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Uma anedota

Clotilde Tavares | 11 de outubro de 2009

Eu gosto de anedota, de piada. Aliás, quem não gosta? Nada como ouvir uma piada bem contada, e se entregar ao prazer da gargalhada aberta, rasgada, rir “às bandeiras despregadas”, como se dizia antigamente, nesta expressão que ninguém usa mais.

A anedota é uma historiazinha curta, que tem como principal função despertar a hilaridade do leitor ou ouvinte através de um recurso simples e muito manjado: o anti-clímax. É preciso arte para contar a anedota, evitando arrodeios desnecessários e informações que não contribuem para a graça da piada. Quanto mais curta, melhor.

E como hoje é domingo e eu estou na maior preguiça para escrever, lhe deixo aqui esta piada de loura, cartegoria na qual eventualmente me incluo, por obra e graça da química.

Pois dizem que o professor, na sala de aula, pede a uma loira que diga um verbo.

– Bicicreta – fala a criatura.

– Mas minha filha! – diz o mestre horrorizado. – Se diz bicicleta, e bicicleta não é verbo.

Aponta para outra, loira também, e pede que diga um verbo. (Aliás, nessa turma todas são loiras… Que faculdade será essa?)

– Prástico – ela diz.

O professor, já nervoso, corrige.

– Minha querida! Se diz plástico, com “L”, e plástico não é verbo.

Aí ele vê um loirinha de óculos, se enche de esperança e se dirige a ela, pedindo que diga um verbo.

– Hospedar – responde a menina.

– Que maravilha! – comemora o professor. – Agora, forme uma frase com o verbo hospedar.

A loirinha, então, toda empolgada, diz:

– Os pedar da bicicreta é de prástico.

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Regra de três

Clotilde Tavares | 10 de outubro de 2009

Se você faz dieta para emagrecer ou está seguindo algum regime alimentar onde precisa controlar as quantidades de sódio, ou de carboidratos, ou da gordura que ingere por dia, vai se identificar exatamente com o meu assunto de hoje.

Geralmente, quando temos algum problema que exija o controle das quantidades ou da qualidade da alimentação que ingerimos, e vamos ao nutricionista, entre as diversas recomendações que recebemos está a de observar com cuidado o rótulo dos produtos que compramos no supermercado para adquirir exatamente aqueles que atendem às nossas necessidades. Por lei, todo produto tem que ter essa composição em nutrientes básicos expressa no rótulo, em local facilmente observável e em um tamanho de letra que possamos decifrar. Mas é aí que começam os nossos, os meus e os seus problemas, meu caro leitor.

Quer ver? Pegue na prateleira do supermercado, por exemplo, uma marca qualquer de requeijão. Olhe o rótulo. Lá ele diz que uma porção de 30 gramas tem, por exemplo, 70 calorias. Aí tente comparar com outra marca que está ao lado, na mesma prateleira. Essa já dá a composição por 100 gramas, e para comparar uma com a outra você tem que apelar para a velha regra de três: se requeijão A em 30 gramas tem 70 calorias, requeijão B em 100, vai ter “x”. Aí pegue a terceira marca, que já vai lhe dar a composição em 50 gramas, e não mais em 30 ou em 100, exigindo novo cálculo.

Pegue aquele pacote de bisnaguinhas, aquele pãozinho pequenino tão gostoso. O rótulo apresenta a composição por “porção”. E a tal “porção” não é, como seria lógico e cômodo para o consumidor, um pãozinho, mas “dois pãezinhos e meio”. Se você quiser comer somente um, tem que fazer a regrinha de três. Aí, quem não é bom de conta, ou não tem muita paciência de ficar de calculadora em punho enquanto faz as compras no supermercado sai prejudicado nessa história.

Isso nos atrapalha não somente em relação às calorias, como também em relação aos outros nutrientes, como o sódio, que faz mal aos hipertensos, e também em relação à famigerada gordura trans, ou gordura saturada, que toda pessoa de juízo deveria evitar. Como todo mundo sabe, ou devia saber, a gordura trans é uma gordura maldita, inventada pela indústria de alimentos há bem uns cinqüenta anos, e que gruda na parte interna das artérias como chiclete no cabelo.

Esse veneno químico está presente em biscoitos, massas, frituras industriais, e nos famosos claritos, chitos, bibos, tritos, kikos e toda essa porcariada crocante que encontramos embalados em saquinhos brilhantes e coloridos. É cruel, mas é a verdade, meu caro leitor: a estrada da perdição e da morte está pavimentada com moléculas de gordura trans, e é preciso manter-se longe dessa substancia assassina.

Mas como comparar as tais quantidades de gordura se tudo termina voltando para o problema antigo? Se as porções que norteiam a fórmula da composição mudam conforme a marca do produto, obrigando-nos ao mesmo exercício mental cansativo e duvidoso empregado para ver as tais quantidades de calorias?

Na dúvida, o que venho fazendo é deixar de comprar coisas cujas composições precisem de rótulos e que incluam pouco ou nenhum processamento. Banana, maçã, tangerina, alface, cenoura e tomate, frango, peixe, camarão, alface, rúcula, queijo de coalho, pão francês, abacaxi, pitanga e goiaba, doce de banana em rodinhas, manteiga (pois margarina tem a tal gordura trans), azeite de oliva, vez por outra um ovo de capoeira, café sem cafeína.

Quando vou comer fora, procuro pedir pratos mais simples, como uma massa com molho de tomate, um camarão ensopado, um filé com arroz e purê; e uma vez na vida outra na morte mato a vontade tomando um sorvete de creme com cobertura de chocolate, cheio, lotadinho de gordura trans, porque é preciso um pouquinho de droga de vez em quando para agüentar essa (às vezes) dura tarefa de viver.

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alimentação saudável, embalagem de alimentos, gordura trans, regra de três, rotulagem de alimentos, rótulos
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Estou…

Clotilde Tavares | 9 de outubro de 2009

… LENDO “Agincourt: o Rei, a Campanha, a Batalha”, de Juliet Baker (Record, 2009)

… OUVINDO a conversa dos pedreiros no apartamento que está em reforma no fim do corredor.

… COMENDO tanta fibra que acho que estou prestes a virar um balaio.

… BEBENDO três litros de água por dia para equilibrar a fibra – vou me transformar num balaio molhado.

… DORMINDO profundamente da meia-noite às oito da manhã.

… TWITTANDO 10 a 20 vezes ao dia. (Siga-me aqui.)

… ESCREVENDO pouco.

… AGUARDANDO com ansiedade a estréia da temporada nova das minha séries preferidas na última semana de outrubro.

… TERMINANDO de arrumar o apartamento.

… ESPERANDO que Marlos Apyus termine de formatar meu livro Coração Parahybano em PDF para fazer o lançamento virtual, pela Internet.

… PLANEJANDO encontrar amigos que não vão viajar nesse feriadão.

… PROMETENDO assuntos interessantes no final de semana para este blog.

… BEIJANDO esfinges…

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Pausa para a Filosofia

Clotilde Tavares | 8 de outubro de 2009

Depois de alguns dias com posts sobre assuntos como poluição sonora e estresse causado pelo uso dos celulares (veja os três posts anteriores a este), e para que este blog não vire tribuna de reclamações, porque eu acho chato viver reclamando e porque acho que na vida também devem exstir momentos amenos e suaves, hoje não quero reclamar de nada.

Houve um tempo em que eu pegava pesado pelos jornais. Escrevia minhas colunas sempre apontando os problemas, reclamando por soluções, atazanando a vida das tais autoridades competentes que, na verdade, são mais incompetentes do que qualquer outra coisa. Foi aí que o escritor Nei Leandro de Castro, em texto escrito para a orelha do meu livro “A Agulha do Desejo” me chamou de “a fada zangada do cotidiano“. Eu adorei o epíteto, mas esse “zangada” passou a me incomodar, e eu fui a partir disso diminuindo a zanga, ficando mais suave, aprendendo a me divertir mais enquanto escrevo.

Continuo fiscalizando o cotidiano sim, mas não quero viver zangada e é por isso que faço intervalos generosos entre as reclamações, para que também possa, junto com meus leitores, desfrutar de outros temas.

Aí, hoje, querendo fazer este intervalo, lembrei de um conhecido meu, professor da UFRN, um cara inteligentíssimo e meio estranho.

Lá estava ele dando aula na Graduação enquanto caía uma chuva torrencial, um verdadeiro temporal. A biqueira que tinha no exterior derramava uma grossa torrente de água. Ele parou, com o giz na mão, distraído, olhando a chuva… Aí, se virou para os alunos e disse:

– Vocês querem apostar comigo como eu entro debaixo daquela água e não me molho?

– Queremos, professor! – concordaram os alunos já prontos para mais uma piração.

Ele saiu da sala do jeito que estava, arrodeou o bloco de salas de aula e veio para debaixo da bica, onde entrou com tudo e ficou uns cinco minutos debaixo da água. Depois, ainda pingando, entrou na sala de aula molhado até as cuecas. Os alunos, morrendo de rir, cobraram:

Heráclito de Éfeso

Heráclito de Éfeso

– E então professor? O senhor não disse que não ia se molhar?

E ele, pré-socrático todo:

– E não me molhei. O homem que disse aquilo era um homem diferente do homem que se molhou na bica, e a água também já era outra…

Puro Heráclito de Éfeso, que disse: “Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois quando ele ali entrar a segunda vez, já é outro homem, e o rio também já é outro.”

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A ligação misteriosa

Clotilde Tavares | 7 de outubro de 2009

O celular toca. Eu atendo. A pessoa do lado de lá, um homem, pergunta: “Quem fala?” “Clotilde Tavares”, respondo eu, que não tenho nada a esconder e não me incomodo de dizer meu nome quando atendo ao telefone. A informação, no entanto, não satisfaz ao meu interlocutor, que explica, com voz ansiosa e irritada: “É porque tem uma chamada para o meu celular, vinda desse número.”

Começa aqui um capítulo dessa escravidão tecnológica que algumas pessoas desenvolvem com o telefone celular. Desde o tempo em que esses aparelhos eram raros, feios e pesados, e eu comecei com daqueles estilo “tijolão” da Motorola, sempre entendi o telefone celular como algo para me trazer comodidade, e não aperreio. Até hoje ainda uso o celular dessa maneira, a meu serviço, para facilitar minha vida quando estou fora de casa ou viajando e quero ligar para alguém.

celular2Nunca, nunca o uso para ser encontrada em qualquer lugar que estiver. Não tenho negócios tão importantes assim que necessitem da minha presença o dia inteiro; e não tenho – graças a Deus – nenhum familiar doente. Então pra que danado tenho que ser encontrada durante todas as vinte e quatro horas do dia? Quando chego em casa, atiro a bolsa em qualquer lugar e dentro ela o pobre celular às vezes toca sem parar e eu não me lembro nem que ele existe. Ora, quem me ligar e não conseguir falar comigo, se realmente quiser me encontrar, liga de novo. Quanto a retornar uma ligação que apareceu no visor do meu telefone e que eu não sei de quem é, isso nunca.

Mas o meu interlocutor, aquele, que estava retornando para o meu número, estava ansioso para saber como os meus oito algarismos haviam ido parar no telefone dele, e insistiu. Aí eu perguntei de quem era o telefone; ele respondeu que era de Severiano. Como eu não conheço nenhum Severiano, disse a ele que não tinha sido eu. “Mas o número está aqui, no meu celular”, insistiu a criatura. “Pode ser que esteja, mas eu não liguei para nenhum Severiano, não conheço nenhum Severiano e o senhor está gastando seu tempo à toa…” E gastando também a minha paciência, mas isso eu não disse porque, mais do que ninguém, compreendo o drama dos meus ansiosos e estressados semelhantes. Ele então encerrou o assunto: “Tá certo. Tudo bem. Mas eu ainda vou descobrir o mistério essa ligação.”

Mas não é difícil, meu caro leitor, nem tão misterioso assim. Para esse fato existem pelo menos duas explicações tão plausíveis quanto corriqueiras. A primeira delas é que eu mesma, ligando para alguém, posso ter digitado erradamente um algarismo. Esse engano tão simples, como qualquer pessoa sabe, pode inviabilizar a ligação que a gente quer, nos ligando com quem a gente não quer. Ou então a pessoa que tinha aquele número, que era com quem a gente queria falar, trocou de número. Do ponto de vista técnico pode ser que existam ainda outras explicações que sequer imagino, fazendo com que meu número tenha ido para no celular do tal Severiano.

O pior foi o caso da mulher estressada, que encontrou – segundo ela – meu número no fone do marido e queria sabem quem eu era. Depois de muita conversa, terminei descobrindo que o número que estava lá no celular do marido dela não era o meu: a criatura, descontrolada, discou errado e terminou vindo parar no meu número! Pois é, meu caro leitor! Eu quase pago, e caro, por um pecado que não cometi…

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Ainda o barulho

Clotilde Tavares | 6 de outubro de 2009

Ontem andei aqui falando de barulho urbano. E hoje continuo com o assunto porque recebi alguns e-mails interessantes de pessoas relatando suas próprias dificuldades em lidar com essa praga urbana, como você pode ver em alguns comentários do post anterior, logo abaixo deste. Mas também recebi outros, que não publiquei porque a linguagem não se adaptava àquela adotada neste espaço, uma vez que envolvia xingamentos dirigidos a esta blogueira e prometia que ia sim continuar ligando o som do carro nas alturas, descrevia o equipamento, e terminava com a afirmativa: “Quem for podre que se quebre!”

Pelo tom do e-mail dava para deduzir o perfil do missivista. Deve ser jovem, entre 20 e 30 anos, do sexo masculino, classe média. Baseada na convivência que tive nos edifícios onde morei, e no que observo por aí no meu círculo de convivência, acrescento que geralmente, eu disse geralmente, são de classe média a média-alta, educados em colégios particulares, cursando faculdades também particulares. Gostam de “vaquejada, de forró e de cabaré”, como dizem as letras de suas músicas, e geralmente contam com o pai ou a mãe para tirá-lo de encrencas quando as coisas não vão bem. Na última novela da Globo havia um tipo assim, o “Zeca”. Resumindo, são essas as pessoas que chamo de “ceresumanos”. São muitos e às vezes eu tenho a impressão de que são maioria nessa faixa etária.

Voltando à questão do barulho, penso que é preciso atuar em três eixos.

O primeiro é a educação. Ações nas escolas precisam ser desenvolvidas, principalmente entre os bem jovens, quando as crianças ainda não se tornaram “ceresumanos”. Aulas, atividades, cartilhas, videos, tudo isso pode fazer com que essas crianças além de se educarem sejam multiplicadores da idéia de que a poluição sonora é danosa à saúde; elas também conheceriam as medidas punitivas que podem ser aplicadas aos barulhentos.

O segundo eixo é o da fiscalização e repressão ao barulho já existente. Aqui – volto a dizer – não adianta órgãos de fiscalização criados por governantes bem intencionados, mas sem a correspondente cota de pessoal ou viatura para fiscalizar. Em Natal, o uso do telefone 190 acionando a polícia para dar fim à algazarra funciona muito bem e, dessa maneira indireta, também “educa”.

O terceiro eixo é o que cabe a nós, cidadãos. É surpreendente o número de pessoas que se sente incomodada mas não faz nada, pelo medo de parecer “chata” ou “antipática”. Precisamos entender que a paz e o silêncio são um direito. Precisamos nos informar mais sobre essa questão, porque muita gente pensa que durante o dia é permitido fazer o barulho que quiser, e que a “lei do silêncio” só vale após as dez horas da noite. Barulho é barulho qualquer hora, e o cidadão tem o direito de reclamar.

Então: informe-se, eduque seu filho, fale sobre isso no seu círculo de amigos, cobre políticas educativas na escola em que ele estuda, vote em pessoas que estejam interessadas na questão do meio-ambiente, não tenha medo de parecer antipático, pois se trata de sua saúde, do seu bem-estar e da sua vida sem estresse. Sobretudo, reclame, faça valer seus direitos de cidadão e de habitante de um planeta que, se a gente nao tomar cuidado, daqui a pouco vai se tornar um lugar muito terrível pra se viver.

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Barulho é caso de polícia

Clotilde Tavares | 5 de outubro de 2009

Ontem à noite eu estava esperando um amigo para bater um papo. Esse amigo é Chico Guedes, que tem um blog maravilhoso sobre a Hungria, uma vez que ele é tradutor da língua magiar e apaixonado por aquele país. Mas não é sobre isso que quero falar, pois de húngaro não entendo nada e se você quiser saber mais vai ter que ir lá no blog do rapaz, que é muito interessante pois tem textos inteligentes, especialmente um sobre as planícies da Hungria, e fotos muito bonitas. Eu estava planejando que ficaríamos na varanda do apartamento, para desfrutar da prisa perfumada de Natal e da magnífica Lua Cheia que já se elevava no céu, parecendo uma figura de Goya, pálida, envolta em nuvens, como uma dama escondida atrás de sua mantilha de renda negra.

Essa poesia toda foi para o beleléu quando começou a maior barulhada na vizinhança. Algumas pessoas estacionaram um carro a uns cem metros de onde eu moro, na calçada de um prédio comercial, ligaram o som do veículo em toda altura e se empenharam em poluir a noite com o ruído aterrador dos seus sub-woofers. A música era de baixo nível, mas isso não vem ao caso pois não sou patrulha estética de ninguém; e naquele volume até canto gregoriano seria terrível.

Felizmente, meu caro leitor, aqui em Natal, onde voltei a morar depois de quatro anos na Paraíba, barulho não é caso de meio-ambiente: é caso de polícia. Liguei para o 190 – Rádio Patrulha e em coisa de 20 minutos a farra dos barulhentos terminou. Quando o meu amigo chegou, a paz já havia sido restaurada, a noite havia voltado a ser calma e suave e a Lua Cheia podia ser contemplada com deleite.

Tenho tolerância zero com barulho urbano, principalmente esse causado por equipamentos de som instalados em carros ou aquele oriundo de bares e botequins, que infernizam a vida de qualquer vizinhança. Em João Pessoa, onde morei durante quatro anos, havia um órgão que pretendia disciplinar isso mas não disciplinava coisa nenhuma porque não tinha viatura para atender aos chamados. E queixa de barulho tem que ser atendida na hora, e não no dia seguinte. Quando voltei para Natal, fiquei feliz de ver como a questão do barulho é tratada aqui; e nesses quase dois meses de moradia na Cidade do Sol, chamei a Rádio Patrulha duas vezes, com sucesso.

Nenhuma pessoa é obrigada a aturar barulho provocado por terceiros. O barulho é uma contravenção penal, prevista em lei, e inclui gritaria, algazarra, exercício de profissão incômoda ou ruidosa, uso abusivo de instrumentos sonoros ou sinais acústicos e barulho de animais, como cães, por exemplo. Prevê prisão ou multa, e quanto mais nós, incomodados, exercermos o direito que temos de reclamar, mais os barulhentos vão se educando e entendendo que não têm o direito de perturbar a paz alheia.

Eu faço parte de um grupo de discussão na Internet, o Barulho-Br. Lá são mostradas muitas situações de barulho, e as soluções que podem ser encontradas. Além disso, o setor de links do grupo tem muitos textos e legislação que podem orientar a pessoa que vem sofrendo com esse tipo de incômodo.

Veja também os posts:

O cachorro do vizinho

O barulho vem de jegue

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Ventiladores

Clotilde Tavares | 4 de outubro de 2009

Estava eu sem assunto no dia de hoje. Aí, no meio do calor, fiquei assim olhando para o circulador de ar que torna a minha vida suportável e, zapeando pelos sites, encontrei esses ventiladores para refrescar o seu domingo.

Em forma de galo…

De paisagem, com bonequinho Hello Kitty…

Mais um Hello Kitty…

Esse para colocar na aba do boné…

Este com mensagem…

E finalmente a felicidade do cachorrinho desfrutando o vento!

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Olimpíada 2016 – a festa do Rio de Janeiro

Clotilde Tavares | 3 de outubro de 2009

Acompanhei ontem com emoção a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Olimpíada de 2016. No twitter, os comentários de sucediam, e eu me diverti muito porque, além da torcida normal de uma ocasião dessa havia ainda as piadas, cada qual mais engraçada do que a outra, e, como toda piada  que se preza, oscilando através de vários graus da escala do políticamente incorreto.

Desde o engraçadíssimo Yes, we crew, de Marcelo Tas e Xico Sá propondo malabarismo em semáforo como esporte olímpico, foi engraçado ver alguém dizendo que na abertura “Ronaldo leva a tocha e Marcelo D2 acende”, outro lembrando que “Vanusa vai ter sete anos pra aprender a cantar o Hino” e um terceiro levantando a possibilidade de Niemeyer começar a treinar assim que sair do hospital.

E as piadas não param. Dizem que as medalhas vão ser de “ouro, prata, bronze e chumbo” e sugerem que os sete anos que nos separam das Olimpíadas são suficientes para aposentar Galvão Bueno.

Piadas à parte, fiquei feliz. Nesse momento agora, não me interessa se metade da verba vai ser desviada, se vai faltar dinheiro para saúde e educação, se a bandidagem no Rio de Janeiro vai deitar e rolar, se os engarrafamentos vão ser imensos, e todos os outros argumentos que estão usando para tentar empanar a alegria desta hora.

Todos esses problemas podem acontecer, e provavelmente vão acontecer, mas minha gente! Numa hora dessa, em que estamos pela primeira vez na América Latina sediando uma Olimpíada, é muito ruim torcer contra. É feio, é mesquinho, é pobre. O que a gente tem que fazer daqui pra frente é exercer o papel de cidadão, cada um dentro da sua esfera de atuação, e fiscalizar o que é que vão fazer com essa grana toda, ver como é que as verbas vão ser aplicadas através dos mecanismos controladores de que a sociedade dispõe. O melhor desses mecanismos é o voto, e no próximo ano já vai ser possível aplicá-lo.

No mais, é comemorar, alegrar-se com a festa do esporte, com a celebração da saúde e da alegria, e torcer para que mais uma vez nossos atletas subam ao pódio coroados de ouro.

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Os blogs de Margareth Duval

Clotilde Tavares | 2 de outubro de 2009

Nesta sexta-feira quero lhe dar um presente: a visita aos blogs de Margareth Duval, profissional da área de Comunicação, onde faz quase de tudo.

Na sua apresentação, ela diz que tem “… paixão pelas artes. Vintage, retrô e afins, (…) livros – principalmente os ligados à história e biografias. Imagens, quaisquer, de revistas em quadradinhos (se preferirem, em quadrinhos) a fotografias e pinturas de grandes mestres, assim como a arte Naïf, desde que transpirem a vida capturada e não aprisionada… amo as que permanecem nas retinas.”

Os blogs de Margareth Duval e a sua revista eletrônica merecem visita demorada e leitura minuciosa. Eu ainda estou perdida neles, com os olhos transbordantes de imagens e o juízo aos pinotes com algumas coisas que vi lá.

E você? Espera o quê? Clique nos links e viaje!

Mol-TaGGe – Arte, cultura e vintage.

Spiritus Litterae

Nos Blogs

E o outro blog dela você vai ter que descobrir sozinho porque eu gostei tanto que vou guardar o endereço só pra mim!

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