da secretária do Colégio Brasileiro de Genealogia, do qual sou sócia-colaboradora. A ilustre personagem, a carioca Regina Cascão, veio em viagem de turismo e passou um dia na capital paraibana. Regina Cascão é autora de dois livros importantíssimos para a genealogia das famílias nordestinas: Pereira Lima – Uma Família Pernambucana e Do Porto ao Recife: os Pinto de Lemos. Andou, virou, mexeu, conheceu a cidade, conversamos e nos despedimos, esperando nos encontrar novamente em breve. Aí, sou eu que vou vê-la no Rio.

Regina Cascão e esta blogueira, ontem no Mercado de Artesanato, botando os assuntos em dia e satisfeitas que só um vintém na bacia dum cego.
IRLANDA VOLTOU
Disposta, lustrosa e absolutamente despreocupada, minha gatinha Irlanda, que desapareceu há uma semana, reencontrou o caminho de casa e hoje de manhã voltou, para alegria de todos nós, sua família humana. Não se sabe por onde andou, ou o que fez. Não se sabe se foi levada, ou se foi por sua vontade. Aliás, com os gatos, é preciso aceitar essa independência deles, ou então a gente é capaz de ficar doido. Ela voltou, e estamos felizes.






















fia da região. Tudo verde, tudo úmido, tudo com aquela impressão de Paraíso Terrestre, de um mundo que parece que foi inventado naquele instante, com milhares de matizes de verde e cheio, lotado de vida, passarinhos, insetos, formigas, abelhas, marimbondos, imbuás e tudo quando é de bichinho miúdo e bonitinho rastejando, voando, zum-zum-zumbindo, cantando, chilreando, borboleteando, no meio das flores de todas-todas-todas-todas as cores. E veja
você, meu caro leitor: eu que sou avessa ao frio e que só gosto de Natureza se ela estiver do outro lado de um vidro blindex, me abestalhei com o cuidado de filigrana de detalhe, de minúcia, que o Universo empregou para criar essa jóia que repousa no centro do escrínio verde do Brejo. Ô Paraíba bonita danada, minha gente! Cheia de tesouros que não conhecemos. A temperatura amena, mesmo neste abril que está ainda calorento em muitos lugares do Nordeste, traz uma noite de sono tranqüilo, “sem rádio e sem notícia das terras civilizadas”, debaixo de um cobertor quentinho.
dos grandes centros. O metro quadrado disparou de preço e não é todo mundo que pode comprar um terreno por lá, como acontecia há alguns anos. A cidade passa por um surto de desenvolvimento, com novas construções se erguendo a cada esquina – algumas, é verdade, subvertendo a arquitetura característica da cidade, o que é uma pena – mas o fato é que os novos empreendimentos geram riqueza para o município, movimentam a economia, introduzem novos hábitos, civilizam os costumes. Mas essa história de progresso tanto tem o lado bom como o lado ruim, porque toda moeda tem duas faces. No pátio da Matriz, na sexta feira da Paixão, eu estava esperando sair a procissão para fotografar. Uma criatura me pediu esmola. Quando eu disse que não tinha, a resposta foi dura e impertinente: “É melhor pedir do que roubar…”



Outro dia andei falando
Ontem fui à padaria da esquina. Comprei queijo fatiado, um “pastel-de-belém”, uma fatia de bolo e quatro pães. Cada um desses itens veio numa sacolinha de plástico individual, que por sua vez foram acomodadas, as quatro, numa maior. Cinco sacolas por uma comprinha boba. E isso é a regra geral no dia-a-dia das nossas cidades, sem falar nos supermercados onde, dependendo do tamanho da compra, são gastas dezenas de sacolas por consumidor.
Para produzir uma tonelada do material com que é feita a sacolinha, são necessários 1.140 kw/hora (esta energia daria para manter aproximadamente 7600 residências iluminadas com lâmpadas econômicas por 1 hora), sem contar a água utilizada no processo e os dejetos resultantes. Dez por cento do lixo é composto de sacolas plásticas, dos quais menos de 1% é reciclado, porque é mais caro reciclar um saco do que produzir um novo.

branca, com um belo desenho preto, brinde da 
Andando pelo Manaíra Shopping na tarde de ontem, provei daquilo que chamo de assédio ao consumidor.
será que dá certo com as minhas roupas? Dá certo com o vestido com estampa de oncinha, mas com a minha combinação de cores preferida – preto-e-branco – não dá. Com o preto-e-branco fica melhor o sapatinho vermelho. Ou então o preto, desde que eu use a bolsa vermelha, para alegrar um pouco, ou então… Aí o cara me interrompe de novo. Procurando um sapato social? Ou uma sandalinha? Pronto. Não sei mais o que eu estava pensando e me vejo de novo frente ao sapato marrom, sem me lembrar direito qual a linha de raciocínio que eu estava seguindo e nem o que era que eu queria antes. Olha moço,
muito obrigada, eu estou somente olhando. Aí continuo: será que esse sapato marrom dá certo com as minhas roupas? Ah, sim fica melhor o vermelho. Mas… e esse preto aqui, com um friso vermelho bem fininho, que lindo. Será que o salto não é muito alto? Gostou desse, senhora? Qual o número? Posso pegar para a senhora? É de novo o vendedor. E eu me perco de novo sem conseguir raciocinar e decidir o que eu quero, e cansada de ter que começar tudo de novo. E olhem que isso tudo ocorre do lado de fora da loja. Desisto de entrar e é nessa parte eu vou embora sem conseguir sequer saber que tipo de sapato eu estou querendo.



tonéis de lixo, tudo misturado.
Digo isso porque faz uns dias elogiei pelos jornais o restaurante Terraço Brasil, do qual gosto muito, e nessa semana que passou, mais precisamente na quarta-feira dia 25, fui lá com uma amiga para o jantar. Meu objeto de desejo era um prato que consta do cardápio,uma delícia: carne-de-sol com purê de macaxeira e jerimum. O prato é servido com uma porção de carne-de-sol desfiada e deliciosamente crocante, ladeada pelo purê de jerimum tornado irresistível por um toque de canela e outras especiarias, e o purê de macaxeira tradicional. Pelo menos foi assim que degustei esse prato no mês de janeiro.

Lá vou eu de novo, meu caro leitor, na minha eterna e incessante luta contra o barulho urbano, praga maldita que inferniza a vida dos habitantes das cidades.
É uma invenção genial. Parece uma caixa de som de 15cm x 8 cm. Você liga na tomada e pendura do lado de fora da janela, na direção dos latidos do cão. Quando os latidos superam um determinado nível, o aparelho inicia uma emissão ultrassônica por 10 a 15 segundos, que causa somente um pequeno desconforto no animal mas nada que o prejudique ou afete a sua saúde. O animal para imediatamente de latir. E o melhor: seu vizinho nem precisa saber. Essa maravilha custa apenas R$ 169,00 mais frete, em até três vezes no cartão; se você for ao exterior pode comprar por cerca de 60 dólares.
Lá estava eu no centro da cidade, sol a pino, calor abrasador, voltando de um reunião do Instituto de Genealogia. Um mulher emparelhou comigo. “Cuidado na bolsa”, disse ela. “Vinha dois caras ali atrás, colados com a senhora. Acho que eram ladrões.” Bem, eu ando agarrada com a minha bolsa, atracada, e não largo dela um instante. Agradeci e como já estava pertinho do estacionamento, entrei no carro e segui para o supermercado, onde ia fazer as compritchas da semana. Chegando lá, ao entrar no banheiro para me arrumar um pouco, qual não foi a minha surpresa quando dei por falta da volta que levava ao pescoço. Nada de mais, uma coisinha baratinha, que deve ter custado ai uns 40 reais, mas que parecia coisa boa, de ouro. Aí fiquei pensando: será que o ladrão tirou a volta do meu pescoço e eu nem vi? Provavelmente foi, porque o fecho estava em perfeito estado, a corrente era grossa e eu não senti nenhum empurrão ou qualquer tipo de contato.





