Santa Cecília, a música e meu neto
Clotilde Tavares | 22 de novembro de 2009Hoje 22 de setembro novembro, é dia de Santa Cecília e também Dia do Músico. Eu não sou lá muito chegada às coisas da religião formal, mas sou louca por milagres e pela vida dos santos. A história da santinha, que teria vivido nos primeiros séculos da era Cristã, em Roma, não difere muito das outras santas da mesma época. Prometida em casamento a um jovem da nobreza romana, Valeriano, conseguiu convencê-lo de que não podia entregar-lhe sua virgindade pois a havia consagrado a Deus. O noivo não somente aceitou o acordo, como converteu-se também, juntamente com seu irmão Tiburcio. O governador, sabendo da conversão dos dois rapazes mandou decapitá-los e irritado por ter Cecília entregue todo o tesouro da família aos pobres, mandou asfixiá-la no vapor fervente. Ao ver que ela saía ilesa, ordenou sua decapitação.
Três golpes foram desferidos contra a jovem, que a feriram mortalmente mas não conseguiram separar sua cabeça do corpo. Ela tombou, e nessa posição ainda viveu três dias, aconselhando os que a procuravam, reafirmando sua fé em Deus e exaltando a conversão dos circunstantes.
A associação da santa com a música vem do fato relatado pelos cronistas de que, durante os festejos do casamento ela, ouvindo a música executada, transportou-se aos elevados domínios epirituais reforçando mais ainda a sua fé em Deus. Dizendo melhor, seu caminho espiritual para Deus aconteceu através da música.
Na Legenda Aurea, livro escrito no século XIII por Jacopo de Varazze e que conta a vida dos santos, eu vi que o nome Cecília vem de coeli lilia, ou lírio do Céu, e assim foi chamada pois tinha do lírio o a brancura da pureza, o verdor da consciência e o perfumado odor da boa reputação.
Para mim, Cecília é um dos mais belos nomes de mulher, e sempre me aborreci quando alguém o pronuncia “cicilha”, sem escandir as sílabas nem as vogais, “cê-cí-li-a”, como deve ser pronunciado. Cecília é o nome das filhas de dois grandes amigos: o jornalista Ciro Pedrosa, e o meu querido amigo André de Mello Lima, já falecido.
Sendo Dia do Músico, o dia também tem uma nota diferente, pois ambos os meus filhos, Rômulo e Ana Morena, são músicos, e eu mesma já fui durante alguma tempo, quando tentava me entender com um violoncelo no ínícios da década de 1970. A Medicina me levou para outros caminhos, mas o som aveludado do cello ainda me desperta fortes emoções.
Este dia também é especial para mim pois é o aniversário de 10 anos do meu Neto, Marcelo Rodrigues Tavares, um menino lindo, inteligente e doce, em cujos olhos eu me vejo refletida sempre como muita alegria e gratidão ao Universo por ter me dado este privilégio.
Então é domingo, é dia de Santa Cecília, é dia do Músico e é dia de Marcelo. Um dia perfeito.
Saudações! Muito útil conselhos dentro deste
article! É o que produzem que farão maiores mudanças.
Thanks a lot por compartilhar!
O problema é que eu tinha sido “vacinado” contra Teoria Musical pelas aulas de Canto Orfeônico no Ginásio Salesiano. Na adolescência eu tentara aprender a tocar violão “de ouvido”, com um certo sucesso;
assim, eu achava que seria possível tocar o piano “de ouvido”, sem me dar conta da complexidade do instrumento e das peças próprias para tal instrumento. Foi uma oportunidade perdida, que ainda hoje lamento.
Nossa, Clotilde, avó??!!
Por sua foto eu jurava que vc não passava dos 45!!
E o netinho é lindo!
Mas criatura, como tu queria tocar sem ler? Eu fiz teoria musical durante um ano e meio, durante o mesmo tempo em que fiz aula de instrumento, e ainda leio “marromeno”. O pior era que as aulas eram leituras de solfejos na clave de sol e meu instrumento, o violoncelo, por ser grave, usava clave de fá e de dó. Pense num aperreio!
Cecília é o nome da minha primeira neta; ela é Ana Cecília, Ana em homenagem à mãe de Maria, chamada entre nós de Sant’Ana, e Cecília pela santinha da música. Você acha Cecília um belo nome – concordo – e eu gosto muito da combinação Ana Cecília, para mim soa bem.
Quanto à música: procurei nos idos de 1974 o curso de música da UFPB, que funcionava no antigo prédio da Engenharia na Visconde de Pelotas, interessado no piano; ao ser informado que tinha de fazer dois semestres de Teoria Musical desisti da minha pretensão, pois eu apenas estava interessado em “tocar” o piano…
Iran.
Pronto, Castro! Já corrigi! Eu diria que esses enganos são da terceira-idade, mas como vejo muita gente mais nova cometendo os mesmos lapsos, direi que foi apenas isso: um lapso. Grata pela correção.
Hoje é 22 de NOVEMBRO. Acho que houve um equívoco de 60 dias..
Apenas para sair da rotina. As suas postagens são interessantíssimas.
Abraços de Fortaleza.