Umas & Outras

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O “textão”

Clotilde Tavares | 6 de abril de 2021

Pessoas me mandam mensagens no privado: – Clotilde, pelamor, diminua o tamanho desses textos.

Rapaz, eu sou uma escritora.

Então, pedir a mim para escrever textos menores é a mesma coisa que…

… pedir a um cantor para cantar somente a metade da música.

… pedir a um engenheiro para construir somente a metade de uma ponte.

… pedir à costureira para fazer uma calça somente com um perna.

… pedir ao cirurgião para operar e deixar a ferida aberta.

… pedir ao padre para encerrar a missa antes da comunhão.

… você já entendeu.

Ninguém é obrigado a ler textão.

Há outras mídias onde os textos são limitados, como o twitter, onde só cabem 280 caracteres – aí o pessoal do textão inventou o artifício do “fio”, ou “thread”, pra poder encompridar a conversa.

Finalmente: eu escrevo do meu jeito e do tamanho que gosto. E você também lê do jeito e do tamanho que quiser. Se a gente se encontrar no meio do caminho dessa leitura, seremos felizes juntos. Se não, seremos felizes separados.

Simples assim.

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escrever, escritor, leitor, leitura, textão, twitter
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O golpe do perfume

Clotilde Tavares | 18 de janeiro de 2011

Há um e-mail circulando na Internet com uma história mirabolante, sobre um suposto perfume que, oferecido por um rapaz às pessoas, faz com que elas desmaiem enquanto o tal rapaz lhes rouba bolsas e carteiras.

Histórias como essa são sempre boatos, e sua procedência pode ser pesquisada em sites que cuidam da veracidade das coisas que circulam pela rede. Muito deles explicam o mecanismo pelo qual essa histórias estão sempre voltando:

“(…) O que se vê é a mesma história ressurgir de tempos em tempos. Uma nova leva de recém-chegados à Internet “descobre” uma dessas histórias e logo cuida ressuscitá-la, não como uma nova versão “revista e atualizada” mas com o mesmo e antigo formato.”

Bem, era isso o que eu pensava até um episódio que aconteceu comigo num shopping daqui de Natal.

Eu fui abordada, segunda-feira à tarde, por dois homens, muito elegantes, bem arrumados e perfumados, que me perguntaram qual tipo de perfume que eu estava usando. Respondi o nome do meu perfume (Flowers, by Kenzo); aí eles fizeram alguns comentários sobre o que continha na essência, elogiando meu bom-gosto.

Perguntaram-me então se gostaria de testar um perfume sensacional, que eles estavam vendendo, a um preço bem razoável, lançamento no Brasil.

Mostraram-me um frasco lindo, mas, não cheguei a ver o nome que nele estava escrito. Dei uma desculpa, disse que precisava dar um telefonema e me afastei. Eles ficaram lá, sentados, procurando novas vítimas.

Provavelmente eu teria concordado com a oferta se não tivesse recebido este e-mail, alertando-me para o golpe do perfume, que sempre considerei ser um “hoax”.

Se não fosse o e-mail, provavelmente, eu teria cheirado o perfume. Dessa forma, fui poupada do que poderia ter acontecido comigo.

Então eu gostaria de alertá-los do mesmo modo. Depois que me afastei, de longe, fiz uma foto dos meliantes que você pode ver clicando aqui.

É, minha gente. Nem tudo na Internet é boato…

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golpe do perfume, golpes na Internet, hoax, Humor, QuatroCantos
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Eu adoro papel!

Clotilde Tavares | 21 de setembro de 2010

O site Efetividade.net sempre está lançando novos desafios aos adeptos da organização e produtividade pessoal. Eu sou uma dessas pessoas e atendendo ao convite do site estou postando aqui como faço para organizar minhas anotações e meu material de referência. O post é longo. Se achar chato vá ler uma coisinha mais amena aqui, ou aqui.

A pergunta de Augusto Campos, do Efetividade, é: que ferramentas você usa para gerenciar suas anotações e referências?

Primeiro vamos definir: anotações para mim são todas as notas que escrevo para me lembrar das coisas mais tarde. E referências é todo o material escrito por outras pessoas, impresso ou não, que me ajuda no meu trabalho.

Eu sou escritora, pesquisadora, professora aposentada e trabalho em casa – ou viajando. Apesar da nerdice que me faz encher a casa de tranqueiras eletrônicas, e de passar 8 a 10 horas por dia no computador, uso para minhas referências um sistema principal de pastas suspensas, pastas reais, cheias de papel. Outro motivo, além de gostar de papel, é que sou da era pré-informática, e não sei como me livrar do monte de papel que já juntei antes. Tenho aquelas maletinhas de plástico com 10 pastas cada uma, que distribuo pelo apartamento – que é pequeno, por isso não posso colocar tudo num lugar só.

Lá está uma delas, entre uma estante e outra.Clique na foto - nessa e nas outras - que aumentam de tamanho.

Cada maletinha dessas tem um assunto que se refere aos meus campos de estudo e pesquisa – uma para Genealogia, outra para Cultura Popular, outra para Teatro, e outra – ou outras – para cada assunto específico em que eu esteja trabalhando no momento.

Na maletinha de Genealogia tem pastas como “Bibliografia”, “Árvores”, “Documentos”, “Olavo de Medeiros Filho” (porque estou reunindo material sobre ele, que é patrono da cadeira nº 2 que ocupo no Instituto de Genealogia e Heráldica da Paraíba.)

Olhaí as pastinhas sobre genealogia.

Na maletinha de Teatro tem “Originais”, que são as peças da minha autoria; “Shakespeare”; “Hamlet” (uma pasta somente sobre Hamlet, que é a peça que mais estudo); “Artigos”, e assim por diante. Na maletinha Cultura Popular tem pastas “Literatura de cordel”, “Cantoria de Viola, “Conto”, e etc. Todas essas maletinhas têm uma pasta chamada “Variado”, onde eu jogo o que não consigo classificar nas outras.

Por exemplo: meu último trabalho foi escrever uma biografia. Então abri uma maletinha dessas para organizar em pastas separadas o material que iria precisar. Mas só um trabalho grande onde vou lidar com muito papel justifica isso. Na maioria dos casos, cada trabalho merece apenas uma pasta, que coloco na gaveta mostrada a seguir.

Essa é uma gaveta de pastas suspensas para assuntos diversos. 1) “Contratos”, onde estão meus contratos com as editoras e com os clientes, contrato de aluguel, com prestadoras de serviço, etc. Todos os contratos – e os distratos – estão nessa pasta. 2) “Receitas e exames”, onde guardo todo aquele material gerado nas consultas médicas. Aqueles exames grandões, que não cabem em canto nenhum, estão embaixo da roupa num das gavetas da cômoda. Além disso, em cima da minha mesa e em lugar fácil está um envelope com todos os meus exames mais novos, para num caso de urgência as pessoas – ou eu mesma – não perderem o juízo procurando.

Olhaí a maletinha de Genealogia e abaixo o móvel com a gaveta de baixo - que é um arquivo de pastas suspensas.

3) “Assuntos”: nesta pasta guardo montes de papeluchos com assuntos possíveis para crônicas, posts, textos. Sacudo lá dentro e esqueço. Quando falta assunto, pego a pastinha e pronto: está tudo lá, montes de ideias. 4) “Cruzeiro”: tenho nesta pasta o material do cruzeiro de navio que realizei, porque minha intenção era escrever um blog sobre isso. Quando eu tiver tempo e voltar a vontade, o material está lá, todo separadinho e fácil de encontrar; 5) “Currículo”: toda vez que faço uma palestra, ou dou um curso, etc, que me dão um papel ou um certificado, jogo lá. No meu currículo virtual coloco apenas os títulos mais significativos. 6) “Casa própria”: estou numa questão com a Caixa Econômica Federal em relação à minha casa, então todo o material está separado numa pasta; 7) “Book”: aqui coloco recortes de jornais e revistas que trazem coisas sobre a minha pessoa. Quando enche, tiro um dia e recorto, ajeito, e coloco numa pasta de saquinhos plásticos onde fica tudo visível. 8 ) “Recibos”. 9) “Palestras e cursos”: roteiros de palestras, rascunhos, fichas de aula. 10) “Documentos”: tudo que não for currículo, contrato, distrato ou recibo vem pra cá. Aí estão titulo de eleitor, carteira profissional, passaporte, documentos do carro… A escritura da casa morava aqui; mas com a questão da Caixa eu abri uma pasta só para isso e a escritura está morando provisoriamente lá. Tem mais outras pastas, é tedioso enumerar aqui, e o objetivo era você entender o mecanismo. Algumas dessas pastas não são necessariamente “Anotações” ou “Referências”, mas é assim que essa gaveta está organizada.

Tudo bonitinho, com etiquetas!

Tudo em que ponho a mão é organizado dessa forma, e resulta disso que eu consigo encontrar qualquer papel com relativa facilidade. As pastas recebem uma etiqueta feita com um etiquetador desses baratinhos, de criança.

Para cada pasta dessa tenho uma com o mesmo título no computador onde armazeno as coisas digitalizadas, coisas diferentes dessas de papel (talvez o ideal fosse digitalizar tudo mas além de ser um trabalho insano eu gosto de pegar em papel). Quando encontro algo interessante na Internet, transformo em PDF com um plug-in do Firefox e armazeno no local adequado, com um título bem descritivo para facilitar a localização do sistema de busca do Windows. Tentei usar Evernote e outros programas semelhantes mas não deu certo, eu simplesmente no dia-a-dia esqueço que eles existem. Não uso Outlook nem qualquer desses programas sincronizados com outros, não tenho paciência.Tenho back-up de tudo – mas não tenho back-up das coisas de papel, of course, porque aí seria maluquice demais. Num incêndio, perderei tudo… menos as coisas que estão no Dropbox– onde eu tenho um espaço gratuito e pequeno, e coloco sempre o trabalho que estou fazendo no momento. Tenho pensado ultimamente em fazer uma assinatura do serviço, que vai me permitir armazenar “na nuvem” todos os meus arquivos importantes.

Vejam essa outra maletinha debaixo da mesinha do quarto. É a de Cultura Popular, assunto com o qual não estou trabalhando agora. No quarto, o tema dorme e descansa para arcordar daqui a uns meses!

Além disso, todas as minhas recordações – cartas, bilhetes, lembranças, e todo tipo de papelucho – recordações essas reunidas ao longo de décadas são guardas em pastas de saquinho plástico, separadas por épocas da minha vida. Eu gosto de folhear essas pastas e me lembrar das coisas – ser feliz de novo, só manuseando as recordações. E estando assim organizadas facilitam a minha vida, uma vez que já comecei a escrever minhas memórias.

Uma das pastas de recordações. O autógrafo à direita é do escritor Ignácio de Loyola Brandão, da década de 1980...

Como o apartamento não cabe todos os meus papéis, tenho um espaço na casa da minha filha onde coloco o “arquivo morto”: papéis que não utilizo todo dia mas que estão lá, todos colecionados e sinalizados para que eu encontre o que precisar na hora certa. Aí eu tiro uma foto da estante onde eles estão guardados e é só olhar a foto e procurar, como se estivesse em frente à estante – daí é só ligar para Ana Morena, minha filha roqueira pedindo a ela para pegar na estante e olhar, se for o caso, sem precisar ir até lá.

O que importa disso tudo é que sei onde está cada papel meu.

Apesar de toda essa maluquice, sempre estou aprimorando o sistema e aceito sugestões.

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O que você leva na mochila?

Clotilde Tavares | 19 de julho de 2010

Desafio interessante lançado pelo site Efetividade.net, do qual sou leitora diária. Imediatamente aderi à provocação.

Eu já publiquei neste blog post semelhante, sobre o conteúdo que as pessoas levam na bolsa; mas o desafio do blog Efetividade é sobre o conteúdo da mochila de trabalho. Clique aqui para ver a promoção.

Então eu não uso nem nunca usei mochila, mas eventualmente saio para trabalhar e levo o meu equipamento, não numa mochila mas numa bolsa modelo tote-bag de La Reina Madre: é esse fundo listado que vocês vêem aí com a alça vermelha, uma bolsa linda, confortável de carregar, que levo pendurada no ombro com toda a tranqueira que passarei a descrever.

Primeiro que tudo e mais importante é meu notebook Dell Vostro 1310, que tenho há dois anos e ainda está me servindo bastante, leve e pequeno, do jeito que gosto. Com jeito dá pra você vê-lo, embaixo da alça da bolsa. Na parte superior, o adaptador do notebook.

Abaixo do adaptador meu cartão de visitas que está aí somente para marcar o lugar da câmera fotográfica – estou fotografando com ela, por isso ela não aparece na foto. Uso uma Sony DSC-W350, também pequena e leve, de 14.1 Mpx.

Abaixo da câmera, o meu Nokia E-71, que serve para entrar no twitter ou ver meus emails quando estou fora de casa. Também atua como modem 3G quando preciso me conectar usando o notebook. Ao lado dele, meu outro celular, também Nokia, que uso para telefonar, que a minha filha me deu – e ela paga as ligações. Melhor impossível. Ao lado dele meu minigravador Sony, indispensável para o meu trabalho. Sou escritora e sempre estou entrevistando alguém ou ditando algo.

Abaixo dos celulares, uma bolsinha listada onde levo a tranqueirra que toda mulher carrega: baton, lápis, pó-compacto, comprimidos… estão aí na foto sobre a bolsa, mas vai tudo dentro.

Voltamos para cima, onde você pode ver os cabos e carregadores. São muitos, e eu penso que não coloquei todos aí. Na vida real eu também sempre me esqueço de algum. Dois carregadores de celular, cabos do E71, da câmera e do gravador, além do cabo do HD externo de 1 Tb que está logo abaixo. Também esqueci de colocar o fone de ouvido para o gravador, vejam só!

Em seguida minhas canetas, que sempro levo 3 ou 4 de várias cores e só uso desse tipo: Stabilo 0,4. Abaixo das canetas, essa bolsinha também de La Reina Madre onde levo dinheiro, cartões de crédito e documentos.

Finalmente, minhas duas Moleskines: a preta para escrever e a vermelha que uso como agenda. Em certos assuntos eu sou low-tech mesmo. E o leque, a coisa mais low-tech e mais eficaz que existe, morando em Natal-RN, onde agora, dez e meia da noite, a temperatura é 23ºC com umidade de 88%.

Esqueci as chaves! Vida complicada, essa minha!

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10 posts mais visitados

Clotilde Tavares | 28 de março de 2010

Durante este primeiro ano de existência do blog Umas & Outras, foi curioso para mim observar que tipo de assunto chamaria mais a atenção do meu caro leitor, e quais teriam sido os posts mais visitados.

Aí, para sua informação, publico hoje os posts com mais visitas durante todo este ano.

1 – O campeão de visitas foi um post que escrevi em 23 de setembro de 2009 sobre o comercial das sandálias Havaianas. O comercial foi retirado do ar por desagradar – segundo a empresa – a setores conservadores da sociedade. Como o assunto era polêmico, além de ser muito visitado o post foi também muito comentado. Mais de 90 pessoas enviaram comentários durante o tempo em que estes ficaram liberados.

2 – Depois vem um post do qual gosto muito – mas só não entendo porque o visitam tanto. Escrevi sobre o clipe de papel, e a maravilha que este objeto encerra em matéria de design e funcionalidade. Minha desconfiança é que na verdade as pessoas teclam no Google, como motor de busca, a palavra “Noruega” e vão parar nesse post, uma vez que o inventor do clip era norueguês.

3 – No terceiro lugar vem um post que eu mesma acho maravilhoso, já tendo sido publicado no meu livro A Agulha do Desejo.  Nele, ensino como fazer a verdadeira tapioca nordestina, esse prodígio de simplicidade e sabor que faz a delícia da nossa mesa.

4 – O quarto é um post estranho, com o título de Girafas na geladeira, algo que eu escrevi porque estava sem assunto. Pois é visitadíssimo, penso que pelo mesmo motivo do post em segundo lugar: o termo “girafa”, aplicado no motor de busca.

5 – Em seguida, um texto que acho delicioso, escrito para explicar a complicação e o encanto das roupas íntimas femininas pré-década de 1960. O título, mais do que sugestivo, é Anágua, combinação e corpete.

6 – Essa historinha, que me garantem ser verdadeira, também é visitadíssima, estando em sexto lugar no meu ranking. Leia Um Milagre no Corcovado.

7 – O que escrevi no dia 11 de setembro sempre é muito lido. É óbvio que tem o apelo da data, conhecida no mundo inteiro, mas eu gostei do que escrevi, e ainda gosto.

8 – Há um post que adoro, e que também é campeão de visitas. Em Filme bom e filme ruim, falo sobre cinema e cineclubismo, duas paixões que me acompanham há cerca de 50 anos – o cinema desde menina e o cineclubismo desde a adolescência.

9 – Uma ocasião, irritada com a passividade das pessoas frente aos constantes abusos que sofremos no cotidiano das cidades, escrevi o post Sou chata. Identificação total com o público, e muito visitado.

10 – E para fechar a lista um post sobre gatos, paixão minha e de deus-e-o-mundo, que compartliho aqui.

Um dos home-offices desta blogueira que vos tecla.

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Um ano blogando!

Clotilde Tavares | 27 de março de 2010

Este é um período festivo para este blog, para mim e para todos vocês que me lêem agora. Nesta sexta-feira, dia 26 de março, o blog Umas & Outras completou um ano de existência. Então eu quero falar aqui um pouquinho do que é e do que tem sido para mim a existência desse projeto semi-anárquico de comunicação chamado Umas & Outras.

Tudo começou em 1999, com um boletim que eu fazia inicialmente em formato Word e que enviava por e-mail para uma lista de assinantes, pela Internet. Era de periodicidade semanal, e sofreu vários e diversos atropelos ao longo desses dez anos de vida, tanto com quebras de periodicidade como com mudança de formato.

O Umas & Outras já teve muitas caras: boletim em Word, boletim em HTML, site na Internet com diversos colunistas durante um ano e com atualização diária, boletim outra vez, blog sediado no UOL, boletim em HTML de novo… E sempre, sempre com as temáticas básicas concentradas em quatro pilares: Arte, Cultura, Informação e Humor.

Esta era uma das "cabeças" do Umas & Outras em seu formato newsletter.

Aí, quando foi em março de 2009 eu estava morando em João Pessoa e mantendo mais ou menos com periodicidade o envio do boletim em formato HTML. Pensei: por que não um blog? Pensei, pensei e me propus algumas metas que eram: postagem diária, foco em assuntos gerais que não se limitassem à cidade onde eu estivesse morando, e 80 mil visitas em um ano.

Pois não é que deu certo?

Minha meta de visitas foi ultrapassada de muito! Sabem quantas foram? 155.827 visitas em um ano, computadas até o meio-dia deste dia 26 de março!. Eu praticamente alcancei o dobro da minha meta!

A postagem diária falhou um pouco porque, em 365 dias, eu postei 311 vezes, tendo passado 54 dias sem postar. Isso você talvez não tenha notado porque esses 54 dias ficaram diluídos no meio dos outros. E não postei por motivos justíssimos: doença, viagem, dificuldades com Internet.

Nesta data, estou mudando o endereço do blog. Agora ele está alojado no seu próprio domínio, o www.umaseoutras.com.br e fiz algumas pequenas mudanças no visual somente para marcar a data.

Então, atualize seus favoritos para continuar me acompanhando por aqui. Nos próximos dias estarei propondo uns sorteios, porque tenho livros que quero distribuir com os leitores e vou bolar uma forma criativa e diferente defazer isso.

Ao longo desta semana estarei também postando as estatísticas do blog, mostrando os posts que agradaram mais, de onde é que vem o povo que me visita, essas coisas todas que blogueiro gosta de fazer.

E continue comigo porque eu ainda quero passar muito tempo com você.

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Linkagem

Clotilde Tavares | 21 de março de 2010

Bobagens em origami:

http://lifehacker.com/5463790/learn-how-to-fold-thousands-of-origami-figures-at-origami-club

Denise, blogueira que mora na Coréia, fala sobre um fenômeno próprio dali:  a poeira amarela.

http://sindromedeestocolmo.com/archives/2010/03/a_poeira_amarela_vista_aqui_de_casa.html/

Meu sobrinho Nilo Neto vai pra cozinha – sim, o bonitão está lá sem camisa – e prepara maminha com cerveja preta. A entregação é do blog da namorada, Jady.

http://jady.blogspot.com/2010/02/namo-na-cozinha.html

Dobrar um lençol é fácil. A dica é do site Chega de Bagunça. http://chegadebagunca.blogspot.com/2010/01/dobrando-lencol-de-elastico-como-um.html

Você é “creuza”? Se for, seu blog é o Vende na Farmácia, onde Joo e Loo fornecem material para todas as suas fantasias. E se você não sabe o que é ser “creuza”, relaxe. Se não sabe, é porque você não é e, em não sendo, não vale a pena mesmo pensar nisso.

http://www.vendenafarmacia.com/

Dicas preciosas para construir sua networking. No site Efetividade.net. http://www.efetividade.net/2010/03/15/networking-amplie-seu-circulo-de-influencia/

Você é blogueiro do WordPress? Muitas dicas aqui. http://www.pblog.com.br/

Ligado na Hungria, ou, mais especificamente, no idioma magiar? O tradutor Chico Moreira Guedes lhe conduz nos meandros dessa cultura. http://hungaromania.wordpress.com/

Andaram dizendo que o e-mail havia morrido. Tiago Dória defende que não. http://www.tiagodoria.ig.com.br/2010/03/10/apos-39-anos-o-email-continua-firme-e-forte/

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Deletando a solidão!

Clotilde Tavares | 4 de fevereiro de 2010

De quinze em quinze dias somos bombardeados pela mídia com a mais “nova” pesquisa sobre a rede mundial dos computadores. Os jornais dizem que pesquisadores de tal ou qual universidade chegaram à conclusão de que a Internet faz com que as pessoas fiquem cada vez mais isoladas sem se comunicarem umas com as outras.

Aí eu tenho que apelar para a minha padroeira Santa Zoraide e pedir que ela clareie a cabeça desse povo. Ora, minha gente: o que é a Internet? Uma ferramenta de comunicação, constituída por computadores ligados em rede e à frente de cada um desses computadores existe alguém que tecla, que clica o mouse e que olha o monitor! Então como é que a Internet pode isolar as pessoas? Ela faz exatamente o contrário!

Com a Internet podemos trocar informações e experiências, lançar apelos e responder a pedidos, fazer denúncias, conhecer pessoas, namorar, compartilhar interesses comuns e, sobretudo, exercer a cidadania e praticar a democracia.

Os usuários da rede são estudantes conversando sobre suas dificuldades escolares, doentes trocando as informações mais atuais sobre tratamentos, adolescentes tímidos procurando companhia nas salas de bate-papo, ativistas políticos usando a rede para persuadir e noticiar, portadores de deficiência ou doentes que não podem sair da cama ou da cadeira de rodas mas cujos cérebros estão vivos e on-line. Tem empulhação e safadeza também, mas isso tem em tudo o que é atividade humana, e não será isso que vai descaracterizar a rede; a gente também encontra o que não presta no cinema, na literatura, na música, que dirá na Internet!

Não conheço coisa mais solitária de que uma pessoa sozinha, na sala de um apartamento, vendo televisão. Hoje, essa pessoa não está mais na frente da TV: está conectada à rede, se comunicando com algum outro ser humano. Ou seja: não está mais sozinha. Deletou a solidão.

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As urupembas de alumínio

Clotilde Tavares | 29 de dezembro de 2009

Foto de Canindé Soares - www.canindesoares.com

Uma das imagens que mais me impressiona quando viajo pelo interior é a visão das antenas parabólicas sobre os telhados das casas. Em alguns lugares, a imensa antena em forma de panela escora o casebre que parece se sustentar de pé apenas por obra da antena. Por pobres que sejam, a maioria tem parabólica. Numa pousada em que me hospedei um dia desses, a TV fica na sala, uma TV enorme, com uma imagem espetacular; sentado no sofá, um garotinho de calção e descalço, um indiozinho cariri, com o controle remoto na mão, dominando todas as estações, passeando pelos canais.

Aí está, penso eu, a síntese da nossa realidade. Imagens aparentemente contraditórias, inconciliáveis, mas que terminam resumindo as mudanças pelas quais o nosso país está atravessando, principalmente longe dos centros adianatados: o casebre e a parabólica, o indiozinho cariri e o controle remoto.

O dono da casa comentou comigo: “Antes dessa televisão, eu pensava que só tinha duas línguas no mundo: essa que a gente fala e o inglês. Agora eu sei que tem muitas línguas diferentes, língua que não acaba mais. Deve ser por isso que tem tanta guerra. Ninguém se entende…”

Em outra casa, vi uma mulher de 82 anos, professora aposentada, que mora com a irmã de 89 anos, já doente, de quem cuida. Sobre a velha e escalavrada mesa de madeira, que parece ter mais de um século, um espetacular aparelho desses grandes e modernos, em frente ao qual as duas se distraem. “E vêem que tipo de programa?” pergunto eu.  “De um tudo, minha filha”, diz a mais nova. ” Mas o que a gente gosta mesmo é de rezar”. Rezar junto com a TV, evidentemente, acompanhando os inúmeros programas religiosos que existem.

O professor e poeta Geraldo Bernardo, que vive em Sousa, sertão da Paraíba, escreveu um divertido texto no qual fala sobre a parabólica, que ele chama de “arupemba de alumínio”, onde o matuto descreve o que viu na TV: “A primeira imagem que apareceu era uma galega toda entroncada, fazendo muganga com a bunda, uns negão com os dentes no quarador, a meninada inventou de rebolar, chamando aquilo de pagode.” E continua, divertido e espantado: “E o cabra continuou mudando de imagem, era cada coisa diferente, tinha desenho de bicho fazendo papel de gente, cada lapa de mulher, Zé de Lídia chega babava…”

O matuto, então, questiona: “Agora pergunto pra que? Uma bacia de alumínio em cima da casa, encandeando os olhos dos outros? Não serve para soprar arroz, café ali não se torra, se pelo menos juntasse ága! Mas eu mesmo espondo qual a sua serventia, ou será que ninguém percebeu, que com esse progresso da ciência muito menino nasceu? Hoje em dia, mulher velha, parideira, sabe menos das coisas de que essas meninas, de tanto verem nas novelas amancebo, baitolagem e coisa e tal, em tudo que é canal. Enquanto isso, as parabólicas vão aumentando, as saias diminuindo e o sertão se enchendo de menino…”

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Arrobas e léguas

Clotilde Tavares | 28 de dezembro de 2009

Um dia desses uma pessoa me perguntou de onde era que vinha a “arroba” que no dia-a-dia usamos com tanta frequência , uma vez que faz parte do endereço eletrônico que chamamos comumente de e-mail. Como passei minha vida sendo professora, acho natural que as pessoas me perguntem coisas desse tipo. O melhor ainda é quando não sei as respostas, pois isso me leva a ler, pesquisar, aprender coisas novas.

E fui logo respondendo que “arroba” é uma medida de peso que se usava muito antigamente, e que hoje não é mais tão comum. Na minha infância, se falava muito em arroba lá em casa, juntamente com “légua”, medida de comprimento que compreende seis quilômetros. Mamãe usava também “uma “quarta”, para designar 250 gramas (“Menino, vai ali comprar uma quarta de charque!”), ou “um quarto” de quilo; uma “mão” de milho, que são 50 espigas; uma “garrafa” de leite, 600 ml; e “meia-garrafa”, 300 ml, essas, medidas numa garrafa de cerveja e numa de guaraná, respectivamente; uma “grosa”, 12 dúzias. E em Campina Grande, ainda hoje, se você entrar em um bar qualquer e pedir um “quinto” de cachaça o garçon traz uma garrafinha de 200 ml da chamada “água-que-passarinho-não-bebe”.

Mas lá estou eu saindo do assunto. Voltemos à arroba. Uma arroba corresponde a dezoito quilos e, junto com a légua está lá no folheto “O Pavão Misterioso”, obra prima da literatura de cordel, escrito pelo poeta José Camelo de Melo Rezende, nos versos que descrevem a máquina voadora construída para que o herói alcançasse a alta torre onde vivia prisioneira a sua amada:

Ele fez um aeroplano

Do formato de um pavão

Que armava e desarmava

Comprimindo num botão

E levava doze arrobas

Três léguas acima do chão.

Ora, o perguntador não se conformou com essa minha enrolação poética e insistiu na resposta exata não sobre essa arroba, que ele também sabia o que era, mas sobre a arroba do e-mail, me forçando a pesquisar aqui e ali e trazer agora a resposta.

Na Idade Média, os livros eram copiados à mão e os copistas buscavam simplificar o trabalho susbtituindo palavras ou conjunto de letras por símbolos. Então, para substitutire a palavra latina “ad”, que significa “casa de”, inventaram o símbolo @. Quando veio a imprensa, o símbolo continuou a ser usado nos livros de contabilidade, aparecendo entre o número de unidades da mercadoria e seu preço, passando a ser conhecido, em inglês, como “at” (“a” ou “em”).

Depois, já no século XIX, quando os espanhóis passaram a usar as práticas comerciais dos ingleses, pensaram que o símbolo seria uma unidade de peso e o atribuíram à “arroba” que era a sua unidade de peso mais comum. Quando as máquinas de escrever foram inventadas, o símbolo foi incluído e sobreviveu no teclado dos computadores. Em 1972, quando começou a ser desenvolvido o primeiro projeto de correio eletrônico, o programador Ruy Tomlinson aproveitou o sentido original do símbolo @ em inglês, que significava “at” ou “em” e o colocou entre o nome do usuário e o nome do provedor. Então, Fulano@ProvedorTal passou a significar Fulano no provedor Tal.

Pergunta respondida, dúvida esclarecida, meu caro leitor. E se quiser ampliar seus conhecimentos sobre a arroba, é só clicar aqui, que tem um artigo muito completo sobre o tema.

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arroba, história da arroba
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