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VIAJAR: A MELHOR COISA É A VOLTA

Clotilde Tavares | 14 de junho de 2017
Museu Palácio Salinas

Museu Palácio Salinas – Sevilha, ES.

Ainda estou aqui tentando organizar o caos. Não o caos físico, pois deixei o apartamento arrumado e assim o encontrei quando cheguei na madrugada do dia 9: tudo no lugar. Mas voltei em caos mental, lotada de imagens, ideias, insights, sons, palavras, vozes, textos, histórias, melodias, um pout-pourri cultural tão diferente do meu e ao mesmo tempo tão igual porque a região que visitei, na Espanha, a Andaluzia, que fica no Sul, é tão parecida com este meu Nordeste em alguns aspectos que parece que eu, em vez de ter ido à Europa, fui somente acolá, no meu Cariri amado.

Necessito de tempo para desligar esse liquidificador da minha cabeça e depois deixar assentar, coar, filtrar, entender, relacionar, deduzir, essas coisas que só quem tem a cabeça como a minha, moendo o tempo inteiro, pode entender.

Para mim, não adianta colocar aqui na timeline um monte de fotos sem dizer o que são, sem contextualizar, sem explicar; e somente aos poucos é que vou conseguir destilar tudo isso que ainda ferve dentro e ao meu redor.

Do ponto de vista prático, voltei antes do prazo pois fui derrotada sumariamente pelas escadarias (jardins e castelos não têm elevador) e os longos trajetos a pé. Não sou realmente uma viajante que se preza, pois minha capacidade de andar a pé é mínima, a comida diferente sempre me faz mal e estranho muito as diversas camas nas quais tenho que repousar à noite meus cansados ossos. Nada demais, considerando que não sou mais aquela jovem de décadas atrás – felizmente, porque aquela vivia lisa, cheia de problemas e não sabia o que fazer com a vida.

A FOTO: Detalhe do pátio do palácio Salinas, hoje museu. Veja a fonte, presença indispensável nos pátios andaluzes. O piso é um mosaico romano do século III que o proprietário incluiu quando fez a restauração e que foi “trazido” de Itálica – antiga cidade romana das proximidades e que foi praticamente “saqueada”, tendo suas riquezas trazidas para propriedades particulares. Pelo menos foi isso que eu entendi e que ainda não tive tempo de pesquisar a real história. A imagem no nicho é a Virgen de los Remedios e reza a tradição que diante DESTA MESMA imagem Cristóvão Colombo rezou e pediu proteção antes de sair para descobrir a América. Eu adoro essas histórias. 

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Arte, Cultura, Viagens e turismo
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Andaluzia, Cristóvão Colombo, Espanha, Itálica, mosaico romano, Museu Salinas, Palacio Salinas, Sevilha, Viagem, Virgem dos Remédios
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Vai um torresmo?

Clotilde Tavares | 22 de abril de 2011

Nas Minas Gerais, o torresmo está presente em tudo. Iguaria politica e nutricionalmente incorreta, gordura pura, colesterol em estado de exagero, mantive-me à distância; e muito embora o que excite minha gula são mesmo os doces, não posso negar o apelo irresistível do torresmo, crocante e saboroso, parede ideal para a cerveja como reza a foto.

A manhã hoje foi passada no Mercado Central de Belo Horizonte, vadiando por entre os boxes repletos de todo o tipo de coisa.

Depois, um bacalhau no tradicional Restaurante do Porto, na Espírito Santo com Aimorés, a uma quadra de onde estou hospedada.

Agora é jiboiar um pouco e arrumar as malas para voltar amanhã ao Rio Grande do Norte, para Natal, a Noiva do Sol, minha cidade querida (como gostava de dizer o mestre Câmara Cascudo).

Estou troncha de saudade.

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comida mineira, Torresmo
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“… quem te conhece não esquece jamais…”

Clotilde Tavares | 20 de abril de 2011

Aqui, em Minas Gerais, onde estou hoje, o clima é agradável e a comida pede apetite disposto e sem medo das consequências. Museus espetaculares, pedindo postagens específicas e detalhadas com fotos.

Ontem estive no presépio do Pipiripau. Mais detalhes aqui.

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Inventando histórias

Clotilde Tavares | 6 de janeiro de 2011

Só para informar ao meu caro leitor: estou uma semana afastada da minha base em Natal, para inventar uma história.

“Minha base” é o meu apartamento em Natal, onde há múltiplos elementos captadores da minha atenção: montes de livros e revistas, TV fechada com muitos canais, conexão Internet de alta velocidade e as solicitações daquilo que chamo de “mundo exterior”: família, amigos e outros compromissos.

Aqui, onde estou, num chalé na Praia da Pipa, tenho apenas dez livros que trouxe de Natal; e para me conectar à Internet com velocidade tenho que sair do chalé e ir até a área comum da pousada, onde tem wireless. No chalé, meu modem 3G da Claro só tem meio G e eu não consigo me conectar com velocidade suficiente pra ficar de conversê no twitter, no MSN e no Facebook.

Então, fica mais fácil de cumprir o meu propósito aqui que é “escrever um livro”, denominação vaga para uma tarefa que inclui inventar e encadear histórias para acomodar os personagens que criei e que se movimentam a esmo na região do Cariri Paraibano – lugar onde vai se passar a narrativa.

Construo minhas histórias como uma aventura de RPG: invento um Universo, onde vai se passar a ação; depois invento os personagens. Aí, fica faltando a história, o enredo, os acontecimentos, que terminam sendo criados pelas relações que esses seres imaginários estabelecem uns com os outros, muitas vezes surpreendendo até mesmo a mim porque, quando a gente começa a escrever, a história começa a correr um pouquinho à nossa frente, e nos leva a lugares ou situações não previstos antes.

-o-o-o-o-o-o-o-o-o-

O lugar onde estou é um conjunto de chalés em meio a uma vegetação característica da Mata Atlântica embora sem grandes árvores. São chalés adoráveis, cercados por árvores pequenas e arbustos, com tudo que uma pessoa pode querer para ficar confortável e se sentir bem e segura.

Muita gente quer saber “com quem eu vim”: pois não vim com ninguém. Vim sozinha. Já deixei de fazer muita coisa na minha vida porque não tinha companhia. Agora, faço sozinha mesmo. Gosto de ficar só, de fazer meus próprios horários e, finalmente, com a Internet e todas as suas ferramentas de comunicação, só fica sozinho quem quer, não é, minha gente? Agora mesmo não estamos eu e você juntos, através deste texto? Pois é.

Finalmente, se rolar solidão, é só caminhar 15 minutos a pé para chegar até a rua principal da Pipa, e lá eu garanto que acontece de um tudo…

E veja só a cama em que estou dormindo. Ahhhhhhh…

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chalés em Pipa, escrever, escritor, Pipa, Praia da Pipa
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Descansar carregando pedras

Clotilde Tavares | 5 de janeiro de 2011

Daqui a pouco estarei indo para um paraíso a 90 km de Natal, a Praia da Pipa, onde supostamente vou descansar, variar da rotina e escrever um livro.

Não sei se vou conseguir, em uma semana, fazer tudo isso aí que me propus. Mas não custa nada tentar.

A Praia da Pipa é um destino turístico muito charmoso e elegante, recebe gente do mundo inteiro e eu, que conheci a Pipa quando era apenas uma aldeia de pesca, vou agora ver bem de perto o que o turismo fez com ela.

Além disso, se eu conseguir pelo menos esboçar o texto no qual transitam os personagens de quem falei no post anterior, pode ser que essas criaturas se acalmem e me deixem em paz.

Darei notícias.

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Pipa, Praia da Pipa
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A delícia das coisas simples

Clotilde Tavares | 9 de setembro de 2010

Convido hoje o meu caro leitor para um reflexão a respeito da extrema delícia das coisas simples. Isso não quer dizer que eu não goste do requinte, da sofisticação. Mas além disso está a simplicidade, que termina sendo o extremo requinte. A simplicidade é o requinte do requinte.

Por exemplo, uma rede. Quer coisa mais simples, e que consegue dar mais prazer do que uma rede? Uma simples pedaço de pano grosso, suspenso no ar a partir dos seus extremos, móvel, balouçante e macia, herança preciosa dos nossos antepassados indígenas? Uma rede é a glória, a glória suprema. Mas é preciso saber se deitar, e não é todo mundo que sabe se deitar numa rede. É preciso descobrir o ângulo absolutamente certo entre a posição do seu corpo e a beirada da rede.

Falando em simplicidade, e em rede, lembro logo do sertão e de uma pousada em que fiquei hospedada em Paraú, ou Espírito Santo do Oeste, no Rio Grande do Norte. Quando cheguei na pousada, a mulher olhou assim para mim e disse “- Você dorme de rede?” Eu, cansada que vinha, caí nos braços dela: “- Durmo, querida…” Mergulhei então no berço daquela rede, dentro da qual fiquei me espojando feito um potro novo, preguiçando e espantando o cansaço… A rede era vermelha e a varanda era um poema de crochê, pesada, tecida numa linha grossa. Joguei-a por cima de mim e ela veio, se adaptando ao meu corpo, me fazendo uma carícia, aquela varanda pesada… Ô delícia…

O quarto tinha apenas a rede e uma cadeira onde coloquei a mala, mas era limpíssimo, paredes alvas e o chão brilhante de tão esfregado. O meu caro leitor talvez achasse essa hospedagem pobre, mas eu lhe digo que somente a rede era melhor do que aqueles apartamentos de hotel metido a besta de interior, com frigobar e outras bobagens. Para que é que eu vou querer um frigobar, quando posso dizer: “- Ei, a senhora tem um docinho?” ou “- Comadre, me arranje um cafezinho…” Telefone também não é necessário porque posso me levantar e chamar quem eu quero. Está todo mundo ali, pertinho, ao alcance da voz.

Depois, o jantar. Um jantar sertanejo. Arroz de leite, alvo, os pedacinhos de queijo amarelinhos apontando aqui e ali no meio do arroz. Carne assada, um feijãozinho macassar bem sequinho, sem muito caldo, e uma batata doce merecedora de um poema, uma canção, enxutinha, uma delícia. Depois, um suco de maracujá delicioso, feito com maracujá que não é comprado em supermercado porque é completamente diferente daquele que eu tomo em casa.

Pedi doce, não tinha, mandaram comprar. Daí a pouco entrou Salete – que é o nome da dona da pousada e criadora dessas delícias – com o pedaço de doce espetado na ponta de uma faca. Fiquei me sentindo medieval, comendo com a faca, metendo a faca na boca e com olhos molhadinhos de lágrimas, lembrando de que Mamãe, lá de Coxixola, na Paraíba, me servia doce desse mesmo jeitinho. Depois Salete me trouxe café e água e eu disse: meu Deus, eu não saio mais daqui.

Mas tive que sair, caro leitor. Tive que seguir viagem, mas acrescentei às minhas experiências essa, especial entre todas: o sertão e a sua simplicidade, das pessoas e das coisas.

Essa é mais uma das crônicas já publicadas no meu livro “A Agulha do Desejo” (Natal, Engenho de Arte, 2003), que você encontra na Estante Virtual e em breve disponível para download gratuito aqui mesmo neste site. A foto é minha, de 1999, e mostra as cercanias da cidade de Paraú-RN.

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Cariri, Paraú, rede, sertão, simplicidade, sofisticação
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Beleza em estado puro

Clotilde Tavares | 6 de março de 2010

É tão lindo esse país, meu caro leitor!

Eu sou uma apaixonada por essa terra e considero que não é preciso ir aos pontos turísticos para ver grandes belezas. Sou uma apaixonada da beleza singela das regiões interioranas, com suas cidadezinhas pequenas e esquecidas pelo tempo aparecendo a cada 20 ou 30 km, com a igreja no centro, os prédios e casas antigas ao redor, em volta da pracinha, e um pouco mais longe, em linha reta, a estação de trem. Num alto próximo, o pequeno cemitério, com suas construções brancas e azul claras, “que duram até o juízo final” como está lá no Hamlet, Ato V, Cena 1.

A topografia do Agreste de Pernambuco, por onde tenho andado nestes dias, mostra morros suaves e arredondados, céu de lápis-lazúli, verdes de todas as cores de verde que você possa imaginar, visões bucólicas que lembram a Toscana italiana, com panoramas que mudam e fascinam a cada volta da estrada.

Uma coisa tão bonitinha que só vendo.

Por isso, lhe deixo com as imagens.

Lago com direito a patos,

Paisagem de lago com patinhos.

Força viva que brota da terra e se estende para o alto.

Morros verdinhos e macios, que dá vontade de passar a mão...

A esperança, que sempre está comigo e que também me acompanhou nesta viagem.

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Agreste de Pernambuco, cidade do interior, Hamlet, turismo
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As igrejas do interior – VI

Clotilde Tavares | 13 de janeiro de 2010

Há tempos que eu não postava aqui as fotos das igrejas das pequenas cidades do interior, uma das minhas paixões. Você pode mandar a foto da igreja da sua cidade; mas precisa mandar também o crédito da foto, ou seja, o nome do fotógrafo. E veja os posts anteriores clicando na coluna de tags da direita, sob o nome igrejas. Com esta postagem, já são 60 igrejas.

Galante-PB. Foto Egberto Araújo.

Galante-PB. Foto Egberto Araújo.

Capela da Vila de Montemor, Rio Tinto-PB. Foto Guy Joseph.

Taipu-RN. Foto de Sandro Fortunato

Mulungu-PB. Foto Fábio Mozart.

Mogeiro de Baixo-PB. Foto de Fábio Mozart.

Goianinha-RN. Foto Cinara Andrade.

Santa Luzia-PB. Foto Egberto Araújo.

Jardim do Seridó-RN. Foto Joaquim Junior.

Iguatu-CE. Foto Manoel Bomfim.

Nísia Floresta-RN. Foto Sandro Fortunato.

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igreja, igreja do interior
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As 10 coisas que mais gostei na viagem de navio

Clotilde Tavares | 9 de janeiro de 2010

Se você está chegando a esse blog hoje pela primeira vez, clique aqui para ver que viagem foi essa.

1 – A comida

Fiquei feliz de desfrutar de uma gastronomia elaborada como a que era servida no restaurante à la carte, com refeições de seis pratos. Não aumentei nem meio quilo porque esse tipo de comida, com suas pequenas porções, realmente engorda menos do que se você se servir no self-service onde sempre, sempre, os olhos são maiores do que a fome.

2 – Ver a esteira de espuma que o navio deixa na água

Eu ficava horas na amurada, ou na popa, vendo o caminho que a grande embarcação deixava nas águas e a rapidez com que ele se desfazia. Um momento ímpar para refletir sobre a rapidez com que as coisas passam…

3 – Tomar café da manhã na cabine

Odeio ver a humanidade antes de ingerir pelo menos meio litro de café e tomar um banho. O café na cabine, servido gratuitamente, na hora marcada por mim na véspera, com croissants deliciosos e outras gostosuras, foi realmente um luxo.

O clube.

4 – A pontualidade

Se anunciarem um show às 21h15, começa às 21h15; se disserem que a piscina está aberta às 8h55, abrem às 8h55. Vivendo e me irritando sempre num mundo impontual como o nosso, eu desfrutei de uma semana maravilhosa, podendo me programar, sem perder meu tempo esperando que as coisas começassem.

5 – A possibilidade de fazer amizade

Você vai caminhando pelo deck, senta numa daquelas poltronas com um livro. Ao seu lado, na poltrona próxima, senta alguém: homem, mulher, adolescente, não importa. Aí você sorri e diz: “Oi, eu sou Clotilde, e moro em Natal, e você, de onde é?” É o suficiente para conhecer gente e fazer boas amizades. Num cruzeiro, as pessoas estão mais abertas a isso e eu adoro conhecer gente nova.

Lojas "DutyFree"

6 – Praticar meu inglês terrível com o inglês mais terrível ainda de stewards e garçons

Foi divertido conversar em inglês com gente da Malásia, Indonésia, Coréia e Madagascar. Conversar é o modo de dizer, porque na maior parte das vezes um não entendia direito o outro. Mas como eu via que o inglês deles era tão ruim quanto o meu, a auto-censura diminuía e eu conseguia conversar razoavelmente bem com aquelas criaturas.

7 – Ir ao clube sozinha

Sentar, ficar horas ouvindo a banda tocando música romântica dos anos 1960, tomando refrigerante light… Você não precisa de companhia para freqüentar nada, uma coisa que nem sempre é bem aceita em terra firme. Pelo menos aqui em Natal eu não me atrevo a entrar num bar da moda e concorrido sozinha, para ocupar uma mesa, ver o show, comer, passar o tempo. Já tentei fazer isso, mas quando era mais nova os garçons me constrangiam me tomando por prostituta; agora, na terceira-idade, possivelmente vão pensar que eu sou doida.

Cardápio

8 – Provar a mim mesma que posso passar sete dias completos sem Internet

Sem e-mails, sem twitter, sem MSN, sem blog. E sem ler as milhares de coisas que leio todo dia na rede: jornais, revistas, blogs. Passei muito bem sem tudo isso. No segundo-dia de viagem, eunem me lembrava que existia Internet.

9 – Comprar a preço maravilhoso

Uma das boas coisas do navio são as lojas Duty Free, onde você compra em dólar, sem pagar imposto. O perfume que uso, que custa R$ 270,00, foi comprado a 68 dólares.

10 – O balanço suave da embarcação

Já disse aqui e repito: parecia que  eu era menina de novo, embalada na rede da infância por mãos maternas. Mas eram as ondas do Atlântico, ou os suspiros de Iemanjá, a Rainha do Mar, embalando meu sono por sete deliciosas noites. Tenho saudades.

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Qual cisne branco…

Clotilde Tavares | 21 de dezembro de 2009

As viagens sempre me atraíram. Quando menina, gostava muito de ler livros onde os viajantes narravam suas peripécias. Quando criança, eram freqüentes os deslocamentos entre Campina Grande, onde meus pais moravam, e Recife, onde morava parte da família de ambos, e lá íamos nós a bordo das então sacolejantes “marinetes” que percorriam aquelas estradas de terra. A viagem era um horror, e chegávamos cansados e cobertos de poeira.

Já no trem era uma delícia o chaco-chaco do vagão, e o movimento das pequenas estações, o trem parando em cada uma, onde vendedores de todo tipo de comida encostavam na janela.

Mesmo assim, nunca fui uma viajante. Primeiro por falta de tempo e dinheiro, e depois por falta de tempo, terminei por não desenvolver na minha vida o hábito de viajar. Quando todo mundo se programava para férias fora do Brasil, eu só pensava em ir para Olinda ou Salvador, pular Carnaval e cair na gandaia.

Viajei pouco na minha vida, e nunca para fora do Brasil. Agora, aos poucos, com tempo e paciência, estou procurando suprir esse desejo, mas as viagens nunca me levam para o exterior: me levam ou para o Rio e São Paulo, atraída pelos eventos culturais ou para o interior do Nordeste onde estão minhas origens, minhas raízes, e a fonte das histórias que vivo contando ao povo.

Neste verão, mais precisamente a partir desta quarta-feira, dia 23, estarei realizando um sonho há muito tempo acalentado: uma viagem de navio. Nada demais: um cruzeiro de sete dias pela costa nordestina, num desses navios lotados de gente, mais parecido com um hotel flutuante. Não vou para lugar nenhum: vou tão somente fazer a experiência de navegar. Estou cheia de expectativa pois amo o oceano e a sua vastidão; já subi a bordo de diversos tipos embarcações, de todo tamanho, e percorri trechos não muito longos, mas o bastante para saber que não sou daquele povo que “enjoa”, o que me assegura longas e felizes horas a bordo. Numa dessas aventuras fui até o mar alto de jangada, amarrada ao mastro por uma corda, uma vez que não havia salva vidas e nem eu sei nadar. Foi emocionante.

MSC-Melody

Então, estarei embarcando no porto de Cabedelo-PB no navio MSC-Melody, com escalas em Recife (dia 24), Salvador (dia 26), Maceió (27), (Fortaleza (29) e de volta a Cabedelo, onde desembarco, dia 30.

Durante esse tempo, você pode vir aqui todo dia que vai encontrar texto novo sempre porque há um recurso do WordPress que permite que agendemos previamente posts em blogs; mas sobre a viagem mesmo, somente quando eu voltar, porque o uso de Internet no navio é muito caro para as minhas limitadas posses.

Então, deseje-me boa viagem e nos encontramos na volta.

Não perca a partir de amanhã a minha série de artigos sobre o Natal.

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