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Flores do meu Cariri

Clotilde Tavares | 10 de dezembro de 2009

No mês de fevereiro deste ano, Inês Tavares e Cristina Evelise (minha irmã e minha cunhada) fizeram uma viagem ao Cariri paraibano. Ficaram hospedadas numa fazenda, na região de Sumé; mas andaram, viraram, mexeram, fizeram uma ruma de fotos que, quando voltaram, descarregaram no meu computador. São fotos de gente, de natureza, de plantas e de bichos. Fotos que eu não sei, das duas, quem fez, se uma ou a outra.

Portanto, com crédito duplo, eu trouxe para vocês essas flores do meu Cariri, floreszinhas bestas, sem nome, sem a sofisticação ou a majestade das orquídeas ou rosas mas tão caprichosas na minúcia e na beleza que parecem jóias coloridas brotando daquele chão seco e áspero, assim que dá a primeira chuva.

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Cariri Paraibano, flores, fotografia, natureza
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A força da Natureza

Clotilde Tavares | 19 de novembro de 2009

Absolutamente sem tempo para escrever, deixo vocês com essa sequência de fotos que mostra a força e a pujança da Natureza lá no Cariri Paraibano. As fotos são de Egberto Araújo, mais poeta do que fotógrafo pra capturar uma coisa dessa.

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Cariri Paraibano, Egberto Araújo
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Paraíso aberto

Clotilde Tavares | 22 de outubro de 2009

Há uma música que fala sobre o Cariri, que diz assim:

“No meu Cariri, pode-se ver de perto

tanta boniteza,

pois a Natureza

é um paraíso aberto…”

Pois é para esse paraíso aberto que estou indo hoje, meu caro leitor, passar quatro dias no Encontro dos Povos do Cariri, um evento que congrega arte, cultura, economia e negócios, e que acontece em São João do Cariri, na Paraíba.

Eu sempre fico feliz de poder voltar a essa região, sobre a qual já escrevi outras vezes aqui neste blog. O Cariri é o berço dos meus antepassados mais próximos, e é lá que fica Coxixola, onde nasceu minha mãe.

Neste final de semana vou encontrar amigos, escritores e artistas, gente da minha gente, povo do meu povo, e vou fazer o lançamento virtual do meu folheto de cordel Cariri de A a Z, onde eu louvo as belezas daquela região. para o meu caro leitor de todo dia nesse blog, faço uma gentileza especial: é suficiente clicar aqui e ler o folheto, disponível para você em formato PDF.

Mesmo viajando, o blog continuará sendo atualizado diariamente mas talvez haja uma pequena demora na liberação dos comentários e nas respostas aos emails. Segunda, 26, tudo volta ao normal.

No mais, é me desejar boa viagem e prometo que quando chegar venho cheia de novidades pra você.

"Sobrado dos Árabes" - São João do Cariri, Paraíba.

"Sobrado dos Árabes" - São João do Cariri, Paraíba.

UPDATE: Minha gente, desisti da viagem. Acordei assim com um pressentimento, uma sensação estranha, e como obedeço muito às minhas intuições, cancelei tudo. É isso. (Escrito às 7h20 da manhã de 22/10)

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Cariri, Cariri Paraibano, Coxixola, Encontro dos Povos do Cariri
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O 11 de setembro

Clotilde Tavares | 11 de setembro de 2009

No dia 11 de setembro de 2001 eu estava em Natal na sala de espera do consultório da Dra. Joaquina Fernandes Vieira, minha colega e amiga Quinquina, otorrinolaringologista que sempre dava um jeito nas minhas frequentes crises de sinusite. A um canto, lia um livro sem prestar atenção na TV quando vi que o noticiário havia mudado de tom e transmitia um incêndio em um edifício. Como o som da TV estava baixo, perguntei a alguém o que era aquilo. A pessoa respondeu “Parece que é um incêndio em São Paulo!” “Em São Paulo o que!” eu disse, me aproximando da tela. “Isso é Nova Iorque, e é o World Trade Center!” Nem bem eu havia dito isso, quando o segundo avião se chocou com a Torre Sul bem na minha frente e eu entendi imediatamente que aquilo devia ser um atentado. Aí, chegou a minha hora de entrar para a consulta.

Ao terminar, saí da sala da médica a tempo de ver o terceiro avião se chocar com o Pentágono. Ia fazer algumas coisas depois do consultório, mas resolvi ir para casa, e dirigi até lá sob o terror de que os Estados Unidos decidissem uma ação de retaliação que lançasse o mundo num holocausto incontornável.

Coxixola-PB

Coxixola-PB

Liguei para os meus irmãos, e a pergunta era: “Se houver algo assim, o que é que a gente faz?” E Pedro, que mora em Campina, e que não estava tão apavorado quanto eu, mostrou a solução: “Se a coisa pegar fogo, a gente evacua a família inteira para Coxixola.”

Mas por que Coxixola, perguntará o meu caro leitor? O que é Coxixola? Onde é Coxixola? Explico. Coxixola é uma pequena cidade, uma cidade mínima, que fica no Cariri paraibano, fazendo limites com Serra Branca, Congo, Caraúbas e São João do Cariri. É o menor município da Paraíba. É também a cidade natal da minha mãe e, talvez por ela sempre falar da sua cidade-berço com tanto carinho e saudade, sempre nos deu a idéia de um lugar escondido, inacessível, distante, protegido das desgraças do mundo, e ao mesmo tempo mágico, cheio de bucolismo, de lendas e de histórias, como se fosse São Saruê, a Terra do Nunca, o País das Maravilhas e a floresta de Brocéliande, tudo junto, reunido num lugar só.

Um pontinho no mapa

Um pontinho no mapa

Na década de 1960, aos quinze anos de idade, fui conhecer Coxixola e me encantei com o minúsculo lugarejo que, naquele tempo, era apenas uma rua, duas fileiras de casas, onde as pessoas mais velhas ainda se lembravam do meu avô Pedro Quirino. Sem muita coisa para fazer, naqueles ermos, divertia-me com as primas a explorar os arredores, e conversar com as pessoas. Foram dias que jamais esquecerei, andando sozinha pelos matos, vadeando riachos, subindo e descendo serrotes e ouvindo o grito das maracanãs quando passavam de tarde em revoada sobre as vazantes.

Quando queria aborrecer Mamãe, Papai fazia a maior gozação da cidadezinha, dizendo que Coxixola não aparecia no mapa. Mamãe ia buscar o Atlas e, com orgulho, mostrava o minúsculo pontinho perdido no meio do Cariri. Então, o que não diriam eles hoje se vissem a pequenina Coxixola na rede mundial dos computadores? Pois é, meu caro leitor. Coxixola agora tem status de município digital. Orgulhosa e faceira, mostra através de fotos e informações as suas prendas e riquezas.

Entrada da cidade

Entrada da cidade

Penso nos olhos da minha mãe, como brilhavam quando ela se lembrava do seu berço natal. A família foi expulsa do Cariri pela seca de 1927, quando foram todos para Angelim, Pernambuco, e onde ficaram até a vida adulta. Mesmo assim, quando chovia, meu avô voltava ao Cariri, para ver “tanta boniteza, pois a natureza é um paraíso aberto”, como nos versos imortais do poeta.

Herdei esse amor todo por aquela terra e Coxixola, apesar de continuar sendo um pequeno pontinho no Atlas, para mim sempre será um porto seguro inacessível a qualquer catástrofe, uma estrela plantada no meio do Cariri, no mapa do meu coração.

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11 de setembro, Cariri Paraibano, Coxixola, Dra. Joaquina Fernandes Vieira, World Trade Center
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Ligeirinho

Clotilde Tavares | 4 de junho de 2009

Rapido como quem rouba, este post de hoje é somente para o bloguinho não passar em branco, coisa que atiraria a minha reputação na sarjeta. Prometi que vou postar todo dia, e é isso que farei.

Então, meu pacientíssimo leitor, deleite-se com esses flagrantes poéticos, fotográficos e anedóticos enquanto eu me dedico a uma veia memorialística aberta desde ontem e que está sangrando copiosamente, enquanto eu escrevo a história dos dois anos que passei no internato, para onde fui com apenas oito anos de idade.


O ano é 1956. Eu sou a dentucinha do meio, na segunda fila, interna no Colégo Nossa Senhora do Bom Conselho, em Bom Conselho, agreste de Pernambuco, a 40 km de Garanhuns.

O ano é 1956. Eu sou a dentucinha do meio, na segunda fila, interna no Colégo Nossa Senhora do Bom Conselho, em Bom Conselho, agreste de Pernambuco, a 40 km de Garanhuns.


SEM VERBO

O poeta Dedé Monteiro, de Tabira, recebeu um pedido de ajuda de uma estudante a quem o professor havia dado como tarefa um trabalho de no mínimo dez linhas, tema livre, rimado, e sem nenhum verbo.

O poeta criou “Casa velha”:

Ah, casa velha do cão
A de vovó Januária!
Caverna bicentenária
Sem um sinal de cristão!…
Morcegos sobre o fogão
Nos móveis, somente pó
No muro, uma planta só
No jardim, rato e mosquito
Eis o retrato esquisito
Da casa da minha avó!

Encontrei essa preciosidade no livro do meu companheiro cangaceiro Paulo Medeiros Gastão “Viagem a Triunfo da Baixa Verde”, nº 1151 da Coleção Mossoroense.


Os bodezinhos lá do Cariri, satisfeitinhos com a chuva...

Os bodezinhos lá do Cariri, satisfeitinhos com a chuva...


COMO É QUE É?

O gerente chama o empregado da área de produção, tipo armário quatro portas, com 1,90 de altura, recém-admitido e inicia o diálogo:
– Qual é o seu nome?
– João – responde o grandalhão.
– Olhe – explica o gerente – eu não sei em que espelunca você trabalhou antes, mas aqui nós não chamamos as pessoas pelo seu primeiro nome. É muito familiar e pode levar a perda de autoridade. Eu só chamo meus funcionários pelo sobrenome: Ribeiro, Matos, Souza, etc, entendeu? E quero que o senhor me chame de Sr. Mendonça. Muito bem, agora quero saber: qual é o seu nome completo?
O empregado responde:
– Meu nome é João Paixão.
– Tá certo, João. Pode ir, agora.


Beleza em estado puro. A foto é de Nicholas Greenway.

Beleza em estado puro. A foto é de Nicholas Greenway.

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Cariri Paraibano, Fotografia e design, Humor, poesia
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Paisagens do Cariri

Clotilde Tavares | 28 de maio de 2009

O solo do Cariri
Na seca rude e deserto
Com poucas gotas de chuva
“Você pode ver de perto
Fica assim de boniteza
Desabrocha a  natureza
Como um paraíso aberto.”

cariri01

cariri02

cariri03

Essas fotos foram feitas em fevereiro de 2009, na região do Cariri Paraibano, por Inês Tavares.

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